— Não vai me contar mesmo? Questiono. Estávamos sentados no sofá assistindo Suits, sua série preferida, mas era como se ela nem estivesse ali, ela não prestava atenção em nada. — Contar o que? Ela se faz de desentendida. — Quem te ligou no dia do churrasco e te deixou assim. — Ainda com isso na cabeça, Leon? Já falei que foi minha mãe que me ligou. — Eu não acredito! Tudo ficou mais estranho quando mexi no celular dela naquele dia, eu sei que é feio isso, mas eu precisava saber o que estava acontecendo com a minha mulher. Não tinha ligação da mãe dela no celular, as únicas ligações que tinham eram das meninas e do meu pai... — Então não posso fazer nada por você, Leon! Hoje você está chato!Ela diz irritada e se levanta do sofá indo para o banheiro. ... Hoje faz 6 meses que eu levei o tal tiro e estou 100% recuperado, estou fazendo meus últimos exercícios com Fred. — Parabéns cara, agora você tem as rédias da sua própria vida. Ele diz me abraçando. Eu estava felizão,
Passar por tudo que passei nas mãos daquele garoto não foi nada em comparação ao que senti quando Leon levou um tiro, parecia que meu coração ia parar, eu posso afirmar que senti a mesma dor que ele sentiu. Eu estava em uma crise de choro, não queria que ele morresse, até meu pai me abraçar e dizer: — Ele vai ficar bem, foi eu que atirei. Olhei pra ele sem entender nada, mas ele me explicou tudo e mesmo chocada fiquei mais aliviada. Eu não queria desgrudar dele um minuto, eu seria capaz de abrir mão de tudo só para estar ao lado dele, seria capaz de tudo para criar meu filho ao lado dele. E foi o que eu fiz, quando ele me pediu para voltar ao Brasil eu não pensei duas vezes, pedi para as meninas enviarem minhas coisa e acabei tendo a bela surpresa delas voltarem para o Brasil de vez também, eu ia precisar dessa rede de apoio. Tudo ia bem, até que eu recebo uma ligação, eu estava sentada no colo do Leon ouvindo Bêh contando suas derrotas e acho estranho Lyon me ligar. Resolvo at
“...o chefe voltou!” É a primeira coisa escrita que aparece, depois vem dizendo que ele tem uma nova primeira dama. “... Voltou mais gato que nunca, mas tirem o olho, parece que o boy gostosão tem dona e não é a grávida de Taubaté, parece que Isabel a amiga de infância tá de volta!” Eu fico em silêncio lendo aquele texto debochado, ler o nome de Isabel me causava enjôo... Eu sabia que desta vez ela não perderia a oportunidade, ela ia pra cima com tudo, quer dizer, já foi neh?! — Então ele voltou? Digo com a voz embargada. — Amiga... Brenda tenta falar. — Eles estão juntos mesmo? Eu perguntei por que pelo que eu sei, ele estava em um treinamento, não sei em qual momento eles se reencontraram, já que Leon disse que ele ficaria isolado e quando pudesse descansar estaria estressado... Pelo jeito, com ela o estresse não veio. — Eu não sei se estão juntos, só sei que ela está aqui no morro e na casa dele... Mas não sei se estão juntos. — Tá certo! Fico em silêncio mais uma vez
Ele caminha até mim e se senta ao meu lado, me dá um beijo na testa e pergunta: — Desculpa pela demora, o helicóptero precisou de autorização para o vôo e demorou um pouco, você está bem? — Tudo bem... Ainda com cinco de dilatação e com muita dor, mas os batimentos cardíacos dele está ótimo. Respondo tentando esconder a dor no peito por receber um beijo na testa e por sentir em seu toque o quão frio ele está. Eu não tinha muito tempo para me sentir triste, as contrações se intensificam e eu já não quero ficar mais sentada. Vivi pede para eu entrar na banheira, ela diz que a água está quente e isso vai ajudar a aliviar as contrações. — Eu posso mudar de idéia? Pergunto chorando de dor. — Posso optar pela Cesária? Meu desespero era tanto que eu estava me arrependendo de ter parto normal. — Você pode tudo Carol, mas falta pouco para o pequeno nascer. Para fazer Cesária você terá que ir para o hospital e isso requer tempo, o bebê pode nascer no meio do caminho. Diz vivi. — Vem!
