Esse foi o pior dia de toda minha vida, deixá-la no pé do morro não foi fácil, pior ainda foi vê o desespero dela, minha vontade era tacar o foda-se e sumir com ela, mas ir pra onde? Como enfrentar FM? Como enfrentar meu tio? Por que com certeza eles me achariam fácil fácil. Os dia passaram e a dor piorou, lê suas mensagens e não poder responder me fez entrar em um processo de revolta, eu me isolei de geral, não quis falar com ninguém, Leon vinha me vê e puxava assunto, mas eu só queria ficar quieto no meu canto. Meu pai veio conversar, mas eu nem atendi ele, meu tio me ligou e eu só ouvi o que ele dizia, mas não respondia. Ele falava coisas como:“Dê tempo ao tempo!”“Tudo isso vai passar!”“Se vocês se amam de verdade, vão superar tudo isso!”“FM tá de cabeça quente, ele vai voltar atrás!” Meu tio só não entendia que mesmo que FM voltasse atrás, Pérola não ia me querer mais...Ela me enviou várias mensagens implorando que eu pensasse em algo, mas com o tempo suas mensagens passa
Resolvi montar um perfil no Tinder só de curtição, não coloquei minha foto, só a da minha boca e não é que recebi varias curtidas? Alguns até me enviaram mensagens, mas nenhum me interessou. Depois que Carol viajou eu me senti muito sozinha e como abandonei o colégio resolvi me divertir pela internet. Estou em meu quarto conversando com Carol pelo whatsapp e marcando para nos encontrarmos quando ela chegar ao Rio, quando meu celular apita com mais uma mensagem do Tinder. Tinder: BB: oiê Morgana: Oiê BB: Então quer dizer que eu vou me apaixonar por você e vou ser ignorado? Morgana: O primeiro que presta atenção no que escrevi e não na minha boca. BB: Eu até prestei atenção na sua boca, impossível não prestar, mas seu texto me chamou atenção. Ri com seu jeito descontraído de conversar. Morgana: Chamou? O que exatamente te chamou atenção nele? BB: O fato de você não querer compromisso, por que é o mesmo que eu procuro. Morgana: Não tem medo de se apaixonar? Provoco. BB: Iss
Depois que eles saem, Bêh volta sua atenção pra mim. — Quer beber alguma coisa? Nego com a cabeça, eu não conseguia falar, eu só tinha vontade de chorar. — Eu amo você! Sempre amei e sempre vou amar! Ele vai direto ao ponto, não enrola. Meu coração simplesmente para e eu não consigo segurar mais o choro. — Não ama! Nunca amou! Respondo em meio as lágrimas. Bêh se aproxima de mim para me abraçar, mas eu dou um passo atrás. — Não faz isso! Ele diz. — Isso o que? Pergunto. — Não se afasta de mim! — Você não pode me pedir isso, não pode! Você se afastou de mim, você me deixou no momento que mais precisei de você! — Você sabe que não foi uma escolha minha, sabe que não tive opção. — Eu não sei de nada Bernardo! A única coisa que sei foi que você me deixou, não conversou comigo, não me contou o que meu pai falou com você, não me deu nenhuma satisfação, não lutou por mim! Eu desabafava, eu jogava pra fora tudo que estava entalado esses anos todos. — Eu não podia, não podia P
Só que Bernardo estava muito fora de si, ele estava em um mundo paralelo, ele não me ouvia, ele só curtia o momento. — Deliciosa... Eu preciso disso, preciso ter você hoje e agora. Ele diz embebedado de desejo. E foi quando eu ia empurra-lo que sinto seu dedo tocar meu clitóris...Puta que pariu, minha calcinha molhou na hora e ele sentiu. Tanto sentiu que em um puxão só ele a rasgou de meu corpo. Eu planejava deixar isso seguir até o fim, curtir cada momento, eu queria tanto quanto ele, mas quando tudo acabasse eu iria dá um basta em tudo. Foi o que pensei, até ele grudar sua boca em minha intimidade. Meu corpo arfou imediatamente, meus olhos reviraram, minha cabeça foi jogada levemente para trás enquanto retiro meu bumbum da cama me contorcendo de prazer.Naquele momento eu soube que seria impossível me afastar dele novamente. Não é possível, ele só pode tá querendo me torturar! — Me coma! Imploro quase gozando em sua boca. Ele enfim abandona minha intimidade, desliza a lín
