— A luta de hoje será gigante! Seu oponente é um ex bombeiro, quase sem experiencia com lutas, então será fácil. Ethan olha de lado para o treinador de sua academia, enquanto desconta sua raiva do mundo em um saco de areia. — Pense, Blackwell. — ele continua, fazendo Ethan revirar os olhos. — A luta de hoje pode levá-lo para outro patamar. Um que você jamais imaginou estar. Ele continuou a desferir golpes no saco de areia com força, sentindo a tensão em seus músculos. Ele não conseguia deixar de pensar nas palavras do treinador e na luta que o aguardava. A raiva que o atormentava parecia se acumular a cada soco, como se ele quisesse extravasar todas as frustrações de sua vida naquele momento. — Pense no que, exatamente? — respondeu Ethan com certa impaciência. — Eu vou lutar, vencer e pronto. Não é isso que você quer ouvir? O treinador sacudiu a cabeça, parecendo não se impressionar com a atitude de Ethan. — Não, Ethan. Eu quero que você pense no porquê está lutando. Não apenas
Quando Wendy despertou, de primeira ela sentiu uma tremenda dor de cabeça. Ela se senta e olha em volta, com um olho meio aberto. Wendy presume que está no quarto de Ethan, já que não conhecia aquele ambiente. Ao procurar um relógio, ela se depara com um copo de água e dois comprimidos, juntamente de um bilhete. Após tomar os comprimidos e secar aquele copo, Wendy leu o bilhete. “Se hidrate e descanse. Caso acorde a noite, tenho uma luta. Conversamos pela manhã. Ethan.” No relógio indicava que eram quase quatro horas da manhã. Apesar da dor de cabeça infernal que sentia, Wendy estava com fome. Ela abandona o bilhete em cima da cama e vai para a cozinha. Na cozinha, Wendy encontra algumas frutas e alimentos leves. Com cuidado, ela prepara um pequeno lanche para saciar sua fome. Enquanto comia, a mente de Wendy vagava pelas lembranças da noite anterior, do beijo inesperado e das emoções conflitantes que haviam surgido. Ela se perguntava o que realmente estava acontecendo entre ela
Alguns dias se passaram, desde a bebedeira sem freio de Wendy. Ela evitava ao máximo se encontrar com Ethan pela casa e ele respeitava aquilo. Sempre se levantava antes dela e voltava para casa quando sabia que ela já estava dormindo. Wendy havia feito uma barreira com travesseiros na cama, para evitar de acordar agarrada a Ethan novamente. Aquilo funcionava na prática, mas inconscientemente ela o agarrava de todas as formas. Wendy estava tendo sonhos eróticos com seu marido por contrato. Ela estava em um quarto escuro, iluminado apenas pela luz suave de velas ao redor. No centro, estava Ethan, de pé, usando apenas uma calça de moletom. Seu coração disparou ao vê-lo ali, tão perto, e seu corpo pareceu reagir por vontade própria. Ele a encarava com um olhar intenso, carregado de desejo. Wendy sentiu as pernas tremerem e o coração bater descompassadamente. Era como se toda a atmosfera ao redor estivesse impregnada de uma energia magnética e irresistível. Ethan estendeu a mão em sua
Wendy pediu ao garçom, ravióli recheado com queijo de cabra e manjericão em molho de tomate fresco. Mas quando ela viu o prato de Ethan, ela se arrependeu amargamente. — Meu Deus! — ela murmura, encarando o prato dele. — Que arrependimento. — Não entendi. — O salmão. Ele é logicamente melhor do que esse ravióli. Ethan encara seu peixe e a mulher genuinamente arrependida a sua frente. Ele corta um pedaço daquilo e lhe estica o garfo. — Experimenta. — ele diz, com o garfo no ar e esperando que ela o abocanhe. — Nós estamos nesse nível? — Você não quer? Antes que ele abaixasse o braço, levemente irritado pela pergunta que ela fez, Wendy se esticou e colocou o garfo na boca. Enquanto soltava o pedaço daquele peixe do garfo, seu olhar estava entrelaçado ao de Ethan. Ela experimentava o pedaço de salmão e os olhos de Ethan permaneciam fixos nela, observando atentamente sua reação. Seus olhares não se desviavam e parecia que um universo inteiro se desdobrava naquele momento fugaz