Chegamos em minha casa e estava todos nos esperando, as meninas correm pegando Dan de meu colo e começaram uma briga sobre quem ia ser as madrinhas, eu não digo nada, só fico rindo. Leon está em um canto conversando com os moleques, mas ele nunca relaxa quando está perto de Dan, seus olhos estão vidrados no filho. Dan começou a ficar irritadinho e eu resolvi subir para o meu quarto, estava tudo organizado, mas eu reparei algo diferente, um colchão extra embaixo da minha cama. Leon entra no quarto e me pega olhando para o colchão... — Pedi para por um colchão extra pra mim, você se importa? — Você vai ficar aqui? — Não direto, mas se você deixar, sempre que der eu venho. Respiro fundo tomando coragem de pedir a ele para voltarmos, eu quero me acertar com ele. — A gente precisa conversar... Sou interrompida pelo toque do celular dele, ele me faz sinal com a mão e se afasta um pouco para atender. Pelo teor da conversa sei que é a Isabel, tinha até me esquecido que ela estava aqu
Ele explica o que aconteceu e eu simplesmente não acreditei. — Pra quem não fez nada, até que você demorou bastante naquele banheiro. Eu estava muito irritada. — Porra Carol, eu não estou mentindo caralho! E eu nem tinha a obrigação de te dá satisfação, não temos nada! Você me abandonou quando mais precisei, mas estou aqui, porra! Ele também estava irritado. — Foda-se! Não pedi explicações, está dando por que quer e não mete essa que te abandonei, você sabe que fui obrigada. — Nós éramos parceiros, porra! Era pra você ter me contado, eu dava um jeito! Nossa discussão era aos gritos agora. — Seu pai ia te tirar daqui Leon, você ia perder o morro! Nossa separação já fazia parte do seu treinamento, você sabe disso! Droga Leon, você estragou tudo! A essa altura eu já estava chorando. — Estraguei o que, Carol? Ele tenta se aproximar, mas eu dou um passo pra trás. — Sabe o que me mágoa? É que eu sempre te esperei, sempre! Quando você me deixou no meu aniversário para ficar com
Leon segura minha mão e sai me puxando por um beco escuro, seus seguranças nos segue, mas em uma certa altura eles param, olho pra trás e depois pra Leon sem entender nada, mas antes que eu diga qualquer coisa, sou agarrada por ele e pressionada contra a parede daquele beco. Dou um leve grito, eu me assustei... — Shiii, fica tranquila, eu só preciso te beijar. Leon me beija ferozmente, um beijo cheio de desejo e saudade. Seus braços envolvem meu corpo e eu sem esperar envolvo minhas pernas ao redor de sua cintura. O tesão era tão grande que o fato de estarmos no meio de um beco não importava naquele momento. Leon me grudou na parede e com suas mãos livres as realizavam pelo meu corpo. Eu estava em chamas e percebendo que faltava pouco para transarmos ali mesmo saio de seu colo e ajeito minha blusa. — Precisamos parar. Digo tentando recuperar o fôlego. — Estamos no meio da rua e debaixo da janela de alguém. Estou ofegante. — Ninguém ousaria atrapalhar a gente! — Eu sei... Mas
— Mãe, tá me ouvindo? Estou na cozinha preparando o jantar e perdida em meus pensamentos quando sou tirada deles por Jhudy. — Oi, que foi? Pergunto meio perdida. — Tá tudo bem, mãe? Ela tem seu olhar estreito e desconfiado pra mim. — Tá sim, amor. Repete o que você me perguntou? — Queria saber se posso dormir hoje na casa da Sarah? — Se seu pai deixar, tudo bem. Jhudy agora tem 11 anos e já está uma moça. Ela me dá um beijo e toda feliz corre escada a cima, não demora muito e Caíque chega. Ouço o barulho da chave que ele deixa em cima do aparador e escuto ele subir as escadas. De um tempo pra cá as coisa funcionam assim, ele não faz questão alguma de vir falar comigo quando chega ou até mesmo quando saí, o motivo? Não faço ideia. Quer dizer, eu sei que ele tem uma amante, além das mensagens que já vi em seu celular, mulher tem seu sexto sentido e eu depois de Fael não tenho só um “sexto” sentido, tenho um vigésimo sentido. Continuo preparando o jantar, até que Caíque d