Fael ainda...Estava em casa e já eram 22 horas, Marina já havia me enviado mensagem dizendo que estava chegando, eu estava nervoso... Foram quase oito anos juntos e acabar com tudo assim não é fácil, principalmente por que eu gosto dessa mandada, mas não adianta eu me prender em alguém que não está na mesma vibe que eu. Ouço o barulho do carro dela chegando, me preparo psicologicamente. Ela já vem me beijando. — Me perdoa, eu estava atarefada demais hoje cedo. Recebo o beijo, mas não retribuo... Me afasto um pouco e ela percebe que estou estranho. — Não fica assim Fael, já pedi desculpa, estou aqui! — Acho melhor o nosso lance acabar aqui! Vou direto ao ponto. Ela fica em silêncio me encarando, mais não por muito tempo. — Se foi pelo que aconteceu hoje... — Não só por hoje Marina... Por todas as outras coisas. Já tem um tempo que não temos os mesmos pensamentos, estamos juntos a oito anos e o que eu sei sobre você? Nada! Quem são seus pais, seus irmãos, onde você mora? C
Júlia...Depois da discussão que tive com Rafael meus dias foram péssimos, ter que aturar um jantar de noivado sem o noivo estar nele e ainda por cima sem ama-lo era algo bizarro, me sentia em um daqueles livros que os pais prometiam a filha a um mafioso, só que diferente dos livros, a mocinha se apaixona pelo mafioso gostosão... Só que há um grande problema, eu não estou em um livro e nem Patrick é um mafioso gostosão! Depois do bendito almoço mamãe resolveu me deixar em paz, ela havia conseguido o que queria. Estou em uma aula na faculdade quando alguém bate na porta e com um buquê de rosas na mão diz: — Tem alguma Júlia aqui? Como eu era a única Júlia da minha sala levanto a mão. Ele me entrega o buquê e em meio aos burburinhos da sala leio o bilhete. “ Me...” Eu não entendo nada, fico curiosa em saber quem foi que me enviou, mas volto a prestar atenção na aula, depois me preocupava com isso. Meia hora depois batem na sala novamente e era o mesmo menino, todos já me olha
Júlia continua...Eu não estava entendendo nada e quando eu ia perguntar, ela vem com a maior bomba... — Amor... Essa é minha irmã! Júlia... Esse é meu namorado Fael. Como assim ele é o namorado dela? Como assim ele era um traficante? Como assim!!! Eu não sabia como reagir, não sabia o que falar, eu simplesmente perdi a voz! Ele me encarava sério. — Fica calma e diz alguma coisa! Marina sussurrava em meu ouvido, mal ela sabia coitada! — Oi! Digo estendendo a mão para ele. — Oi, Juju neh? Ele estende a mão também, tocando na minha. Ele estreita seu olhar pra mim, ele sentia que eu não estava nada bem, minha mão estava trêmula e gelada, mas eu sabia que ele também não estava bem, seu olhar, sua respiração estava também diferente. — Amanhã vocês vão ter tempo de conversar melhor. Marina Diz rindo e abraça ele lhe dando um beijo demorado, meu estômago embrulha e eu dou as costas a eles antes que eu vomite. Marina me puxa pra perto do para peito do camarote e enquanto a m
Júlia...Se eu consegui dormir? Nem um pouco! Quando deu 5 da manhã e o dia começou a clarear, eu me levanto, troco de roupa e passo pasta de dente na boca para esconder o cheiro de bebida misturado com bafo. Ajeito meu cabelo e abro a porta do quarto de fininho, eu ia embora e depois daria uma desculpa para Marina. Desço as escadas na ponta do pé, para não fazer barulho. Destranco a porta da sala com cuidado e acesso o quintal, ufa, eu estava no lado de fora. Abro o portão e já dou de cara com 3 homens. — Bom dia senhorita! Um deles me cumprimenta. — Bom dia! Tento passar por ele mais o mesmo não deixa. — Vai aonde? Ele pergunta. Olho pra ele indignada, como assim! Eu lá tenho que dá satisfação da minha vida pra ele agora? Penso até em responder, mas como ele está armado acho melhor ser gentil. — Eu vou embora! — Ninguém sai sem a autorização do chefe! — Seu chefe está dormindo, eu não vou acordar ele e minha irmã por causa disso! Falo e tento passar novamente e ma
Maju... Depois que Lyon me deixou em casa, dormir não foi nada fácil, minha cabeça era um turbilhão de emoções. Saber que ele ainda me amava mexia comigo, mas também me fazia questionar esse amor, como alguém diz que ama a outra pessoa, mas não consegue ficar sozinho por um tempo? Bufo com aquele pensamento, Lyon é um egoísta safado! Mas eu sou burra o suficiente para ama-lo ainda! Bufo de novo! Sempre que eu pensava mal dele, vinha um pensamento que jogava na minha cara que mesmo ele sendo aquilo tudo eu ainda sim o amava. Para tentar sair desses pensamentos resolvo ligar para Alex, precisava saber se ele estava bem. Ligação on... Maju: Diz que você está bem? Alex: Estou sim e você? Majú: Eu não estava em perigo, fica tranquilo. Alex: Sabe que vamos ter que ter um conversa né? Majú: Eu sei... E ainda tenho uma promessa a cumprir. Alex: Amanhã 13:00 te busco para almoçarmos, pode ser? Majú: Pode sim... Esse horário já estou em casa. Nos despedimos... Ligação off...
