Após o discurso de Theo, os integrantes da família Montenegro deixaram aquele palco. As gêmeas se apressaram em buscar uma bebida, enquanto Wendy e o irmão conversaram. Ethan os observava de longe, bebericando um uísque bem caro. Ele admirava cada sorriso ou risada que Wendy soltava, sentindo-se feliz por vê-la daquela maneira. Ethan se lembrou da maneira que Wendy agiu quando o viu conversando com sua irmã e aquilo deixou uma pulga atrás de sua orelha. Ele não sabia como decifrá-la, mas sentia que Wendy estava mais aberta aos que estavam vivendo. Seu telefone tocou e ele o colocou no ouvido sem nem ver quem era. Ethan não conseguia tirar os olhos de Wendy. — Alô? — É hoje. — O que? — Maddox está na cidade. — a voz de Clifton, treinador de Ethan, era baixa e firme. A menção daquele nome fez com que o olhar admirado do lutador, saísse de Wendy e fosse para uma parede. – Está tendo uma luta essa noite, onde ele está desafiando cinco, dos melhores lutadores da cidade. Achei que go
Ethan caiu no chão, visivelmente atordoado. A multidão estava em êxtase, gritando e aplaudindo com entusiasmo. Maddox se aproximou de onde Ethan caiu e proferiu algumas palavras insultantes antes de se afastar, erguendo os braços em vitória. Com a sua mente turva e seus sentidos zonzos após o golpe devastador de Maddox, Ethan podia ouvir o rugido da multidão ao redor, comemorando a vitória de Maddox como se fosse uma conquista gloriosa. As palavras insultantes de seu oponente ecoaram em seus ouvidos, provocando uma mistura de raiva e humilhação. Wendy, que tinha seguido Ethan até lá, estava horrorizada com o que tinha acabado de acontecer. Ela correu para o lado de Ethan, preocupada com o seu bem-estar. Ele estava tonto e ferido, mas ainda estava consciente. — Mas o que foi que te deu? — ela pergunta, encarando minuciosamente o rosto machucado dele. — Olha... O vovô tem uma enfermeira particular. — Maddox provoca, se aproximando dos dois. — Acho que agora fiquei com inveja desse
O beijo era suave, carregado de intensidade, como se fosse um reflexo de todas as emoções que haviam sido despertadas entre eles naquele momento. Cada movimento dos lábios, cada carícia suave, parecia selar um pacto silencioso entre eles. Era um compromisso de estar lá um para o outro, de enfrentar as dificuldades juntos e celebrar as alegrias que a vida poderia trazer. O toque da mão de Ethan em seu rosto era reconfortante, um gesto que transmitia confiança e um profundo entendimento. As emoções fluíam livremente através daquele beijo, como se todas as palavras não ditas, todos os sentimentos não expressos, fossem compartilhados naquele momento íntimo. A mistura de doçura e desejo criava uma tensão deliciosa, uma conexão que ia além do físico e alcançava as aulas de suas almas. Wendy sentiu-se envolvida por uma sensação de segurança e pertencimento enquanto os lábios de Ethan se moviam em harmonia com os seus. Era como se eles estivessem criando um refúgio temporário, onde as preo
Após ler aquelas mensagens, Wendy se sentiu ligeiramente estranha. Ela se lembra sobre Ethan dizer que não era da conta dela com quem ele se envolvia, mas fazer aquilo um dia depois de os dois terem trocado um beijo, só significava uma coisa: Aquele casamento era para funcionar apenas no papel. Ela solta uma risada nervosa e balança a cabeça em negativa, se levantando do sofá. — Eu sou uma idiota mesmo. Ao se direcionar para o corredor, Wendy dá de cara com Ethan, usando apenas uma toalha em volta de sua cintura bem marcada. Ela não consegue evitar a encarada que deu em seu corpo tatuado e estupidamente malhado. — Não sabia que estava em casa. – ele diz rapidamente, se esquivando dela. — É, eu... — Por acaso viu meu celular? — Não, eu não... — Esquece. — Ethan murmura, pegando o aparelho de cima do sofá. Wendy nota que seu semblante muda ao desbloquear a tela do celular. — Ótimo. — Tudo bem? A pergunta de Wendy faz com que Ethan a olhe com curiosidade. Com uma única pisca
