Eu estou no meu quarto, estou me arrumando, hoje seria meu último dia aqui, amanhã eu participaria do tal almoço e depois iria embora. Como é réveillon, eu opto por um vestido branco, justo e curto, deixo meu cabelo solto com algumas ondulações e faço pouca maquiagem. A sede está linda, toda decorada, a mesa da ceia está maravilhosa. A galera está toda na parte de fora da casa e quando digo galera, quero dizer que tem pessoas que nunca vi também, tanto jovens quanto mais velhos. Mas há um no meio daquela galera que eu conheço, ele me vê e com um sorriso enorme caminha até mim, Rick!Eu ainda não vi Leon, mas também nem procurei direito. — Uau! Leon nem me disse que você estaria aqui. Ele se aproxima e me dá um abraço com um beijo na bochecha. — Como consegue ficar mais linda do que Já é? Fico sem graça e me afasto um pouco dele. — Obrigado pelo elogio e Leon não sabia que eu viria, foi uma surpresa pra geral. Digo sem entrar muito em detalhes. Vejo Leon atrás de Rick, mais
Brenda me tira do abraço de Rick e saí me puxando junto com Leon pelo braço, Rick fica parado nos olhando se distanciar dele. Estou próxima da máquina de karaokê olhando no app da máquina qual música eu cantaria enquanto Brenda mais uma vez está em um canto conversando com Leon. Eu estou indecisa, não sei qual cantar, então Leon se aproxima. — Já escolheu a sua música? Ele pergunta. — Ainda, não! Respondo. — Então deixa eu cantar a minha enquanto você escolhe. Quando a música se inicia, meu coração parece que vai parar, eu tenho um copo cheio de Malibu na mão, então dou uma golada generosa. “Sabe quando a gente termina um relacionamentoE sente um alívio?Já passei por isso (e o que?)Sabe quando a gente mete o louco na cidade e sai moendo?Também já fiz isso E ainda ‘to fazendo (vai)”Mas é quando ele começa a cantar o refrão que eu me seguro para não chorar, não sei se é por eu amar tanto esse idiota ou de raiva por tudo ter chego ao fim por culpa dele. “Oi baldeDesculp
"Alerta de gatilho"Oi, meu nome é Isabelle, mas os íntimos me chamam de Isa. Vou contar pra vocês uma pouquinho da minha história. Eu sou filha única e fui criada em uma comunidade em São Paulo chamada Heliópolis até meus 13 anos por minha mãe e meu pai, até que minha mãe decidiu tentar a vida fora do país. Minha mãe foi para a Itália e eu fiquei com meu pai. No dia que minha mãe viajou, ela prometeu que um dia voltaria para me buscar, mas isso não aconteceu. Quando eu fiz 15 anos eu perdi meu pai e fiquei esperando minha mãe vir me buscar, foi quando descobri que ela não viria, eu chorei por dias. Eu fui criada por uma tia e um tio, foram os piores anos da minha vida. Minha mãe nunca deixou faltar nada pra mim, ela sempre enviava dinheiro, mas eu queria ela, queria sair daquela comunidade, queria ficar o mais longe possível daquele homem que eu tinha que chamar de tio. Eu morava com eles há 2 meses quando tio João sentou ao meu lado no sofá e colocou aquela mão velha e enruga
— Que tal umas férias no Brasil? Brenda está toda animada. — Prefiro ficar aqui! Respondo abrindo a caixa de pizza que acabou de chegar. — Por que toda vez que falo em ir para o Brasil você dá pé atrás? Brenda me olha estreito. — Eu passei por coisas horríveis no Brasil, tenho até tremedeira só de pensar em voltar. — Você nunca vai me contar o que aconteceu lá, neh? — Um dia... Um dia eu tomo coragem. Brenda fica me olhando com pesar e me abraça apertado. — Seja lá o que tenha acontecido, hoje você tem eu e Carol e a gente nunca vai deixar nada de ruim acontecer com você ! — Eu sei... E é por isso que amo tanto vocês.Digo me segurando para não deixar uma lágrima escorrer. Eu era forte, não chorava nunca, era animada, estava em todas as baladas possíveis, eu ficava com geral, mas isso tudo era a única forma que achei para não deixar pensamentos ruins me invadir. Eu estingava os garotos, dava em cima deles até conseguir o que eu queria, mas no final eu não consegui ir além,
