— Não faz isso Marina, eu sei que errei, eu te entendo, mas vamos tentar de novo? Por favor?! Ele fala alto e começa a chamar a atenção de todos no motel. — Volta pra sua amante Caíque! Entro em meu carro. — Não foi nada importante... Por favor Marina, por favor! Ele entra no banco do carona. — Saí do meu carro! Ordeno. — Não vou sair! Não até a gente conversar direito. Eu não dou ouvidos a ele, simplesmente arranco com o carro. Eu nem sabia pra onde eu iria, só acelerava o carro pelas ruas enquanto ele falava. — Vamos fazer terapia? Vamos viajar em família? Vamos tentar novamente? Eu conseguia vê o desespero em sua voz. — Não tem mais conversa, Caíque! Você sabia tudo que eu passei com a traição do Rafael e da Júlia, sabia que esse era meu trauma e foi lá fazer a mesma coisa! — Marina... — Não! Não quero conversar, não agora! Eu vou seguir em frente Caíque, vou seguir sozinha! Mas eu vou ser feliz! Digo com os olhos cheios de lágrimas e desviando minha atenção por
Isa...Quando soube que Carol havia sido sequestrada eu já corri para arrumar minhas malas, eu sabia que essa volta ao Brasil ia mexer mais ainda com meu emocional, só que Carol precisava de mim e eu faria qualquer coisa por ela, inclusive enfrentar Fael. — Eu vou com você! Brenda começa arruma as coisas dela. — JP falou pra você ficar aqui até às coisas estarem bem por lá. — Nem fodendo! Ela é minha amiga, está grávida do meu sobrinho, eu vou! Brenda bate o pé e eu não estou com tempo e nem cabeça para questiona-la. Com tudo pronto já seguimos para o topo do nosso prédio, ali tinha um heliporto que já estava com um helicóptero nos esperando, ele nos levaria até um hangar, onde embarcaríamos num jato rumo ao Brasil. ... Entrei no QG deles e a primeira pessoa que vi foi Fael, mas fingi não vê-lo, eu precisava focar no que vim fazer aqui. Fui direto ao Leon e o abracei, iríamos trazer nossa menina de volta! Eu sentia o olhar dele queimando minhas costas, mesmo não olhando pra
Leon não diz nada, só fica escutando tudo. — Perdão amiga, perdão! Não se preocupe, eu vou com você! — É isso, eu e Brenda iremos com você e estaremos ao seu lado o tempo todo. — Não, você tem o Dan... Digo aos soluços. — Não se preocupe, eu fico com ele. Leon diz. — Vem vamos arrumar suas coisas. Carol me levanta. Antes de subirmos as escadas Leon se aproxima de mim, ele me abraça apertado e sussurra um “meus sentimentos” em meu ouvido e quando se afasta diz olhando em meus olhos: — Seja lá o que esse... Ele pausa na hora de falar pensando, mas logo volta. — Marido da sua tia tenha lhe feito, se ele se aproximar de você eu mato ele! Eu fico assustada com o que ele diz, Leon sempre foi legal, mas nunca fomos próximos, mas fico feliz com tal atitude, saber que realmente todos a minha volta me amam e estão preocupados comigo enche meu coração de felicidade. Ele beija Carol e vai embora, eu e as meninas subimos para o quarto....Voar do Rio a São Paulo foi muito rápido e eu
O sepultamento foi como sempre, um tempo para os familiares se despedir, no caso, eu e João... Mas até que foi bastante gente, minha tia era querida. Antes de ir embora conversei com algumas pessoas que conviviam diariamente com minha tia, eles falaram que ela sentia muita falta de mim e eu fico com o coração apertado, já que desde que fui embora não liguei mais pra ela, não por ela, eu era grata a minha tia, mas o medo de ouvir a voz dele falava mais alto e me impedia de ligar. Em um papo e outro vejo João se aproximar novamente e o safado se prepara para me abraçar, mas Carol entra na frente dele desta vez, o impedindo... Acho que ele pensou que elas iriam recuar com a presença das pessoas ali, meu corpo volta a tremer e eu fico encolhida perto de Brenda, que está quase voando nele. — Eu queria me despedir da minha sobrinha, posso? Ele pergunta rude, atraindo olhares de todos ali. Desvio meu olha do dele e tenho a impressão de ter visto alguém conhecido atrás de umas árvores qu
Eu já estava morando na casa nova duas semanas, estava sentada no sofá tomando um vinho e fazendo alguns trabalhos no notebook... A tv estava ligada e passava o jornal nacional. O âncora do jornal dizia algo que eu não prestava atenção, até que ouço o nome João Cardoso Soares, na hora eu olho pra tv assustada. “João, mais conhecido com Jão, foi assassinado com resquícios de crueldade... Jão estava desaparecido a duas semanas, logo após o sepultamento de sua esposa. Seu corpo foi encontrado a poucos metros do cemitério da cidade e em um estado assustador... O delegado da cidade disse que nunca viu tamanha crueldade, quem fez isso com ele estava com muita raiva... João não tinha família próxima, uma cunhada que mora em outro país e uma sobrinha que a polícia quer encontrar.” Ouvir tudo aquilo fez eu deixar minha taça de vinho cair e se quebrar, pego o telefone correndo e faça uma chamada de vídeo simultânea. — Mataram Jão! Eu estou em pânico. — Mentira? Quem foi o bem feitor?