O carro de Ethan estava parado diante do salão em que acontecia a festa de vinte e cinco anos da Vinhos Montenegro, já fazia dez minutos. Wendy, que trabalhou sua mente durante todo o dia para aquele momento, congelou quando chegou aí local. Ter passado o dia em um SPA, recebendo massagem e todos os outros tipos de tratamento que uma mulher merece para se sentir bonita e relaxada, não adiantou de nada naquele instante. — Nós precisamos ir. — Ethan murmura, mas Wendy permanece olhando para a porta de entrada. — O manobrista está começando a encarar o carro com estranheza. — Eu mudei de ideia. Quero voltar para casa. — Wendy... — Você pode ficar e aproveitar a festa, mas eu não. Não consigo. Ethan tocou a mão de Wendy, que estavam sendo apertadas uma pela outra e ela o encarou. — Você tem o direito de estar aqui. Eu já te falei isso. Pare de se importar com o que um ou outro pensa sobre você. Você é todas as coisas que essas pessoas falam? — ela dá de ombros, já que a pala
Pietra segurava a taça com tanta força, que ela seria capaz de quebrá-la. Logo que Wendy se afastou com Ethan, ela se virou e marchou pelo salão, procurando sua outra metade. — Eu queria que tivessem feito essa festa no castelo, mas... aqui está bonitinho também. — Irmã, você precisa ver uma coisa. — O que é, Pietra? — Chloe se vira revirando os olhos, impaciente por sua irmã estar atrapalhando o seu momento de exibição. — Não vê que eu estou conversando? — Olhe bem naquela direção e veja quem teve a pachorra de aparecer aqui. Após revirar os olhos mais uma vez, se questionando o que havia feito para merecer uma irmã gêmea tão irritante, Chloe olha na direção que ela havia apontado. Ela precisou forçar um pouco a vista, para finalmente enxergar de quem era aquela figura. — Que merda ela pensa que está fazendo aqui? Chloe encara Wendy e Ethan fulminantemente, enquanto sua irmã conta a breve discussão que tiveram. Ela nota que os dois mantem uma troca de olhar intensa durante a c
— O que realmente ela veio falar com você? — Wendy pergunta a Ethan, logo depois que Chloe se afasta para falar com algumas amigas. — Eu não consigo engolir essa história de fazer as pazes assim do nada. Chloe sempre foi falsa. Ethan olha sobre Wendy, com seu olhar indo diretamente para a irmã dela. Chloe conversava com algumas pessoas, mas não parava de olhar na direção do lutador, com um sorriso de lado. — Só perguntou onde e como você estava. Nada demais. — Sério mesmo? Chloe realmente fez aquelas perguntas. O que Ethan deixou de fora, foi o jeito malicioso com que ela disse estar feliz por ele fazer parte da família. Um homem sempre sabe quando alguém está dando em cima dele, principalmente quando ela o toca com segundas intenções. — Sério. — ele responde. — Não se preocupe. Chloe só quer restaurar a família dela. — Ainda duvido muito disso. Como Ethan fazia parte do conselho da Vinhos Montenegro e só aparecia na empresa em reuniões importantes, sempre havia alguma pessoa q
Após o discurso de Theo, os integrantes da família Montenegro deixaram aquele palco. As gêmeas se apressaram em buscar uma bebida, enquanto Wendy e o irmão conversaram. Ethan os observava de longe, bebericando um uísque bem caro. Ele admirava cada sorriso ou risada que Wendy soltava, sentindo-se feliz por vê-la daquela maneira. Ethan se lembrou da maneira que Wendy agiu quando o viu conversando com sua irmã e aquilo deixou uma pulga atrás de sua orelha. Ele não sabia como decifrá-la, mas sentia que Wendy estava mais aberta aos que estavam vivendo. Seu telefone tocou e ele o colocou no ouvido sem nem ver quem era. Ethan não conseguia tirar os olhos de Wendy. — Alô? — É hoje. — O que? — Maddox está na cidade. — a voz de Clifton, treinador de Ethan, era baixa e firme. A menção daquele nome fez com que o olhar admirado do lutador, saísse de Wendy e fosse para uma parede. – Está tendo uma luta essa noite, onde ele está desafiando cinco, dos melhores lutadores da cidade. Achei que go