— O seu o que? — É uma longa história... eu... — AQUI! — Heather grita e acena para alguém que estava do outro lado. — Você vai me contar essa história direitinho, mas preciso te apresentar alguém. — a mulher para quem Heather acenara se aproxima e é recebida com um grandioso beijo na boca, deixando Wendy ligeiramente constrangida. — Ah... delícia. Wendy, amiga, essa é Lisa. Minha namorada. Lisa, essa é a Wendy. Ela é... Heather é interrompida com sua apresentação, com o barulho do apito soado pelo apresentador. A luta estava começando. Monster tem pressa e soberba. Ele está confiante de que irá vencer aquele embate, quando tenta acertar o primeiro chute em Ethan. Blackwell desvia magicamente e zomba com a cara de seu oponente. Ele ergue seu punho direito e com rapidez, o levou na direção do rosto de Monster, quase lhe acertando um soco do lado esquerdo do rosto. Todo o público vibrava a cada golpe que eles erravam ou acertavam em seus oponentes. Wendy se sentia tão apavorada, m
Ethan teve uma infância e adolescência marcadas por desafios e adversidades que moldaram sua personalidade e o levaram a buscar uma vida de superação. Desde cedo, ele teve que lidar com situações difíceis que o colocaram à prova. Ethan cresceu em um bairro problemático, onde a violência e a criminalidade eram comuns. Sua família lutava para sobreviver financeiramente, o que resultava em um ambiente instável e cheio de tensões. Ele testemunhou brigas, vícios e a falta de perspectivas ao seu redor. Na escola, Ethan enfrentou bullying e discriminação por parte de seus colegas devido às suas origens humildes. Isso o tornou alvo constante de zombarias e provocação, o que afetou sua autoestima e confiança. Durante o auge da adolescência de Ethan, seu pai, Daniel Blackwell, envolveu-se em um negócio de importações de forma ilícita e arriscada. Vindo de uma família de origem modesta, Daniel estava determinado a oferecer uma vida melhor para sua esposa e seu filho. Um antigo amigo de Danie
Ethan soltou aquela frase e foi para o seu quarto. Wendy permaneceu olhando para o corredor, se questionando se aquilo daria certo. Na realidade, ela não conseguia parar de pensar na noite passada. Na luta e principalmente o choque que seus lábios sentiram, quando Ethan os beijara. E pensar naquilo por tanto tempo, deixava Wendy irritada. Ela não gostava de Ethan, mas também não o odiava por completo. A única coisa que Wendy precisava entender, era o porquê de ele forçar um casamento com uma garota que ele viu uma única vez e quando ela ainda era uma adolescente. Por que ele não seguiu em frente e buscou um relacionamento baseado em amor e conexão mútua? As dúvidas e questionamentos sobre os verdadeiros motivos de Ethan a deixavam inquieta. Ela não podia negar a ligeira atração que sentiu na noite anterior, mas também não queria ser apenas uma peça de um jogo que ela não entendia completamente. Wendy ainda estava sentada no sofá, quando Ethan surgiu com um conjunto de moletom difer
— A luta de hoje será gigante! Seu oponente é um ex bombeiro, quase sem experiencia com lutas, então será fácil. Ethan olha de lado para o treinador de sua academia, enquanto desconta sua raiva do mundo em um saco de areia. — Pense, Blackwell. — ele continua, fazendo Ethan revirar os olhos. — A luta de hoje pode levá-lo para outro patamar. Um que você jamais imaginou estar. Ele continuou a desferir golpes no saco de areia com força, sentindo a tensão em seus músculos. Ele não conseguia deixar de pensar nas palavras do treinador e na luta que o aguardava. A raiva que o atormentava parecia se acumular a cada soco, como se ele quisesse extravasar todas as frustrações de sua vida naquele momento. — Pense no que, exatamente? — respondeu Ethan com certa impaciência. — Eu vou lutar, vencer e pronto. Não é isso que você quer ouvir? O treinador sacudiu a cabeça, parecendo não se impressionar com a atitude de Ethan. — Não, Ethan. Eu quero que você pense no porquê está lutando. Não apenas
