Wendy pediu ao garçom, ravióli recheado com queijo de cabra e manjericão em molho de tomate fresco. Mas quando ela viu o prato de Ethan, ela se arrependeu amargamente. — Meu Deus! — ela murmura, encarando o prato dele. — Que arrependimento. — Não entendi. — O salmão. Ele é logicamente melhor do que esse ravióli. Ethan encara seu peixe e a mulher genuinamente arrependida a sua frente. Ele corta um pedaço daquilo e lhe estica o garfo. — Experimenta. — ele diz, com o garfo no ar e esperando que ela o abocanhe. — Nós estamos nesse nível? — Você não quer? Antes que ele abaixasse o braço, levemente irritado pela pergunta que ela fez, Wendy se esticou e colocou o garfo na boca. Enquanto soltava o pedaço daquele peixe do garfo, seu olhar estava entrelaçado ao de Ethan. Ela experimentava o pedaço de salmão e os olhos de Ethan permaneciam fixos nela, observando atentamente sua reação. Seus olhares não se desviavam e parecia que um universo inteiro se desdobrava naquele momento fugaz
O carro de Ethan estava parado diante do salão em que acontecia a festa de vinte e cinco anos da Vinhos Montenegro, já fazia dez minutos. Wendy, que trabalhou sua mente durante todo o dia para aquele momento, congelou quando chegou aí local. Ter passado o dia em um SPA, recebendo massagem e todos os outros tipos de tratamento que uma mulher merece para se sentir bonita e relaxada, não adiantou de nada naquele instante. — Nós precisamos ir. — Ethan murmura, mas Wendy permanece olhando para a porta de entrada. — O manobrista está começando a encarar o carro com estranheza. — Eu mudei de ideia. Quero voltar para casa. — Wendy... — Você pode ficar e aproveitar a festa, mas eu não. Não consigo. Ethan tocou a mão de Wendy, que estavam sendo apertadas uma pela outra e ela o encarou. — Você tem o direito de estar aqui. Eu já te falei isso. Pare de se importar com o que um ou outro pensa sobre você. Você é todas as coisas que essas pessoas falam? — ela dá de ombros, já que a pala
Pietra segurava a taça com tanta força, que ela seria capaz de quebrá-la. Logo que Wendy se afastou com Ethan, ela se virou e marchou pelo salão, procurando sua outra metade. — Eu queria que tivessem feito essa festa no castelo, mas... aqui está bonitinho também. — Irmã, você precisa ver uma coisa. — O que é, Pietra? — Chloe se vira revirando os olhos, impaciente por sua irmã estar atrapalhando o seu momento de exibição. — Não vê que eu estou conversando? — Olhe bem naquela direção e veja quem teve a pachorra de aparecer aqui. Após revirar os olhos mais uma vez, se questionando o que havia feito para merecer uma irmã gêmea tão irritante, Chloe olha na direção que ela havia apontado. Ela precisou forçar um pouco a vista, para finalmente enxergar de quem era aquela figura. — Que merda ela pensa que está fazendo aqui? Chloe encara Wendy e Ethan fulminantemente, enquanto sua irmã conta a breve discussão que tiveram. Ela nota que os dois mantem uma troca de olhar intensa durante a c
— O que realmente ela veio falar com você? — Wendy pergunta a Ethan, logo depois que Chloe se afasta para falar com algumas amigas. — Eu não consigo engolir essa história de fazer as pazes assim do nada. Chloe sempre foi falsa. Ethan olha sobre Wendy, com seu olhar indo diretamente para a irmã dela. Chloe conversava com algumas pessoas, mas não parava de olhar na direção do lutador, com um sorriso de lado. — Só perguntou onde e como você estava. Nada demais. — Sério mesmo? Chloe realmente fez aquelas perguntas. O que Ethan deixou de fora, foi o jeito malicioso com que ela disse estar feliz por ele fazer parte da família. Um homem sempre sabe quando alguém está dando em cima dele, principalmente quando ela o toca com segundas intenções. — Sério. — ele responde. — Não se preocupe. Chloe só quer restaurar a família dela. — Ainda duvido muito disso. Como Ethan fazia parte do conselho da Vinhos Montenegro e só aparecia na empresa em reuniões importantes, sempre havia alguma pessoa q
