Aquele meu comportamento o incomodava, e voltamos para a terapia de casal com a doutora Adélia, ela não pareceu surpresa com a revelação da amante, mas disse que ficou decepcionada com a mentira e dessa vez ela caiu em cima dele, dizendo que aquilo não se fazia, marcar uma psicóloga para dizer que a mulher estava ficando louca com crises de ciúmes reais e sérias, e que se eu estava dando essa última chance ele deveria levar muito a sério. Também conversou comigo. Me disse que não adiantava nada eu ficar vendo tudo isso sempre com o pé atrás, que se fosse para viver assim, eu deveria ou me divorciar ou aceitar que ele está realmente tentando mudar, viver olhando para ele com raiva não ajudaria em nada e que o Pietro poderia perceber, e de fato ele percebia. Certa vez Jeff chamou a atenção dele por não querer sai
Passamos o ano novo e o aniversário de Pietro na Disney, em Orlando. Foram dias incríveis, algo que eu realmente almejava para a minha vida, uma família feliz viajando para fora, e quando voltamos a harmonia continuava reinando em nosso lar. Jeff estava de férias também, pois havia conseguido a promoção que ele tanto batalhou para conseguir, até subiu para o décimo oitavo andar do prédio, lembrando que lá eram vinte e um andares. Mesmo nas férias dele, fomos lá dar uma olhada com o Pietro, estava passando por um processo de reforma, trocariam alguns moveis, mas a mesa dele já havia chegado. Era enorme e de mármore branco, a sala era bem maior do que a que ele tinha antes e a vista era linda, dava para ver o parque do Ibirapuera. Voltamos para casa com ele todo feliz e orgulhoso, e prometendo que em breve nós nos mudaríamos para uma casa e que ele pensaria no fato de adotarmos um cachorrinho ou gato, pois faz menos bagunça e barulho.
Vi o corpo do meu marido caindo para trás, aquele lindo rosto e corpo, caindo vagarosamente para trás. Tudo em câmera lenta, olhei para o meu reflexo no espelho, estava suja de sangue, o sangue do meu Jeff Anwalt estava respingado em meu rosto. Olhei para ele e me ajoelhei, peguei o corpo do meu marido no colo e comecei a chorar. ─ Volta, Jeff volta, acorda por favor, quero você comigo. Os olhos dele estavam fechados, mas seu rosto estava coberto de sangue que saia de sua testa, e ainda assim eu beijava sua cabeça. ─ O que eu fiz? Olha o que você me fez fazer? Olha Jeff, acorda para você ver como estou magoada. Beijos e carinhos no mais lindo cadáver da história.  
Ela é tão legal, tão forte e independe, cozinha muito bem, tem um corpo sexy eu não sou o máximo? Meu celular tinha milhares de ligações perdidas, mas eu não me importava e o joguei pela janela, alguém já estava procurando por nós dois? Ou seria por nós três, não sei a resposta. O sol estava nascendo ia começar um novo dia, e seria um belo dia, com sol e calor, ótimo para piscina. Eu ia seguindo pela estrada e passando por pedágios, estava indo para a praia conhecia o lugar perfeito para a desova, ninguém encontraria. Claro que todos me perguntariam do Jeff, mas eu ficaria bem, diria que ele pediu demissão e ia nos encontrar em Veneza, só que o Pietro e eu nos esconderíamos na Rússia, eu só precisava falsificar alguns documentos, ninguém ia mandar a polícia atrás d
Eu me assustei e quebrei a garrafa que estava na minha mão fazendo uma atendente de refém, quando vi todas aquelas viaturas chegando rapidamente. ─ Elisa, sabemos que você está aí dentro, saia com as mãos para cima. ─ NUNCA! – Gritei – Desculpa moça eu não queria fazer isso com você, falei para a atendente. ─ Por favor, me solta! ─ Eu não quero fazer mal a ninguém, seu nome é Monica? – Era o que estava escrito no crachá dela, mas ela não respondeu, só chorava. – Eu não vou machucar a Monica. ─ Voltei a gritar ─ Eu só quero pegar meu carro e ir para casa ver meu filho, só isso. Eu chorava. Dois homens de
30 de janeiro de 2020, penitenciária feminina da cidade de São Paulo. Em uma das salas reservadas do presidio, localizada no térreo, havia um padre trajando preto, com uma estola branca em volta do pescoço. Ele lê a Bíblia Sagrada enquanto espera pacientemente a próxima detenta para uma confissão com Deus. Não demora muito e uma mulher com o uniforme das presidiárias entra na sala. Mãos algemadas, cabelo solto, e um semblante de quem passou a noite inteira acordada e chorando. Mas no momento em que os olhares dos se cruzou, um sorriso surgiu naquele rosto feminino. Ella, a detenta, era acusada de matar o próprio marido e a amante, mas esse tipo de pessoa não assustava o padre, na verdade ele sentia uma leve piedade por almas perdidas como essa, que procuravam por luz.
Tudo começou na minha primeira aula de direitos do consumidor. Parecia só mais uma noite na faculdade, estava no terceiro trimestre do curso de direito, não me lembro bem o que estava fazendo, mas me lembro de quando ele entrou na sala de aula. Os olhos dele se encontraram com os meus, e pude sentir o arrepio na alma, algo que me dizia que não deveria me envolver, mas que seria muito prazeroso me deixar levar. Jeff Anwalt, posicionou o seu material na mesa dos professores, deu um belo sorriso e iniciou a sua aula, eu poderia dizer o que ele tinha passado de conteúdo, mas tudo o que eu percebia era a beleza dele naquele terno preto, e acredito que ele tenha notado minha total desatenção na matéria, quando olhou para mim e deu uma piscadinha. Depois daquele dia, tudo o que eu pensava era em Jeff Anwalt, até mesmo enquanto dormia. Fico até sem graça, mas
Então recapitulando tudo, eu era uma pobre menina, que se apaixonou pelo professor/chefe, que não ligava para mim, arranjei um boy, perdi o boy para Londres, mas em compensação meu chefe e ex-professor se declarou para mim, resultando em um casamento aparentemente perfeito, e internamente problemático. Mas voltemos a falar de Rita. Quando a reencontrei na estação do Brigadeiro do metrô, ela estava horrível, não porque estava chorando e cheia de olheiras, mas todo o conjunto. Ela era daquelas hipsters, que não usam sutiã, com calças largas, parecia que o cabelo não era lavado há anos e o mesmo podia se dizer do banho. Sua pele estava suja e ela estava extremamente magr
Vinte e cinco de setembro era aniversário do Jefferson e eu quis agradá-lo, dando a ele um belo jantar e o meu lindo corpo. Ideia dada pela minha mãe, preparei uma deliciosa costela de porco a primavera, completamente nua, preparei a mesa a luz de velas, comprei uma garrafa de Whisky maravilhosa de R$1.500,00 reais, e fiquei lá, sentada a mesa, nua. Esperando e esperando. As velas se derretam, a comida esfriou, e nada dele me responder as mensagens, era uma terça-feira. Eu sabia que ele chegaria tarde, mas já tinha virado o dia, era 1h da manhã e nada dele. Comecei a chorar enquanto olhava a minha imagem deprimente no espelho da parede, toda aquela cena que refletia, como me deixei virar aquele tipo de mulher, pensei em mandar uma mensagem para Rita, desabafar com ela, mas não queria acordá-la e jogar meus problemas, ela já tinha os dela, era o que eu pensava.