Quando Wendy despertou, de primeira ela sentiu uma tremenda dor de cabeça. Ela se senta e olha em volta, com um olho meio aberto. Wendy presume que está no quarto de Ethan, já que não conhecia aquele ambiente. Ao procurar um relógio, ela se depara com um copo de água e dois comprimidos, juntamente de um bilhete. Após tomar os comprimidos e secar aquele copo, Wendy leu o bilhete. “Se hidrate e descanse. Caso acorde a noite, tenho uma luta. Conversamos pela manhã. Ethan.” No relógio indicava que eram quase quatro horas da manhã. Apesar da dor de cabeça infernal que sentia, Wendy estava com fome. Ela abandona o bilhete em cima da cama e vai para a cozinha. Na cozinha, Wendy encontra algumas frutas e alimentos leves. Com cuidado, ela prepara um pequeno lanche para saciar sua fome. Enquanto comia, a mente de Wendy vagava pelas lembranças da noite anterior, do beijo inesperado e das emoções conflitantes que haviam surgido. Ela se perguntava o que realmente estava acontecendo entre ela
Alguns dias se passaram, desde a bebedeira sem freio de Wendy. Ela evitava ao máximo se encontrar com Ethan pela casa e ele respeitava aquilo. Sempre se levantava antes dela e voltava para casa quando sabia que ela já estava dormindo. Wendy havia feito uma barreira com travesseiros na cama, para evitar de acordar agarrada a Ethan novamente. Aquilo funcionava na prática, mas inconscientemente ela o agarrava de todas as formas. Wendy estava tendo sonhos eróticos com seu marido por contrato. Ela estava em um quarto escuro, iluminado apenas pela luz suave de velas ao redor. No centro, estava Ethan, de pé, usando apenas uma calça de moletom. Seu coração disparou ao vê-lo ali, tão perto, e seu corpo pareceu reagir por vontade própria. Ele a encarava com um olhar intenso, carregado de desejo. Wendy sentiu as pernas tremerem e o coração bater descompassadamente. Era como se toda a atmosfera ao redor estivesse impregnada de uma energia magnética e irresistível. Ethan estendeu a mão em sua
Wendy pediu ao garçom, ravióli recheado com queijo de cabra e manjericão em molho de tomate fresco. Mas quando ela viu o prato de Ethan, ela se arrependeu amargamente. — Meu Deus! — ela murmura, encarando o prato dele. — Que arrependimento. — Não entendi. — O salmão. Ele é logicamente melhor do que esse ravióli. Ethan encara seu peixe e a mulher genuinamente arrependida a sua frente. Ele corta um pedaço daquilo e lhe estica o garfo. — Experimenta. — ele diz, com o garfo no ar e esperando que ela o abocanhe. — Nós estamos nesse nível? — Você não quer? Antes que ele abaixasse o braço, levemente irritado pela pergunta que ela fez, Wendy se esticou e colocou o garfo na boca. Enquanto soltava o pedaço daquele peixe do garfo, seu olhar estava entrelaçado ao de Ethan. Ela experimentava o pedaço de salmão e os olhos de Ethan permaneciam fixos nela, observando atentamente sua reação. Seus olhares não se desviavam e parecia que um universo inteiro se desdobrava naquele momento fugaz
O carro de Ethan estava parado diante do salão em que acontecia a festa de vinte e cinco anos da Vinhos Montenegro, já fazia dez minutos. Wendy, que trabalhou sua mente durante todo o dia para aquele momento, congelou quando chegou aí local. Ter passado o dia em um SPA, recebendo massagem e todos os outros tipos de tratamento que uma mulher merece para se sentir bonita e relaxada, não adiantou de nada naquele instante. — Nós precisamos ir. — Ethan murmura, mas Wendy permanece olhando para a porta de entrada. — O manobrista está começando a encarar o carro com estranheza. — Eu mudei de ideia. Quero voltar para casa. — Wendy... — Você pode ficar e aproveitar a festa, mas eu não. Não consigo. Ethan tocou a mão de Wendy, que estavam sendo apertadas uma pela outra e ela o encarou. — Você tem o direito de estar aqui. Eu já te falei isso. Pare de se importar com o que um ou outro pensa sobre você. Você é todas as coisas que essas pessoas falam? — ela dá de ombros, já que a pala