NATÁLIA— Ricardo... Eu juro que não vou te bater de novo! — eu falei quase sem ar.Ele apertou o abraço ao meu redor e me puxou contra seu corpo. Seu membro endurecido pressionou minha bunda. O calor subiu nas minhas bochechas e depois desceu até meu centro.— Bebê, amor. — Ele respirou em meu pescoço com intensidade.Eu parei de lutar contra ele e descansei minha cabeça em seu ombro, respirando fundo.Ricardo me carregou até o sofá, ainda segurando minha cintura e mantendo meus pés suspensos no ar.Ele me colocou de pé quando chegou ao sofá e, então, se sentou. Aproveitei essa chance para tentar fugir novamente, mas ele foi mais rápido desta vez também.Puxando meu pulso, ele me fez cair em seu colo antes de me virar de barriga para baixo. Eu suspirei quando o chão apareceu na minha visão, meu estômago apoiado em suas coxas.Virei meu pescoço e vi seu olhar escuro. Um nó se formou na minha garganta ao ver como seus olhos brilhavam com aquele famoso brilho maligno, e seus lábi
NATÁLIAOs lábios de Ricardo colidiram com os meus novamente. A pouca contenção que ele tinha sobre si mesmo para parar e pedir desculpas parecia ter se rompido.Ele forçou sua língua na minha boca, explorando cada centímetro dela, até que sua língua finalmente acariciasse a minha. Fogo explodiu atrás dos meus olhos fechados. Eu gemi em sua boca antes de empurrar meu corpo contra o dele novamente.Todas as coisas que ele diz e faz para mim... Deusa! Eu nunca conseguiria rejeitá-lo, mesmo em um milhão de anos.As mãos dele encontraram o zíper nas minhas costas. Ele abriu meu vestido e deslizou-o para baixo dos meus ombros. O ar frio roçou minha pele, fazendo-me tremer contra seu corpo.Desprendendo nossos lábios, ele desceu até meu pescoço exposto. Seus lábios sugavam, mordiam e lambiam minha pele de forma intensa. Eu gemia a cada toque de sua língua, a cada beijo de sua boca e a cada roçar de seus dentes sobre minha pele sensível.Minha boca se abriu, e seu nome escapou dos meus
NATÁLIA— Por quê? — Ricardo murmurou, parando sobre mim, olhando-me com interesse brilhando em seus olhos.Meu coração disparou no peito. Continuei traçando seu lábio inferior com meu dedo indicador, indo e voltando lentamente.— Eu sei que você disse que eu não deveria agir como uma pirralha com os membros da alcateia. — Suspirei e puxei minha mão para mim.Ricardo assentiu com a cabeça e se afastou de cima de mim. Respirei fundo e o observei.— Vai ficar tudo bem. — Ele era indulgente. Muito, mas muito macio.— Sério? — Me sentei no sofá enquanto meus olhos seguiam pelas costas tatuadas dele.Era a primeira vez que via suas costas com tanta curiosidade. Havia um lobo tatuado em suas costas. A cabeça começava na parte de trás do ombro e a cauda terminava no início do quadril.— Considere isso a última chance. — Ricardo pegou suas calças do chão e se virou para me encarar.— Eu não estava... Me sentindo bem. — Soltei, sem pensar.Minhas mãos se estenderam para o meu sutiã ra
NATÁLIAMinha cabeça começava a doer novamente. Era como se algo estivesse batendo contra o meu cérebro, sacudindo tudo.Meus pensamentos estavam confusos. Num momento, eu estava pensando em uma coisa, e então essa dor de cabeça surgia, como se outra entidade tentasse assumir o controle de mim, me deixando com opiniões divididas, pensamentos desconexos.— Não se estresse. Descanse. Vá dormir e não pense nisso. — Ele sempre dizia as mesmas coisas, com a mesma merda de respiração.A sensação de queimação retornava aos meus olhos, fazendo-me sentir como se o fogo estivesse prestes a jorrar deles.— Ricardo. Não me diga para descansar. Não me diga para não pensar nisso. — Suspirei, com os ombros caindo.— Eu não posso ficar aqui esperando... Por... Por eu não saber nem o quê! — Minha voz aumentou quando uma onda de dor atingiu minha cabeça.— Confie em mim. Apenas fique onde está. Eu vou descobrir. — Ele me assegurou.Um par de mãos pousou em meus antebraços. A dor diminuiu, e um s