Desperto com alguém batendo na porta e uma voz angelical dizendo: — Papai, chê tá aí? Abe a pota. Dou um pulo da cama no susto, puxo o lençol todo pra mim e me cubro. — Droga, que horas são?! Digo desesperada. Bêh se senta na cama ainda completamente nú e tenta me acalmar. — Calma, ainda é cedo. Mas voltamos a ouvir o pequeno chamar. — Paiiii... Abe. — Já vou abrir meu amor. Me levanto da cama e começo a caçar minhas roupas e me dou conta que minha blusa ficou na sala. — Droga, minha blusa ficou na sala! Digo pegando meu celular que estava no bolso do short e olho as chamadas. Tinham dezenas de chamadas do meu pai, mensagens nem se fala, minha mãe estava desesperada e já eram 21:00 horas. — Pai po que o senhor tá "demolando"... Minha cabeça estava girando e Bêh percebendo meu desespero me abraça. — Ei, fica tranquila. Eu amava estar em seus braços, estava com saudades, mas naquele momento eu estava com medo. Medo de tudo, medo da nossa relação, medo da conversa que v
Estamos em frente a barricada da minha comunidade, desço o meu vidro enquanto Bêh desce o dele, olho para os moleques da contenção e digo: — Sou eu, pode liberar! Ordeno. Fiel, um dos seguranças fica encarando Bêh por alguns segundos e depois se afasta um pouco passando um rádio para o meu pai. — Aí chefe, sua filha chegou, mas está com o mauricinho da maré, deixo subir? Não ouço o que meu pai diz, mas fiel libera a nossa passagem. Assim que Bêh estaciona o carro em frente a minha casa, meu pai já está lá me esperando. Ele tem três seguranças ao seu lado, todos fortemente armados e ele tem uma Glock cromada em sua cintura amostra. Eu conhecia meu pai, aquilo era a forma dele de ameaçar. Ainda estamos no carro, Bêh olha em direção ao meu pai, depois me olha e diz: — Quer que eu converse com ele? — Não, não precisa... Essa conversa é minha. — Tô com medo! Ele me olha nos olhos. — De que? Meu pai não vai te tocar... — Não é do seu pai! Tô com medo de você não me querer mai
— Mãe?! Ligo pra minha mãe, eu precisava me desculpar. — Oi filho, aconteceu alguma coisa? Sua voz é de preocupada. — Não mãe, aqui está tudo bem... Eu só queria te pedir desculpas... — Você sabe que te amo neh? Já até esqueci o que aconteceu. — Eu sei, mas mesmo assim... Me perdoa, eu fiquei cego. — Resolve seu problema com ela logo, vocês estão deixando passar muito tempo. — Acabou mãe, acabou de verdade! Carol fez a escolha dela e eu não vou correr atrás. — Não vou falar mais nada Leon, se não vamos voltar a brigar, só pensa bem, ok? — Tá bom mãe... E Isabel, como está? Ela me tonteou tanto que conseguiu me tirar do sério, mais não foi legal o que eu fiz. — Ela está bem, não contou para os pais o que aconteceu, mas não para de falar em você, inclusive está querendo ir para o Rio no carnaval. — Que ela não venha para o meu morro! Digo já prevendo o estresse. Depois de conversar com minha mãe e bater um papo com meu pai, nos despedimos. Estou na boca marolando quando
— Porra! Você surtou! Diz JP coçando a cabeça. — Ah porra, ele me afrontou! Fiquei com raiva do cuzão... Mas essa proteção não será de graça, ela vai pagar. — E ela tem dinheiro? Se tem por que não saiu do país? Agora é Bêh que fala. — Tem porra nenhuma e eu também não preciso do dinheiro dela... Prestem atenção, precisamos de muito dinheiro, o comando está quase que falido... Lembram da proposta do Jack? Jack era um americano que queria distribuir nossas drogas nas comunidades dos estados unidos, nossa droga é famosa por ser a mais pura do mercado. — Lembro sim. Diz JP. — Mas o que tem haver ele com essa mina? Bernardo não entendia nada. — Ela vai ser nossa mula! Simples... Ela vai só ganhar, cara! — Isso é perigoso, Leon... Bêh diz. — Se ela fizer tudo certinho, não vai ter k.o! Inclusive ela e a filha vão ganhar uma passagem pra Disney, olha que barato! Os moleques ficam quietos e balançam a cabeça negativamente. — Sabe que ela tem uma filha neh? Sabe que ela cor