Vou despertando lentamente, me espreguiço esticando todo o meu corpo, vou abrindo os olhos lentamente para tentar me acostumar com a claridade que entra em meu quarto, assim que abro os olhos tomo o maior susto, vejo Lyon me olhando.
Ele estava apoiado sobre um de seus braços, com o corpo levemente levantado, de lado, tinha um leve sorrindo nos lábios, ele é lindo até quando acorda.— Bom dia flor do dia, dormiu bem?— O que você faz aqui ainda? Pergunto me sentando na cama e pegando uma Xuxinha na mesinha ao lado da cama para prender meu cabelo.— Pelo seu humor matinal, parece que a noite não foi boa.— Pelo contrário, a noite foi maravilhosa... Você é que tem esse dom de estragar meu humor! Me levanto da cama indo em direção ao banheiro.Faço tudo que uma pessoa normal faz de manhã e assim que saio do banheiro encontro ele ainda em minha cama.— Volta pra mim? Vamos formar nossa família? Eu, você e Leon...A pediatra mandou fazer exames de sangue, urina e alguns rx, ela passou também uma injeção de dipirona algo que me fez chorar mais que ele. Vê meu pequeno chorando daquele jeito me matava, era desesperador. Estou na enfermaria com meu pequeno em meus braços esperando o resultando quando vejo Caíque passar, ele olha pra dentro da enfermaria e passa direto, mas logo volta com a sobrancelha franzida. — O que aconteceu? Ele me encara e olha logo depois para Leon. — Meu filho está com febre alta... Tô esperando o resultado dos exames. — Tá com quem aqui? Ele olha ao redor da sala. — Sozinha! Ele fica pensativo. — Veio pra cá uma hora dessa e sozinha? Questiona. — Um amigo me trouxe. — Hum... E o pai dele, por que não veio com você? Ele estava entrando em um assunto complicado. — Não consegui falar com ele! Me limito a dizer só isso e acho que ele entendeu que eu não queria falar sobre o pai de Leon
Lyon.... Quando eu mandei a Hellen embora, achei que as coisa entre eu e Majú fossem melhorar e apesar dela ter jurado pelo Leon que nunca mais iriamos ficar juntos, no fundo eu tinha uma esperança, mas ela é tinhosa, a bicha é ruim e não voltou atrás. A última vez que a vi tão de perto, foi quando ela estava visitando meu sobrinho, cheguei lá pra conhecer o moleque e ela estava saindo, nem olhou para a minha cara! Depois fui saber o motivo dela ter ido embora, a peste da Hellen estava lá, toda babando no Bernardo. Eu ia vê meu filho todos os dias, mas ela não me dava entrada para conversarmos e toda vez que eu tentava ela simplesmente mudava de assunto. Quando ela me ligou pedindo para eu ficar com Leon para ela ir na festa da mandada, de primeira eu não quis, lógico que questionei... Sou otário agora! Ficar em casa olhando criança enquanto a mãe tá batendo perna? É ruim heim! Mas daí eu pensei, com certeza ela vai arrumar alguém para olhar
Apertar aquele botão doeu mais em mim do que neles, tenho certeza! Fiquei olhando pela janela os estragos na rua... Pessoas correndo, carro de polícia chegando, ambulância com suas luzes piscando... Apesar de não poder ouvir a gritaria e a confusão, eu podia imaginar. Me sentei no sofá ainda em transe e liguei a tv, com certeza diriam alguma coisa nos jornais locais. Várias especulação foram ditas na tv, mas nenhuma era verdadeira, então resolvi desligar e ir deitar, amanhã eu voltaria pra casa. Por volta das 2:30 da manhã Fael bate a minha porta, me levanto sonolento e ao abrir a porta ele entra igual um furacão. — Cadê seu celular? Ele aparenta nervoso. — Está aqui! Pego ele de cima do sofá. — Por que não atendeu o telefone? — Eu não ouvi ele tocar, eu estava no quarto e ele ficou aqui... O que está acontecendo? — Joga suas coisas na mala e vamos embora agora! Leon passou mal e FM levou ele
Estou no quarto de Leon brincando com ele, meu telefone toca e quando olho vejo que é Hellen, ignoro! Desde que coloquei ela na casa antiga que Camila morava eu não vou vê-la, Hellen é grudenta, pegajosa e apesar de toda gratidão que tenho por ela, não suporto esse grude todo. Nos falávamos por telefone ou mensagem, toda assistência era dada a ela, não faltava nada. A última mensagem que ela me enviou eu ainda estava na Bolívia. “ Foi pra onde? Soube que saiu do morro, tô com saudades, vem me vê, por favor!” O telefone toca tantas vezes que resolvo coloca-lo no silencioso... Já era quase a hora do almoço, pego Leon no colo e vou até a cozinha, Majú está lá fazendo alguma coisa. Ela está linda, anda de um lado para o outro na pequena cozinha, toda concentrada. Me aproximo dela com calma enquanto ela mexe em uma panela no fogão, grudo meu corpo no dela por trás e sussurro: — Você é gata até cozinhando! Sinto se