NATÁLIAQuando Ricardo disse que precisava estar em algum lugar, pensei que ele estivesse indo para alguma missão secreta.Eu realmente não esperava que ele fosse patrulhar a fronteira sozinho. Que Alfa da comunidade dos lobisomens faria isso?Lancei a ele outro olhar fulminante enquanto ele continuava a caminhar ao meu lado, despreocupado. Não sei quanto tempo havia passado, mas minhas pernas estavam me matando. Ele era um lobisomem, então não sentia isso, mas eu sou apenas uma humana agora.— Pare de me olhar assim. Você queria saber o que eu faço. — Ele riu e me lançou um olhar pelo canto do olho.— Por que estamos patrulhando a fronteira quando os guardas de patrulha deveriam fazer isso? — me queixei, batendo os pés no chão.Para ser honesta, fui ao banheiro e chorei como uma idiota. Ardia e doía de uma maneira que eu não sabia que era possível, saber que finalmente tenho meu companheiro, estava marcada, mas meu homem ainda pertencendo a outra mulher no coração dele.Mas não
RICARDOInacreditável.Eu disse a ela quem eu sou, e ela achou que eu estava brincando. Sério.O que ela era? Uma garotinha bagunçando minha mente. Isso foi tão fodidamente estranho.Como eu acabei contando a ela sobre mim tão facilmente? Eu nunca tinha contado a ninguém antes, nem mesmo para minha própria irmã ou para Britney.O nome ecoou na minha mente e me fez suspirar. Deixei a cabeça cair nas mãos e encarei o chão.Natália estava machucada. Quando algo a machucava, meu coração também doía. Não importava o quanto ela tentasse agir indiferente sobre o fato de eu não conseguir superar Britney, eu sabia que isso a machucava profundamente.Mas o que eu deveria fazer?Eu não pensei que teria outra companheira após a morte de Britney, então vivi com suas memórias. Ela viveu comigo por anos... Como eu deveria me livrar dela de uma hora para a outra?Sem dúvida, eu tinha um ponto fraco fodido pela pequena miss irritante. Ela era minha companheira, mas... Havia algo que sempre vin
ANA— Oi? — Uma garota correu até mim quando me viu parada perto da árvore, perto do campo de treinamento.Eu olhei para trás e balancei a cabeça. Estava observando os jovens meninos e meninas treinando no campo há algum tempo e, pela aparência, ninguém ali parecia ter alto status. Todos eram filhos ou filhas de guardas de patrulha ou guerreiros de baixo escalão.Eu não deveria estar desperdiçando meu tempo com eles.— Nunca te vi por aqui antes. Quem é você, a propósito? — Ela perguntou, curiosa, sem me deixar ali.— Você veio com a nossa nova Luna? — Ela acrescentou, seus olhos cor de mel brilhando de empolgação.Pelo menos a alcateia parecia feliz com a chegada da Luna. As notícias haviam se espalhado rapidamente, no entanto. Apostei que era coisa do Ricardo ou do Bernardo.— Eu sou amiga da sua Luna. — Encolhi os ombros e olhei para trás dela.Uma nova garota entrou no campo de treinamento. Os lutadores amadores deram passagem a ela. Havia uma certa relutância na postura de
ANA— Nossa alcateia não tem coisas tão estranhas... — Ela não conseguiu encontrar as palavras certas enquanto tentava simpatizar comigo.Ela ficou em silêncio e me ajudou a ir até sua casa. Era uma grande vila, perto da casa do Bernardo. Os pais dela não estavam em casa. Ela me contou que moravam na cidade e cuidavam dos negócios do Ricardo, junto com sua irmã. Eu não sabia que ele tinha uma irmã. Uau.Depois de me sentar em um dos sofás da sala de estar, ela foi até a cozinha pegar um copo de água.Aproveitei o tempo para observar a sala de estar, bem arrumada. Havia fotos penduradas por toda parte, parecendo deslocadas, mas estranhamente combinando com o tema azul e branco.— Aqui. — Ela voltou e me entregou o copo de água.Peguei o copo e bebi de uma só vez, antes de colocá-lo de volta na mesa de centro.— Você está morando sozinha por enquanto? — Perguntei.Precisava chegar à parte importante agora.— Sim. — Ela respondeu de forma curta e se jogou no sofá ao meu lado.Fi