— Satisfação aí chefe! Diz um segurança de Leon batendo a mão levemente no peito como forma de cumprimento.Eu estou na maré e estou na porta da casa que foi de cigano, tentando falar com Isa. No dia do resgate de Carol eu abri meu coração pra Isa e avisei que quando voltasse teríamos uma conversa e eu estou aqui.— Libera aí, preciso falar com a Isa. Digo e sinto o segurança ficar sem graça. — Pow chefe, eu sei que o senhor é das antigas, sei que é da família e tenho maior respeito pelo senhor... Mas sabe como as coisas funcionam neh? Se eu vacilar é vala na certa... Patrão deu ordem para não deixar ninguém entrar, mas deixou um aviso extra em relação ao senhor, masss eu vou passar um rádio pra ele, vai que ele mudou de ideia. O moleque está nervoso e eu entendo ele. — Precisa passar rádio não, deixa que eu vou lá na casa dele. Saio em direção a casa de Leon, assim que chego lá já vou questionado. — Me proibiu de entrar na casa de cigano por que? Leon está sentado no sofá de
Vi o exato momento que ela trava em frente a uma casa, tenho certeza que é a casa que ela morou. Eu queria muita estar ao lado dela, abraça-la e protegê-la, mas prefiro ficar de longe hoje, as meninas estão cuidando bem dela. Brenda parece uma leoa, sempre a frente de Isa, sem permitir com que aquele verme se aproxime dela, não é atoa que é filha de Lyon. A cada sorrisinho disfarçado dele meu sangue fervia, a vontade de voar nele falava mais alto. Segui o carro delas até o cemitério e fiquei atrás de uma árvore observando tudo. As coisa saiam como o esperado, até o canalha peitar as meninas e forçar um contato com Isa. Vê minha pequena tão vunerável me fez virar um predador, eu sentia gosto de sangue na boca, eu sentia meu corpo todo tensionar e tudo piorou quando aquelas mãos sujas tocaram as dela, puta que pariu, eu vou torturar aquele velho desgraçado! Eu saia de trás da árvore quando sinto uma mão me segurar pelo ombro, olho pra trás assustado e dou de cara com Lyon. — Eu
Desci do carro e já entrei na boate disparado, Stefany me vê cheio de sangue e com os dedos machucados por conta do soco inglês e já vem correndo. — O que aconteceu? — Esse sangue não é meu, não se preocupe. Ela arregala mais os olhos e fica estatalada. Tomo um banho, jogo as roupas fora e vou pra casa. — Estou metendo o pé, você está de frente hoje! Lá em São Paulo, eu e Lyon limpamos todo o galpão, tiramos o corpo de lá e jogamos próximo ao cemitério, vim embora sem tomar banho mesmo. (...)Estou em meu escritório e recebo uma mensagem de Lyon. “ Acabou de dá na tv sobre o cuzão!” Enquanto lia a mensagem vejo uma movimentação estranha na portaria da boate... Movimento as câmeras e já vejo minha gostosa toda brava passando que nem um furacão por Stefany. Viro minha cadeira em direção da porta e aguardo ela entrar... Sério mesmo, toda vez que vejo essa mulher meu coração parece que vai parar. Ficamos nos olhando um tempo, olhar intenso demais para mim, que estou a um tri