"Alerta de gatilho"Oi, meu nome é Isabelle, mas os íntimos me chamam de Isa. Vou contar pra vocês uma pouquinho da minha história. Eu sou filha única e fui criada em uma comunidade em São Paulo chamada Heliópolis até meus 13 anos por minha mãe e meu pai, até que minha mãe decidiu tentar a vida fora do país. Minha mãe foi para a Itália e eu fiquei com meu pai. No dia que minha mãe viajou, ela prometeu que um dia voltaria para me buscar, mas isso não aconteceu. Quando eu fiz 15 anos eu perdi meu pai e fiquei esperando minha mãe vir me buscar, foi quando descobri que ela não viria, eu chorei por dias. Eu fui criada por uma tia e um tio, foram os piores anos da minha vida. Minha mãe nunca deixou faltar nada pra mim, ela sempre enviava dinheiro, mas eu queria ela, queria sair daquela comunidade, queria ficar o mais longe possível daquele homem que eu tinha que chamar de tio. Eu morava com eles há 2 meses quando tio João sentou ao meu lado no sofá e colocou aquela mão velha e enruga
— Que tal umas férias no Brasil? Brenda está toda animada. — Prefiro ficar aqui! Respondo abrindo a caixa de pizza que acabou de chegar. — Por que toda vez que falo em ir para o Brasil você dá pé atrás? Brenda me olha estreito. — Eu passei por coisas horríveis no Brasil, tenho até tremedeira só de pensar em voltar. — Você nunca vai me contar o que aconteceu lá, neh? — Um dia... Um dia eu tomo coragem. Brenda fica me olhando com pesar e me abraça apertado. — Seja lá o que tenha acontecido, hoje você tem eu e Carol e a gente nunca vai deixar nada de ruim acontecer com você ! — Eu sei... E é por isso que amo tanto vocês.Digo me segurando para não deixar uma lágrima escorrer. Eu era forte, não chorava nunca, era animada, estava em todas as baladas possíveis, eu ficava com geral, mas isso tudo era a única forma que achei para não deixar pensamentos ruins me invadir. Eu estingava os garotos, dava em cima deles até conseguir o que eu queria, mas no final eu não consegui ir além,
Dou a primeira garfada e fecho os olhos soltando um gemido sexy, quando abro os olhos Fael já está de pé. — É... Acho melhor eu ir... Já tá tarde. Sim, ele estava desconcertado. — Ah sério? Deixa eu terminar de comer? Odeio comer sozinha. Faço uma voz dengosa e sedutora ao mesmo tempo, eu era boa nisso. Ele coça a garganta e volta a falar. — Tenho que ir mesmo, já tô com sono. “Dorme aqui comigo, tio...” Lógico que eu pensei, mas não falei!— Poxa... Então tá bom. Digo fazendo cara de triste e coloco o prato ao meu lado na cama e me levanto. Sigo até ele e sinto seu corpo enrijecer quando me aproximo demais, dou um beijo bem no canto da sua boca e sussurro em seu ouvido. — Obrigado, tio! Ao mesmo tempo que sinto seu corpo estremecer, sinto sua feição mudar, ele não gostou do “tio” e me seguro pra não rir, por que agora sei como provoca-lo mais. — Não foi nada, vou lá! Ele caminha até a porta do meu quarto e saí, enfim solto uma gargalha. — Me aguarde amanhã, titio! F
Entrei no site da companhia aérea e realmente só tem passagem para amanhã a tarde. — Você tem anotado o endereço do condomínio? Brenda pergunta preocupada. — Tenho sim, não se preocupe. Ela fica me encarando preocupada e me puxa para um canto. — Tem certeza que vai viajar bem? Eu posso ficar. — Tenho sim, vai curtir seu boy... Leva ele lá pra casa e aproveita! Digo em um tom malicioso. — Merda! Ela ainda não está tranquila. — Não sei o que fazer... — Vai Brenda! Eu não sou nenhuma bebê, eu sei me cuidar. Depois de várias insistências ela me dá um beijo e segue para o carro, dou tchau parada ao lado do Lyon e Majú até o carro sumir. — Vem, vou por você no quarto da Brenda. ...Na casa só ficou eu, Majú, Lyon e Isabel... Parece que seus pais vão vir pra cá amanhã. Majú me coloca no quarto da Brenda e avisa o horário do jantar. Eu resolvo dormir um pouco e quando dá a hora de descer, eu me arrumo e desço. Quando chego na sala de jantar tomo um susto, Rafael estava lá. “Ué
