RICARDO— Eu te disse. Foi uma ideia horrível. — Bernardo suspirou.— Não me lembro de você ter dito isso. — Eu encolhi os ombros, olhando para ele pelo canto dos olhos.— Ok. Mas arriscamos a vida da Luna e não conseguimos nada. — Bernardo levantou as mãos em rendição e reclamou novamente.Eu sabia que não conseguimos nada. Eu queria gritar com ele, mas não estava com humor para isso.Meu humor estava arruinado por causa do que minha pequena e irritante disse. Ela vai me rejeitar? Rejeitar-me? E depois, o que?Meu nariz se dilatou quando me lembrei do olhar determinado em seu rosto. Eu a fiz duvidar de si mesma quando disse que ela não queria dizer isso.Mas a verdade é que eu podia ver a promessa em seus olhos ardentes. Ela significava cada palavra que disse e isso me fez querer quebrar seu pescoço, mas... eu gosto muito da sua linda e fofa.Por outro lado, algo havia tentado escapar de seu corpo novamente. Sua loba estava surgindo e eu não sabia por que ela não conseguia se
NATÁLIA— Se você precisar de algo, me avise. Eu estarei bem aqui fora, Luna. — O homem na casa dos trinta anos me disse educadamente.Eu tomei um gole do meu café e o encarei de baixo das minhas pestanas.O dia inteiro passou e aquele idiota finalmente decidiu desbloquear a casa. Ele enviou os mesmos dois homens para cuidar de mim ou, mais como, vigiar-me, que ele havia enviado quando Henrique me levou.— Qual é o seu nome? — Eu perguntei, colocando a caneca de volta na mesa de café.— Jake Houston. Luna. — Ele respondeu de forma curta.Ele estava tentando ao máximo não olhar para mim e em vez disso, encarava a parede.— O que aconteceu com os guerreiros da Matilha da Floresta do Norte? Eu sei que vocês dois estavam apenas fingindo estar perdendo. — Cruzando os braços sobre o peito, eu perguntei.Jake olhou na minha direção e desviou o olhar abruptamente quando me encontrou encarando-o diretamente agora.— Lamento, não posso te contar, Luna. — A voz dele era firme.— Ok. Mas
NATÁLIA— Oh, minha Deusa! Sua loba finalmente está vindo à tona? — Diana agarrou meus ombros e pulou de empolgação.Eu não achava que sim. Mas meu coração começou a bater rápido novamente.Meu olhar encontrou o rosto de Ana. Ela estava parada no mesmo lugar, nos observando com olhos confusos.Não pude deixar de notar algo estranho em suas expressões. Não consegui identificar por que ela parecia tão azeda e perdida. Talvez ela estivesse feliz por mim ou apenas se perguntando sobre o que Diana havia dito.Ela sempre foi a mais racional de nós todas, de qualquer forma. Ela deve estar se perguntando se o que Diana está dizendo é verdade ou não.— Luna. Por favor, volte conosco. O Alfa vai nos matar se ele vier aqui. — Jake implorou na porta, relutante em entrar na casa do Beta.— Diga-me. O que mais você está sentindo? Sua audição está melhorando? E sua visão? Você sentiu alguma dor estranha também? — Diana lançou perguntas após perguntas, querendo saber de tudo.Era assustador co
NATÁLIA— Ricardo... eu juro que não vou te bater de novo! — Eu resfoleguei.Ele apertou seu abraço ao meu redor e me puxou contra seu corpo. Seu membro duro pressionou minha bunda. O calor subiu nas minhas bochechas e então desceu até meu centro.— Bebê amor. — Ele respirou em meu pescoço com intensidade.Eu parei de lutar contra ele e descansei minha cabeça em seu ombro, respirando fundo.Ricardo me carregou até o sofá, ainda segurando minha cintura e mantendo meus pés suspensos no ar.Ele me colocou de pé quando chegou ao sofá e então, sentou-se. Eu aproveitei essa chance para tentar fugir novamente, mas ele foi mais rápido dessa vez também.Puxando meu pulso, ele me fez cair em seu colo antes de me virar de barriga para baixo. Eu gaspei quando o chão apareceu na minha visão, meu estômago apoiado em suas coxas.Eu virei meu pescoço e vislumbrei seu olhar escuro. Um nó se formou na minha garganta ao ver como seus olhos brilhavam com aquele famoso brilho maligno e seus lábios
