Continua...Eu não ia voltar para o Lyon, mesmo que eu o amasse, mesmo que eu levasse esse sentimento para o caixão, mas eu não podia deixar a situação dele com Leon do jeito que estava. Já em casa chamo Leon para uma conversa. — Precisamos conversar! Ele me encarava desconfiado. — Tá bom! O que eu fiz de errado? — Não fez nada! Rio de sua preocupação. — Você e seu pai precisam se acertar. Vejo seus olhos se enxerem de lágrimas. Leon amava o pai, mas ele estava magoado e eu o entendia, mas viver com esse sentimento não era bom. — Ele nos abandonou! Ele diz. — Ele tem motivos! Respondo. — Ele te faz chorar! — Eu choro por qualquer coisa, você sabe! — Ele grita com a senhora! — Mas eu grito com ele também! Sem contar que é só uma discussão de adultos, não há agressão, seu pai não é assim! — Ele é bandido! Essa me deixa sem fala... Como assim? Nunca conversamos sobre quem é o pai dele de verdade. — Quem falou isso? — Na escola! Ele não deu um nome específico e eu nã
— Chegou a hora! ... — Eu ainda não tenho todas as informações necessárias, mas como sei que vocês querem saber o que está pegando não tenho outra opção a não ser contar o que sei até aqui. Lyon começa a falar, ali estavam eu, Kadu, Lorena e Fael... — Tudo começou no dia da minha viagem para os EUA com a Majú... Eu recebi uma ligação do chefe e com a ligação veio uma missão, matar Caíque... Eu o questionei, quis saber o motivo, tentei argumentar, eu não podia matar o cara que fez o que fez pela minha mulher, sem contar que ela não me perdoaria. O chefe estava irredutível, ele queria a cabeça de Caíque, eu não entedia o motivo. Quando voltei para o Brasil recebi a ligação do advogado de caíque e fiquei mais confuso quando soube que ele havia recebido a mesma ordem, me matar! Alguém queria eu e Caíque morto! — Por que? O interrompo perguntando. — Essa é a questão Majú, eu não sei! — Ok, eu entendo até aí, mas não entendo o por que de seu sumiço e o por que de estarmos aqui! A
Marina...O aniversário da minha irmã estava chegando, ela nunca fazia nada nesse dia. Juju sempre foi uma menina delicada e muito alegre, quando fez 16 anos seu brilho foi sumindo, eu não entendia o motivo, tentei várias vezes conversar com ela e a mesma sempre se esquivava. Até que ouvi uma conversa dela com minha mãe, a narcisista estava obrigando minha irmã a namorar com Patrick, filho da sua melhor amiga e dona da maior rede de joalheria do Brasil. Minha irmã não queria, Juju nem ligava para essa parada de namorado, o que ela gostava mesmo era de lê romances, assistir filmes e estudar, namoro não era sua prioridade naquele momento, ela só tinha 16 anos! Lógico que eu quebrei o pau com a minha mãe, mas ela era ruim demais para se comover ou se abalar com qualquer argumento. Ela tinha tentado fazer isso comigo, mais eu bati o pé não aceitei. Na época eu era apaixonada por um carinha, por incrível que pareça o mesmo que ela queria que eu me envolvesse e por birra bati o pé e não
Fui no shopping conversar com uma amiga que tinha um buffet e sua loja era lá, depois de tudo acertado encontro Caíque e Lyon... E não é que era verdade, Lyon está vivíssimo mesmo! Me aproximo e os cumprimento, depois de uma leve ameaçada e um abraço apertado, Lyon se despede e eu chamo caíque para almoçarmos. — O que faz aqui? Agora era a vez de Caíque me perguntar. — Vim conversar com Ana Belle. — Quem faz aniversário? Ele conhecia a Belle, éramos amigos de infância. — Juju! — Verdade! Havia me esquecido, mais ainda falta alguns meses. — Sim... Mas já quero organizar, quero tudo perfeito longe dos meus pais. Ela anda triste estou com medo dela... Paro de falar. — Ei... Não fica assim, ela ainda faz terapia neh? Caíque e Majú eram os únicos que sabiam o que acontecia com a Juju, foram os únicos que pude me abrir. — Eu não sei... Acho que sim! Eu sou uma péssima irmã, com a confusão do morro e com Fael eu acabei me afastando dela. — Não faça isso! Não se cobre! Ele