Continua...Eu não ia voltar para o Lyon, mesmo que eu o amasse, mesmo que eu levasse esse sentimento para o caixão, mas eu não podia deixar a situação dele com Leon do jeito que estava. Já em casa chamo Leon para uma conversa. — Precisamos conversar! Ele me encarava desconfiado. — Tá bom! O que eu fiz de errado? — Não fez nada! Rio de sua preocupação. — Você e seu pai precisam se acertar. Vejo seus olhos se enxerem de lágrimas. Leon amava o pai, mas ele estava magoado e eu o entendia, mas viver com esse sentimento não era bom. — Ele nos abandonou! Ele diz. — Ele tem motivos! Respondo. — Ele te faz chorar! — Eu choro por qualquer coisa, você sabe! — Ele grita com a senhora! — Mas eu grito com ele também! Sem contar que é só uma discussão de adultos, não há agressão, seu pai não é assim! — Ele é bandido! Essa me deixa sem fala... Como assim? Nunca conversamos sobre quem é o pai dele de verdade. — Quem falou isso? — Na escola! Ele não deu um nome específico e eu nã
— Chegou a hora! ... — Eu ainda não tenho todas as informações necessárias, mas como sei que vocês querem saber o que está pegando não tenho outra opção a não ser contar o que sei até aqui. Lyon começa a falar, ali estavam eu, Kadu, Lorena e Fael... — Tudo começou no dia da minha viagem para os EUA com a Majú... Eu recebi uma ligação do chefe e com a ligação veio uma missão, matar Caíque... Eu o questionei, quis saber o motivo, tentei argumentar, eu não podia matar o cara que fez o que fez pela minha mulher, sem contar que ela não me perdoaria. O chefe estava irredutível, ele queria a cabeça de Caíque, eu não entedia o motivo. Quando voltei para o Brasil recebi a ligação do advogado de caíque e fiquei mais confuso quando soube que ele havia recebido a mesma ordem, me matar! Alguém queria eu e Caíque morto! — Por que? O interrompo perguntando. — Essa é a questão Majú, eu não sei! — Ok, eu entendo até aí, mas não entendo o por que de seu sumiço e o por que de estarmos aqui! A
Marina...O aniversário da minha irmã estava chegando, ela nunca fazia nada nesse dia. Juju sempre foi uma menina delicada e muito alegre, quando fez 16 anos seu brilho foi sumindo, eu não entendia o motivo, tentei várias vezes conversar com ela e a mesma sempre se esquivava. Até que ouvi uma conversa dela com minha mãe, a narcisista estava obrigando minha irmã a namorar com Patrick, filho da sua melhor amiga e dona da maior rede de joalheria do Brasil. Minha irmã não queria, Juju nem ligava para essa parada de namorado, o que ela gostava mesmo era de lê romances, assistir filmes e estudar, namoro não era sua prioridade naquele momento, ela só tinha 16 anos! Lógico que eu quebrei o pau com a minha mãe, mas ela era ruim demais para se comover ou se abalar com qualquer argumento. Ela tinha tentado fazer isso comigo, mais eu bati o pé não aceitei. Na época eu era apaixonada por um carinha, por incrível que pareça o mesmo que ela queria que eu me envolvesse e por birra bati o pé e não