NATÁLIAOs lábios de Ricardo colidiram com os meus novamente. A pouca contenção que ele tinha sobre si mesmo para parar e pedir desculpas primeiro parecia ter se rompido.Ele forçou sua língua na minha boca, explorando cada centímetro dela antes que sua língua finalmente acariciasse a minha. Fogo explodiu atrás dos meus olhos fechados. Eu gemi em sua boca antes de empurrar meu corpo contra o dele novamente.Todas as coisas que ele diz e faz para mim... Deusa! Eu nunca conseguiria rejeitá-lo, mesmo em um milhão de anos.As mãos dele encontraram o zíper nas minhas costas. Ele abriu meu vestido e deslizou-o para baixo dos meus ombros. O ar frio roçou minha pele, fazendo-me tremer contra seu corpo.Desprendendo nossos lábios, ele desceu até meu pescoço exposto. Seus lábios sugavam, mordiam e lambiam minha pele de forma intensa. Eu gemia a cada toque de sua língua, a cada beijo de sua boca e a cada roçar de seus dentes sobre minha pele sensível.Minha boca se abriu, seu nome escapando
NATÁLIA— Por quê? — Ricardo murmura e para sobre mim, olhando para mim com interesse brilhando em seus olhos.Meu coração disparou no peito. Eu continuei traçando seu lábio inferior com meu dedo indicador, indo e voltando lentamente.— Eu sei que você disse que eu não deveria agir como uma pirralha com os membros da matilha. — Eu suspirei e puxei minha mão para mim.Ricardo assentiu com a cabeça e se afastou de cima de mim. Eu respirei fundo e o observei.— Vai ficar tudo bem. — Ele era indulgente. Muito, mas muito macio.— Sério? — Eu me sentei no sofá enquanto meus olhos seguiam pelas costas tatuadas dele.Era a primeira vez que eu via suas costas com tanta curiosidade. Havia um lobo tatuado em suas costas. A cabeça começava na parte de trás do ombro e a cauda terminava no início do quadril.— Considere isso a última chance. — Ricardo pegou suas calças do chão e se virou para me encarar.— Eu não estava... me sentindo bem. — Eu soltei, sem pensar.Minhas mãos se estenderam
NATÁLIAMinha cabeça começava a doer novamente. Era como se algo estivesse batendo contra meu cérebro, sacudindo tudo.Meus pensamentos estavam confusos. Um momento eu estava pensando em uma coisa e então essa dor de cabeça surgia e era como se outra entidade tentasse assumir o controle de mim, me deixando com opiniões divididas, pensamentos diferentes.— Não se estresse. Descanse. Vá dormir. Não pense nisso. — Ele sempre dizia as mesmas coisas na mesma merda de respiração.A sensação de queimação retornava aos meus olhos, fazendo-me sentir como se o fogo estivesse prestes a jorrar deles.— Ricardo. Não me diga para descansar. Não me diga para não pensar nisso. — Eu suspirei, meus ombros caindo.— Eu não posso ficar aqui esperando... por... por eu não saber nem o quê! — Minha voz aumentou quando uma onda de dor atingiu minha cabeça.— Confie em mim. Apenas fique onde está. Eu vou descobrir. — Ele me assegurou.Um par de mãos pousou em meus antebraços. A dor diminuiu e um suspir
NATÁLIAQuando Ricardo disse que tinha que estar em algum lugar, eu pensei que ele estava indo em alguma missão secreta.Eu realmente não esperava que ele fosse patrulhar a fronteira sozinho. Que Alfa na comunidade dos lobisomens faz isso?Eu lancei a ele outro olhar fulminante enquanto ele continuava a caminhar ao meu lado, despreocupado. Não sei quanto tempo havia passado, mas minhas pernas estavam me matando. Ele era um lobisomem, então não sentia isso, mas eu sou apenas uma humana agora.— Pare de me olhar assim. Você queria saber o que eu faço. — Ele riu e me lançou um olhar pelo canto do olho.— Por que estamos patrulhando a fronteira quando os guardas de patrulha deveriam fazer isso? — Eu me queixei e bati os pés no chão.Para ser honesta, eu fui tomar banho e chorei como uma merda no banheiro. Ardia e doía como nada mais saber que finalmente tenho meu companheiro, estou marcada, mas meu homem ainda pertence a outra mulher no coração.Mas não há nada que eu possa fazer al