— Esse é o meu medo Marina... A vida da Majú não estava sendo nada fácil, nunca foi na verdade! — Vamos mudar um pouco de assunto... Que tal uma viagem? — Agora? Surtou? Lyon não vai permitir nem fodendo. — Não é agora, só daqui a seis meses... Mas preciso de ajuda para planejar. — Diz... — Aniversário da Juju, queria ir pra casa de praia dos meus pais lá em Angra... Só a galera daqui, meus pais não saberiam. — Sua irmã está bem? — De verdade? Não faço ideia, ela não se abre. Ela ficou uns dias alegre, mas ultimamente está triste novamente... Não sei o que fazer! Eu e Majú ficamos conversando até que resolvo ir dormir pra casa do Fael. ... Estava entrando na casa de Fael quando meu telefone toca. Ligação on... Eu: Diz aí mãe! Tereza: Diz aí? Que linguajar é esse Marina? Eu: Fala logo mãe, tô ocupada! Tereza: Você está aonde? Eu: Já passamos dessa fase neh Tereza? Minha mãe era assim, adorava controlar tudo, se déssemos mole até a cor da nossa lingerie ela queri
— Marina... Acorda... Marinaaa. Abro o olho assustada. — Que foi... Que foi. — Fogos!!! Tá escutando? Dou um pulo da cama, Fael já está colocando uma roupa, eu já estou me tremendo. — Invasão? Pergunto. O rádio dele começa a tocar junto com o celular. — Tô descendo! É só o que ele diz no rádio, ignorando o celular. — Não sei! Os fogueteiros soltaram fogos, mas não é invasão, vou colar lá na boca pra saber. Ele se aproxima de mim e me abraça forte me dando um beijo. — Cuidado! Digo ainda em seu abraço. — Vou me cuidar... Já sabe né? Se escutar barulho de tiro corre pra casa da Majú, os seguranças vão te levar. — Eu tenho plantão hoje mais tarde Fael. — Você sabe como são as coisas Marina, se der você vai, se for invasão, não vai ter como... Fica ligada nos tiros! Ele termina de falar e me dá o último beijo e saí do quarto. Eu odiava quando isso acontecia, odiava ficar presa aqui, odiava saber que a minha vida estava em risco, odiava saber que a vida dele estava em risco
— Mas o que esse homem quer? Por que aparecer agora? — Eu não sei Majú, só ele vai poder dizer, então se prepare, por que o dia de vocês conversarem vai chegar. — Eu não quero saber dele! — Você quer sim... Você só está assustada, com medo, mas no fundo você quer saber o que aconteceu. Ela fica em silêncio, volta para o café e depois dele pronto ela volta a falar. — Como foi sua conversa com Leon? O que ele quis saber? — Você sabia que o seu pai disse a ele que eu era bandido? Que eu mato pessoas? — Genitor... Ele não é meu pai... E sim, eu soube, Leon me contou. — O filho da puta estava querendo colocar meu filho contra mim. Majú ele não está pra brincadeira! Depois do café Leon acordou e Majú foi ajudar ele com as higienes matinais e eu fui fazer a minha também. ... Entro na boca e dou de cara com Fael e FM discutindo e pela saída de fininho de Fael tenho certeza que tem a ver com Emilly. FM pensa que sou bobo, eu já disse, nada passa despercebido por mim. — Qual foi
Continua...Uma semana depois...Eu tenho ficado mais no complexo do que na CDD, pezão entende perfeitamente que o melhor e mais seguro é eu estar aqui com minha família, o chefe podia meter a cara a qualquer momento. Estou em casa, estava no sofá assistindo uma dessas séries Américana infantil com Leon, ele acaba dormindo. Majú desce as escadas, ela está tomada banho, cabelo molhado, e o cheiro dela me faz até fechar os olhos. — Deixa eu levar ele pro quarto? Ela já vai se agachando para pegá-lo. — Não... Ele já está pesado, deixa que eu levo. Coloco Leon na cama e fico um tempo o admirando, ele já era um rapaz, cresceu tanto que chega a apertar meu peito. — Ele cresceu neh? Ela diz baixo para não acorda-lo. — Muito! E me dói não ter podido acompanhar de perto seu crescimento. — Ele sabe que teve um motivo e o importante é que aquele amor de vocês quando ele era pequeno não acabou, nosso filho te ama! Caminhando vamos para fora do quarto de Leon. — Graças a você, que mesm