Um bônus pra vcs ♥️♥️♥️.........Majú... Pra variar eu tomei mais uma porrada da vida, a notícia da gravidez da Hellen caiu como uma bomba em meu colo, eu não soube o que falar nem como agir, culpa dessa porra que sinto por ele. Não sei mais o que fazer para tirar Lyon da minha cabeça, não sei o que fazer pra arrancar do meu peito esse amor que sinto por ele, não sei!! Estou em meu quarto, deitada e chorando quando meu celular toca, atendo sem sequer dar o trabalho de olhar na tela quem é. — Alô? Digo fungando. [Silêncio] — Oi... Sou eu. Era Caíque. — Está tudo bem? Ele pergunta meio desconfiado. — Está sim. — Mesmo? Ele insiste. — Sua voz está de choro. — Não é nada demais... Não se preocupe. Tento acalma-lo. — Me dá seu endereço? Quero vê se você está bem mesmo. — Eu nem te conheço direito para te dá meu endereço... E eu estou bem sim. Tento falar mais firme. — Ok! Então vem até mim... Eu quero te vê, sério mesmo! — Eu não posso... Não agora! — Estou falando sério Mari
Lyon... Saí da casa da Majú virado no samurai, saí para não me exceder e acabar fazendo algo que eu me arrependesse depois, mas acima de tudo, saí de lá pra saber quem é esse filho da puta que está de olho no que é meu. — Fael, quero você e FM no QG agora! Liga para Ramon e coloca ele em uma chamada de vídeo também. — Já é! Mas aconteceu alguma coisa séria? Porra de povo fofoqueiro! — Vai pra lá porra, que você vai saber! Desligo o rádio. Passo em casa, tomo um banho, troco de roupa e sigo pro QG, todos os convocados já estão lá e Ramon já está na chamada. — Bom, chamei vocês aqui por que Majú está se relacionando com um filho da puta chamado Caíque, quero saber tudo sobre ele, onde mora, o faz da vida, onde trabalha, quem são seus amigos, com quem fode, o que come... TUDO!!!!! — Lyon, preciso de mais sobre ele... Só Caíque é vago demais. Diz Ramon. — Se eu soubesse de detalhes não estaria conversando com vocês, porra! Eu estava puto. — Calma Lyon! Me pede Fael. — Sei que s
Majú... Recebi um e-mail dizendo que eu tinha sido contratada para trabalhar em um hospital na barra, uma empresa contratada do governo, Loureço Jorge o nome do hospital. É um hospital geral, grande e de emergência. Meu horária de entrada era as 14 horas, eu trabalharia 12/36, então isso significa que eu teria 3 dias de folga. Eu estava tão feliz que acabei ligando para Marina. — Adivinha? — O que? Não sei, conta logo! Ela diz rindo. — Acabei de ser contratada para trabalhar no Loureço Jorge. Digo pulando de alegria. — Serio? Que maravilha Majú! Eu estou estagiando lá. — Caraca!!! Será que vamos nos encontrar? — Eu trabalho de manhã, saio por volta das 16 horas. — Eu pego as 14 horas então vamos nos encontrar dependendo do plantão. Eu estou tão feliz. — Maju, mudando de assunto... Sinto seu tom de voz mais sério agora. — Você e Caíque estão tendo alguma coisa? Fico em silêncio, será que ele falou alguma coisa pra ela? Fico em dúvida em o que falar, até por que vem em minha
— O que você faz aqui, uma hora dessa? Digo andando para fora do hospital. — Precisamos terminar nossa conversa! — Meu Uber chegou Caíque, já é tarde e preciso ir embora. Ele nem debate, simplesmente tira um dinheiro do bolso e entrega ao motorista de aplicativo. — Mano, toma aqui esse dinheiro e espera um pouco, preciso de 10 minutos, depois você leva ela. O motorista me olha como se tivesse pedindo autorização e eu mexo a cabeça confirmando. Caíque me puxa para um canto. — Temos 5 minutos, preciso ir embora, eu tenho um filho e uma babá pra liberar! Digo curta e grossa. — Eu gosto de você e quero conhecer cada detalhe seu, mas nesse momento não me sinto confortável de falar da minha vida... Ele diz rápido, sem respirar. — Nunca fiz questão de saber da sua vida, até aquele lance estranho da Marina... Não estou disposta a ter mais um problema na minha vida, então acho melhor pararmos por aqui,