Dou a primeira garfada e fecho os olhos soltando um gemido sexy, quando abro os olhos Fael já está de pé. — É... Acho melhor eu ir... Já tá tarde. Sim, ele estava desconcertado. — Ah sério? Deixa eu terminar de comer? Odeio comer sozinha. Faço uma voz dengosa e sedutora ao mesmo tempo, eu era boa nisso. Ele coça a garganta e volta a falar. — Tenho que ir mesmo, já tô com sono. “Dorme aqui comigo, tio...” Lógico que eu pensei, mas não falei!— Poxa... Então tá bom. Digo fazendo cara de triste e coloco o prato ao meu lado na cama e me levanto. Sigo até ele e sinto seu corpo enrijecer quando me aproximo demais, dou um beijo bem no canto da sua boca e sussurro em seu ouvido. — Obrigado, tio! Ao mesmo tempo que sinto seu corpo estremecer, sinto sua feição mudar, ele não gostou do “tio” e me seguro pra não rir, por que agora sei como provoca-lo mais. — Não foi nada, vou lá! Ele caminha até a porta do meu quarto e saí, enfim solto uma gargalha. — Me aguarde amanhã, titio! F
Entrei no site da companhia aérea e realmente só tem passagem para amanhã a tarde. — Você tem anotado o endereço do condomínio? Brenda pergunta preocupada. — Tenho sim, não se preocupe. Ela fica me encarando preocupada e me puxa para um canto. — Tem certeza que vai viajar bem? Eu posso ficar. — Tenho sim, vai curtir seu boy... Leva ele lá pra casa e aproveita! Digo em um tom malicioso. — Merda! Ela ainda não está tranquila. — Não sei o que fazer... — Vai Brenda! Eu não sou nenhuma bebê, eu sei me cuidar. Depois de várias insistências ela me dá um beijo e segue para o carro, dou tchau parada ao lado do Lyon e Majú até o carro sumir. — Vem, vou por você no quarto da Brenda. ...Na casa só ficou eu, Majú, Lyon e Isabel... Parece que seus pais vão vir pra cá amanhã. Majú me coloca no quarto da Brenda e avisa o horário do jantar. Eu resolvo dormir um pouco e quando dá a hora de descer, eu me arrumo e desço. Quando chego na sala de jantar tomo um susto, Rafael estava lá. “Ué
— Todo mundo na atividade, patrão tá chegando e tá virado no caralho, não quero vê ninguém rodar por besteira não! Chamo a atenção dos vapores que estão conversando enquanto estão endolando o branco(cocaína). Leon estava voltando de viagem, pelo jeito alguma coisa deu errado lá, só sei que VT me enviou mensagem dizendo que o patrão estava virado no samurai. Cerca de vinte minutos depois Leon entra na boca, sua cara não é nada boa. — Qual o b.o da vez? Pergunto indo cumprimentá-lo com uma aperto de mão e um abraço. — Tem b.o não! Como estão as coisas aqui? Ele pergunta olhando os garotos trabalhando. — Tá tudo suave, mas me conta qual o b.o! Insisto. — Já falei que não tem b.o porra! — Ei ei ei... Abaixa o tom mano, eu sei que tú é patrão, mas respeito é bom e a gente gosta! Não quer falar, ok! Dou as costas a ele e me preparo para sair, mas ele me impede. — Desculpa! Paro na porta e me viro em sua direção. — chega aí! Ele me chama para seu escritório. — O bagulho é tã
Esse foi o pior dia de toda minha vida, deixá-la no pé do morro não foi fácil, pior ainda foi vê o desespero dela, minha vontade era tacar o foda-se e sumir com ela, mas ir pra onde? Como enfrentar FM? Como enfrentar meu tio? Por que com certeza eles me achariam fácil fácil. Os dia passaram e a dor piorou, lê suas mensagens e não poder responder me fez entrar em um processo de revolta, eu me isolei de geral, não quis falar com ninguém, Leon vinha me vê e puxava assunto, mas eu só queria ficar quieto no meu canto. Meu pai veio conversar, mas eu nem atendi ele, meu tio me ligou e eu só ouvi o que ele dizia, mas não respondia. Ele falava coisas como:“Dê tempo ao tempo!”“Tudo isso vai passar!”“Se vocês se amam de verdade, vão superar tudo isso!”“FM tá de cabeça quente, ele vai voltar atrás!” Meu tio só não entendia que mesmo que FM voltasse atrás, Pérola não ia me querer mais...Ela me enviou várias mensagens implorando que eu pensasse em algo, mas com o tempo suas mensagens passa