As palavras de Lilibeth atingem Wendy como um choque. Ela recua um pouco, quase tropeçando, enquanto olha de Ethan para a mulher à sua frente. Heather nota toda a tensão que está pairando no ar e resolve tirar Wendy rapidamente dali. — Vem, amiga. Vamos para a nossa mesa. A nossa mesa reservada há uma semana... Wendy se deixa ser levada pela amiga, enquanto Lilibeth encara as duas se afastarem. — Você se casou? — Mamãe... — Ethan murmura, bebendo todo o resto do seu vinho em seguida. — Você se casou e sequer teve a decência de me avisar. — É complicado... — Complicado. — Lilibeth solta uma risada irônica, que devido ao uso constante de cigarros, se transforma em uma tosse seca. — Você só tem isso a me dizer? Eu sou a sua mãe! Sou a única pessoa que resta da sua família. Ethan sente o peso daquelas palavras. Ele olha para um ponto fixo da mesa, tentando não olhar em volta e procurar por Wendy. — Ela sabe sobre Olívia? — Não, mãe. — Sua mulher não sabe sobre... — Eu j
Depois de uma noite inteira em claro, pensando e repensando em tudo o que aconteceu no restaurante, Wendy se levantou da cama e ficou encarando a parede azul do quarto de hóspedes de Heather. A noite anterior ainda ecoa em sua mente, as palavras de Ethan cortando fundo. Ela sabia que tinha estragado tudo com seu comportamento impulsivo e ciumento. E por pior que fosse, Wendy sabia que Ethan tinha razão na maior parte do que falou. Não existia nada entre eles. Heather, que havia gentilmente acomodado Wendy em seu quarto de hóspedes depois do incidente e a confortado até cansar, entra com uma bandeja de café da manhã. — Bom dia, dorminhoca. Eu trouxe café, e acho que você vai precisar. Wendy suspira, passa a mão pelo cabelo desarrumado e aceita a bandeja, agradecendo a amiga. Ao escutar seu celular tocar, Wendy estica o pescoço e vê que chegou uma nova mensagem de seu irmão. Theodore: Bom dia! Espero que não tenha desistido de nada, hein. Reunião hoje as 10h. Estou te aguardando.
Após assinar alguns papéis e abordarem algumas pautas importantes, que necessitava da presença de todos os acionistas da empresa, Theo carrega Wendy para a sua sala. Ele não parava de tagarelar o quanto estava amando a ideia de tê-la ao seu lado e as coisas brilhantes que fariam juntos pelo futuro da empresa. Theodore começou a contar os planos que tinha para a fábrica que iriam abrir na Itália e horas se passaram. — Estou com muita fome! — Wendy informa, quando seu estômago reclama pela quinta vez e Theo ainda não parou de falar. — Juro. Podemos continuar esse assunto em um restaurante? — Eu estou falando demais, não é? — Theo empurra sua cadeira e se levanta. — Desculpe. Eu só... Quero fazer tudo direito. Não quero arruinar tudo o que o papai construiu. Wendy sabe exatamente como seu irmão está se sentindo. Ela viveu toda a sua vida, ouvindo que sua presença era a ruína da família. Ela então caminha até seu irmão e segura seu rosto com as mãos, olhando-o com um carinho único.
Parada na porta da “Mont’s Gallery”, Wendy conseguia ver Chloe transitando entre seus convidados, graças as enormes portas de vidro. Não muito longe dela, estava Pietra, que ria descontroladamente com uma amiga. Apertando a pequena bolsa em suas mãos, Wendy se questionava se deveria entrar. Ela conhecia suas irmãs tempo o suficiente, para não confiar em nenhuma palavra delas. — Não vai entrar? — Theo! — Wendy exclama, colocando a mão sobre seu coração acelerado. — Que susto. — Desculpe. Ela olha novamente para as irmãs através do vidro. — Não sei. — responde, com um suspiro. — Tenho uma sensação estranha sobre essa noite. Não sei se é bom ou ruim. Chloe, que conversava com um repórter, gira nos seus saltos e olha para fora da galeria, dando de cara com seus dois irmãos. Ela sorri largamente e começa a acenar, falando algo com o homem ao seu lado. — É... — Theo murmura, colocando a mão nas costas de Wendy. — Agora você não tem para onde correr. Os dois sequer passaram pela po