— Todo mundo na atividade, patrão tá chegando e tá virado no caralho, não quero vê ninguém rodar por besteira não! Chamo a atenção dos vapores que estão conversando enquanto estão endolando o branco(cocaína). Leon estava voltando de viagem, pelo jeito alguma coisa deu errado lá, só sei que VT me enviou mensagem dizendo que o patrão estava virado no samurai. Cerca de vinte minutos depois Leon entra na boca, sua cara não é nada boa. — Qual o b.o da vez? Pergunto indo cumprimentá-lo com uma aperto de mão e um abraço. — Tem b.o não! Como estão as coisas aqui? Ele pergunta olhando os garotos trabalhando. — Tá tudo suave, mas me conta qual o b.o! Insisto. — Já falei que não tem b.o porra! — Ei ei ei... Abaixa o tom mano, eu sei que tú é patrão, mas respeito é bom e a gente gosta! Não quer falar, ok! Dou as costas a ele e me preparo para sair, mas ele me impede. — Desculpa! Paro na porta e me viro em sua direção. — chega aí! Ele me chama para seu escritório. — O bagulho é tã
Esse foi o pior dia de toda minha vida, deixá-la no pé do morro não foi fácil, pior ainda foi vê o desespero dela, minha vontade era tacar o foda-se e sumir com ela, mas ir pra onde? Como enfrentar FM? Como enfrentar meu tio? Por que com certeza eles me achariam fácil fácil. Os dia passaram e a dor piorou, lê suas mensagens e não poder responder me fez entrar em um processo de revolta, eu me isolei de geral, não quis falar com ninguém, Leon vinha me vê e puxava assunto, mas eu só queria ficar quieto no meu canto. Meu pai veio conversar, mas eu nem atendi ele, meu tio me ligou e eu só ouvi o que ele dizia, mas não respondia. Ele falava coisas como:“Dê tempo ao tempo!”“Tudo isso vai passar!”“Se vocês se amam de verdade, vão superar tudo isso!”“FM tá de cabeça quente, ele vai voltar atrás!” Meu tio só não entendia que mesmo que FM voltasse atrás, Pérola não ia me querer mais...Ela me enviou várias mensagens implorando que eu pensasse em algo, mas com o tempo suas mensagens passa
Resolvi montar um perfil no Tinder só de curtição, não coloquei minha foto, só a da minha boca e não é que recebi varias curtidas? Alguns até me enviaram mensagens, mas nenhum me interessou. Depois que Carol viajou eu me senti muito sozinha e como abandonei o colégio resolvi me divertir pela internet. Estou em meu quarto conversando com Carol pelo whatsapp e marcando para nos encontrarmos quando ela chegar ao Rio, quando meu celular apita com mais uma mensagem do Tinder. Tinder: BB: oiê Morgana: Oiê BB: Então quer dizer que eu vou me apaixonar por você e vou ser ignorado? Morgana: O primeiro que presta atenção no que escrevi e não na minha boca. BB: Eu até prestei atenção na sua boca, impossível não prestar, mas seu texto me chamou atenção. Ri com seu jeito descontraído de conversar. Morgana: Chamou? O que exatamente te chamou atenção nele? BB: O fato de você não querer compromisso, por que é o mesmo que eu procuro. Morgana: Não tem medo de se apaixonar? Provoco. BB: Iss
Depois que eles saem, Bêh volta sua atenção pra mim. — Quer beber alguma coisa? Nego com a cabeça, eu não conseguia falar, eu só tinha vontade de chorar. — Eu amo você! Sempre amei e sempre vou amar! Ele vai direto ao ponto, não enrola. Meu coração simplesmente para e eu não consigo segurar mais o choro. — Não ama! Nunca amou! Respondo em meio as lágrimas. Bêh se aproxima de mim para me abraçar, mas eu dou um passo atrás. — Não faz isso! Ele diz. — Isso o que? Pergunto. — Não se afasta de mim! — Você não pode me pedir isso, não pode! Você se afastou de mim, você me deixou no momento que mais precisei de você! — Você sabe que não foi uma escolha minha, sabe que não tive opção. — Eu não sei de nada Bernardo! A única coisa que sei foi que você me deixou, não conversou comigo, não me contou o que meu pai falou com você, não me deu nenhuma satisfação, não lutou por mim! Eu desabafava, eu jogava pra fora tudo que estava entalado esses anos todos. — Eu não podia, não podia P