Ele caminha até mim e se senta ao meu lado, me dá um beijo na testa e pergunta: — Desculpa pela demora, o helicóptero precisou de autorização para o vôo e demorou um pouco, você está bem? — Tudo bem... Ainda com cinco de dilatação e com muita dor, mas os batimentos cardíacos dele está ótimo. Respondo tentando esconder a dor no peito por receber um beijo na testa e por sentir em seu toque o quão frio ele está. Eu não tinha muito tempo para me sentir triste, as contrações se intensificam e eu já não quero ficar mais sentada. Vivi pede para eu entrar na banheira, ela diz que a água está quente e isso vai ajudar a aliviar as contrações. — Eu posso mudar de idéia? Pergunto chorando de dor. — Posso optar pela Cesária? Meu desespero era tanto que eu estava me arrependendo de ter parto normal. — Você pode tudo Carol, mas falta pouco para o pequeno nascer. Para fazer Cesária você terá que ir para o hospital e isso requer tempo, o bebê pode nascer no meio do caminho. Diz vivi. — Vem!
Chegamos em minha casa e estava todos nos esperando, as meninas correm pegando Dan de meu colo e começaram uma briga sobre quem ia ser as madrinhas, eu não digo nada, só fico rindo. Leon está em um canto conversando com os moleques, mas ele nunca relaxa quando está perto de Dan, seus olhos estão vidrados no filho. Dan começou a ficar irritadinho e eu resolvi subir para o meu quarto, estava tudo organizado, mas eu reparei algo diferente, um colchão extra embaixo da minha cama. Leon entra no quarto e me pega olhando para o colchão... — Pedi para por um colchão extra pra mim, você se importa? — Você vai ficar aqui? — Não direto, mas se você deixar, sempre que der eu venho. Respiro fundo tomando coragem de pedir a ele para voltarmos, eu quero me acertar com ele. — A gente precisa conversar... Sou interrompida pelo toque do celular dele, ele me faz sinal com a mão e se afasta um pouco para atender. Pelo teor da conversa sei que é a Isabel, tinha até me esquecido que ela estava aqu
Ele explica o que aconteceu e eu simplesmente não acreditei. — Pra quem não fez nada, até que você demorou bastante naquele banheiro. Eu estava muito irritada. — Porra Carol, eu não estou mentindo caralho! E eu nem tinha a obrigação de te dá satisfação, não temos nada! Você me abandonou quando mais precisei, mas estou aqui, porra! Ele também estava irritado. — Foda-se! Não pedi explicações, está dando por que quer e não mete essa que te abandonei, você sabe que fui obrigada. — Nós éramos parceiros, porra! Era pra você ter me contado, eu dava um jeito! Nossa discussão era aos gritos agora. — Seu pai ia te tirar daqui Leon, você ia perder o morro! Nossa separação já fazia parte do seu treinamento, você sabe disso! Droga Leon, você estragou tudo! A essa altura eu já estava chorando. — Estraguei o que, Carol? Ele tenta se aproximar, mas eu dou um passo pra trás. — Sabe o que me mágoa? É que eu sempre te esperei, sempre! Quando você me deixou no meu aniversário para ficar com
Leon segura minha mão e sai me puxando por um beco escuro, seus seguranças nos segue, mas em uma certa altura eles param, olho pra trás e depois pra Leon sem entender nada, mas antes que eu diga qualquer coisa, sou agarrada por ele e pressionada contra a parede daquele beco. Dou um leve grito, eu me assustei... — Shiii, fica tranquila, eu só preciso te beijar. Leon me beija ferozmente, um beijo cheio de desejo e saudade. Seus braços envolvem meu corpo e eu sem esperar envolvo minhas pernas ao redor de sua cintura. O tesão era tão grande que o fato de estarmos no meio de um beco não importava naquele momento. Leon me grudou na parede e com suas mãos livres as realizavam pelo meu corpo. Eu estava em chamas e percebendo que faltava pouco para transarmos ali mesmo saio de seu colo e ajeito minha blusa. — Precisamos parar. Digo tentando recuperar o fôlego. — Estamos no meio da rua e debaixo da janela de alguém. Estou ofegante. — Ninguém ousaria atrapalhar a gente! — Eu sei... Mas