Após o discurso de Theo, os integrantes da família Montenegro deixaram aquele palco. As gêmeas se apressaram em buscar uma bebida, enquanto Wendy e o irmão conversaram. Ethan os observava de longe, bebericando um uísque bem caro. Ele admirava cada sorriso ou risada que Wendy soltava, sentindo-se feliz por vê-la daquela maneira. Ethan se lembrou da maneira que Wendy agiu quando o viu conversando com sua irmã e aquilo deixou uma pulga atrás de sua orelha. Ele não sabia como decifrá-la, mas sentia que Wendy estava mais aberta aos que estavam vivendo. Seu telefone tocou e ele o colocou no ouvido sem nem ver quem era. Ethan não conseguia tirar os olhos de Wendy. — Alô? — É hoje. — O que? — Maddox está na cidade. — a voz de Clifton, treinador de Ethan, era baixa e firme. A menção daquele nome fez com que o olhar admirado do lutador, saísse de Wendy e fosse para uma parede. – Está tendo uma luta essa noite, onde ele está desafiando cinco, dos melhores lutadores da cidade. Achei que go
Ethan caiu no chão, visivelmente atordoado. A multidão estava em êxtase, gritando e aplaudindo com entusiasmo. Maddox se aproximou de onde Ethan caiu e proferiu algumas palavras insultantes antes de se afastar, erguendo os braços em vitória. Com a sua mente turva e seus sentidos zonzos após o golpe devastador de Maddox, Ethan podia ouvir o rugido da multidão ao redor, comemorando a vitória de Maddox como se fosse uma conquista gloriosa. As palavras insultantes de seu oponente ecoaram em seus ouvidos, provocando uma mistura de raiva e humilhação. Wendy, que tinha seguido Ethan até lá, estava horrorizada com o que tinha acabado de acontecer. Ela correu para o lado de Ethan, preocupada com o seu bem-estar. Ele estava tonto e ferido, mas ainda estava consciente. — Mas o que foi que te deu? — ela pergunta, encarando minuciosamente o rosto machucado dele. — Olha... O vovô tem uma enfermeira particular. — Maddox provoca, se aproximando dos dois. — Acho que agora fiquei com inveja desse
O beijo era suave, carregado de intensidade, como se fosse um reflexo de todas as emoções que haviam sido despertadas entre eles naquele momento. Cada movimento dos lábios, cada carícia suave, parecia selar um pacto silencioso entre eles. Era um compromisso de estar lá um para o outro, de enfrentar as dificuldades juntos e celebrar as alegrias que a vida poderia trazer. O toque da mão de Ethan em seu rosto era reconfortante, um gesto que transmitia confiança e um profundo entendimento. As emoções fluíam livremente através daquele beijo, como se todas as palavras não ditas, todos os sentimentos não expressos, fossem compartilhados naquele momento íntimo. A mistura de doçura e desejo criava uma tensão deliciosa, uma conexão que ia além do físico e alcançava as aulas de suas almas. Wendy sentiu-se envolvida por uma sensação de segurança e pertencimento enquanto os lábios de Ethan se moviam em harmonia com os seus. Era como se eles estivessem criando um refúgio temporário, onde as preo
Após ler aquelas mensagens, Wendy se sentiu ligeiramente estranha. Ela se lembra sobre Ethan dizer que não era da conta dela com quem ele se envolvia, mas fazer aquilo um dia depois de os dois terem trocado um beijo, só significava uma coisa: Aquele casamento era para funcionar apenas no papel. Ela solta uma risada nervosa e balança a cabeça em negativa, se levantando do sofá. — Eu sou uma idiota mesmo. Ao se direcionar para o corredor, Wendy dá de cara com Ethan, usando apenas uma toalha em volta de sua cintura bem marcada. Ela não consegue evitar a encarada que deu em seu corpo tatuado e estupidamente malhado. — Não sabia que estava em casa. – ele diz rapidamente, se esquivando dela. — É, eu... — Por acaso viu meu celular? — Não, eu não... — Esquece. — Ethan murmura, pegando o aparelho de cima do sofá. Wendy nota que seu semblante muda ao desbloquear a tela do celular. — Ótimo. — Tudo bem? A pergunta de Wendy faz com que Ethan a olhe com curiosidade. Com uma única pisca