— Mãe, tá me ouvindo? Estou na cozinha preparando o jantar e perdida em meus pensamentos quando sou tirada deles por Jhudy. — Oi, que foi? Pergunto meio perdida. — Tá tudo bem, mãe? Ela tem seu olhar estreito e desconfiado pra mim. — Tá sim, amor. Repete o que você me perguntou? — Queria saber se posso dormir hoje na casa da Sarah? — Se seu pai deixar, tudo bem. Jhudy agora tem 11 anos e já está uma moça. Ela me dá um beijo e toda feliz corre escada a cima, não demora muito e Caíque chega. Ouço o barulho da chave que ele deixa em cima do aparador e escuto ele subir as escadas. De um tempo pra cá as coisa funcionam assim, ele não faz questão alguma de vir falar comigo quando chega ou até mesmo quando saí, o motivo? Não faço ideia. Quer dizer, eu sei que ele tem uma amante, além das mensagens que já vi em seu celular, mulher tem seu sexto sentido e eu depois de Fael não tenho só um “sexto” sentido, tenho um vigésimo sentido. Continuo preparando o jantar, até que Caíque d
— Não faz isso Marina, eu sei que errei, eu te entendo, mas vamos tentar de novo? Por favor?! Ele fala alto e começa a chamar a atenção de todos no motel. — Volta pra sua amante Caíque! Entro em meu carro. — Não foi nada importante... Por favor Marina, por favor! Ele entra no banco do carona. — Saí do meu carro! Ordeno. — Não vou sair! Não até a gente conversar direito. Eu não dou ouvidos a ele, simplesmente arranco com o carro. Eu nem sabia pra onde eu iria, só acelerava o carro pelas ruas enquanto ele falava. — Vamos fazer terapia? Vamos viajar em família? Vamos tentar novamente? Eu conseguia vê o desespero em sua voz. — Não tem mais conversa, Caíque! Você sabia tudo que eu passei com a traição do Rafael e da Júlia, sabia que esse era meu trauma e foi lá fazer a mesma coisa! — Marina... — Não! Não quero conversar, não agora! Eu vou seguir em frente Caíque, vou seguir sozinha! Mas eu vou ser feliz! Digo com os olhos cheios de lágrimas e desviando minha atenção por
Isa...Quando soube que Carol havia sido sequestrada eu já corri para arrumar minhas malas, eu sabia que essa volta ao Brasil ia mexer mais ainda com meu emocional, só que Carol precisava de mim e eu faria qualquer coisa por ela, inclusive enfrentar Fael. — Eu vou com você! Brenda começa arruma as coisas dela. — JP falou pra você ficar aqui até às coisas estarem bem por lá. — Nem fodendo! Ela é minha amiga, está grávida do meu sobrinho, eu vou! Brenda bate o pé e eu não estou com tempo e nem cabeça para questiona-la. Com tudo pronto já seguimos para o topo do nosso prédio, ali tinha um heliporto que já estava com um helicóptero nos esperando, ele nos levaria até um hangar, onde embarcaríamos num jato rumo ao Brasil. ... Entrei no QG deles e a primeira pessoa que vi foi Fael, mas fingi não vê-lo, eu precisava focar no que vim fazer aqui. Fui direto ao Leon e o abracei, iríamos trazer nossa menina de volta! Eu sentia o olhar dele queimando minhas costas, mesmo não olhando pra
Leon não diz nada, só fica escutando tudo. — Perdão amiga, perdão! Não se preocupe, eu vou com você! — É isso, eu e Brenda iremos com você e estaremos ao seu lado o tempo todo. — Não, você tem o Dan... Digo aos soluços. — Não se preocupe, eu fico com ele. Leon diz. — Vem vamos arrumar suas coisas. Carol me levanta. Antes de subirmos as escadas Leon se aproxima de mim, ele me abraça apertado e sussurra um “meus sentimentos” em meu ouvido e quando se afasta diz olhando em meus olhos: — Seja lá o que esse... Ele pausa na hora de falar pensando, mas logo volta. — Marido da sua tia tenha lhe feito, se ele se aproximar de você eu mato ele! Eu fico assustada com o que ele diz, Leon sempre foi legal, mas nunca fomos próximos, mas fico feliz com tal atitude, saber que realmente todos a minha volta me amam e estão preocupados comigo enche meu coração de felicidade. Ele beija Carol e vai embora, eu e as meninas subimos para o quarto....Voar do Rio a São Paulo foi muito rápido e eu