NATÁLIA— Traga elas aqui. — Ele esticou o pescoço e ordenou a Bernardo.— Sim, Alfa. — Bernardo desapareceu ao meu lado e virou à direita na extremidade da sala de estar.Ricardo se deixou cair no sofá branco, descansando os braços sobre o encosto e se esticando novamente.Ele estava tentando me provocar de maneira inútil? Eu me movi de um pé para o outro, sentindo-me desconfortável.— Venha aqui. — Sua voz soou cansada e sobrecarregada.Agora que finalmente consegui pensar racionalmente, não pude deixar de notar certas coisas. A expressão no rosto de Ricardo e a maneira como ele estava agindo... Era quase como se ele estivesse hesitando ou se sentindo culpado.Sobre o que? Não consegui dizer.Eu me aproximei dele com passos pequenos. Ele agarrou minha mão e me fez sentar em seu colo como uma criança.Eu ofeguei, mas não lutei para sair de seu abraço quando ele envolveu minha cintura com o braço e repousou a cabeça em meu ombro. Ele trouxe o braço direito para frente e coloco
NATÁLIAEu suspirei, deixando meus ombros caírem.— Leve-as para fora. — Eu sussurrei. — Bernardo.— Natália! — Ana sussurrou como um aviso.— Tenho certeza de que o Alfa Ricardo... — Meus olhos se desviaram para o rosto cruel de Ricardo enquanto eu falava. — Pensou em dar a elas um lugar para ficar. Leve minhas duas amigas para lá.— Você não entende. — Ana bufou, cruzando os braços sobre o peito.— Eu entendo. — Olhei para ela. — Mas agora é entre mim e meu companheiro.Estou salvando você da ira dele, idiota! Não acho que ela consiga ver o olhar descontrolado nos olhos de Ricardo agora. É quase como se ele estivesse prestes a perder o controle e quebrar o pescoço de Ana.Eu não quero isso. E se as coisas escalarem... Não tenho mais certeza se Ricardo vai me ouvir e poupar a vida dela.— Vamos lá, meninas. Vamos deixá-los sozinhos. — Bernardo se levantou, falando como se uma bomba não tivesse sido jogada na sala de estar alguns momentos atrás.Com meus olhos ardentes, tente
NATÁLIAO tempo parecia ter desacelerado um pouco. Funguei, olhando para seus olhos oceânicos que me observavam.Ricardo soltou um suspiro seco e plantou um beijo sobre o meu nariz. — Você não me odeia.Idiota arrogante!Continuei encarando-o. As lágrimas pararam de escorrer dos meus olhos, e a raiva tomou conta. Eu odiava como ele sabia sobre minhas emoções e, ainda assim, brincava com elas.Ricardo acariciou meu ventre por cima do meu vestido. Descargas de eletricidade percorreram meu corpo, aquecendo o meu sangue.— Eu não vou te perdoar por isso. Vou guardar rancor e vou te apunhalar pelas costas quando a hora certa chegar. Não espere que eu seja leal depois do que você fez comigo. — Desabafei, sentindo suas mãos por toda parte.Ricardo pressionou um beijo firme e duradouro no canto esquerdo dos meus lábios e sorriu para mim: — Isso será o suficiente para compensar você?— Não. — Respondi sem emoção. — Diga-me a verdade... É a única coisa que pode me fazer esquecer o que v
RICARDO— Eu te disse. Foi uma ideia horrível. — Bernardo suspirou.— Não me lembro de você ter dito isso. — Encolhi os ombros, olhando para ele pelo canto dos olhos.— Ok. Mas arriscamos a vida da Luna e não conseguimos nada. — Bernardo levantou as mãos em rendição e reclamou novamente.Eu sabia que não conseguimos nada. Queria gritar com ele, mas não estava com humor para isso.Meu humor estava arruinado por causa do que minha pequena e irritante disse. Ela vai me rejeitar? Rejeitar-me? E depois, o que?Meu nariz se dilatou ao me lembrar do olhar determinado em seu rosto. Eu a fiz duvidar de si mesma quando disse que ela não queria dizer aquilo.Mas a verdade é que eu podia ver a promessa em seus olhos ardentes. Ela significava cada palavra que disse e isso me fez querer quebrar seu pescoço, mas... Eu gosto muito dela, linda e fofa.Por outro lado, algo tentava escapar de seu corpo novamente. Sua loba estava surgindo e eu não sabia por que ela ainda não conseguia se transform
NATÁLIA— Se você precisar de algo, me avise. Eu estarei bem aqui fora, Luna. — Disse o homem na casa dos trinta anos, de maneira educada.Eu tomei um gole do meu café e o encarei por baixo das minhas pestanas.O dia inteiro passou, e aquele idiota finalmente decidiu desbloquear a casa. Ele enviou os mesmos dois homens para cuidar de mim - ou, mais especificamente, para vigiar-me - que ele havia enviado quando Henrique me levou.— Qual é o seu nome? — Perguntei, colocando a caneca de volta na mesa de café.— Jake Houston. Luna. — Ele respondeu de forma curta.Ele tentava ao máximo não olhar para mim e, em vez disso, encarava a parede.— O que aconteceu com os guerreiros da alcateia da Floresta do Norte? Sei que vocês dois estavam apenas fingindo que estavam perdendo. — Cruzando os braços sobre o peito, perguntei.Jake olhou na minha direção e desviou o olhar abruptamente quando me encontrou encarando-o diretamente.— Lamento, não posso te contar, Luna. — A voz dele era firme.
NATÁLIA— Ah, minha Deusa! Sua loba finalmente está vindo à tona? — Diana agarrou meus ombros e pulou de empolgação.Eu não achava que sim. Mas meu coração começou a bater rápido novamente.Meu olhar encontrou o rosto de Ana. Ela estava parada no mesmo lugar, nos observando com olhos confusos.Não pude deixar de notar algo estranho em suas expressões. Não consegui identificar por que ela parecia tão azeda e perdida. Talvez ela estivesse feliz por mim ou apenas se perguntando sobre o que Diana havia dito.Ela sempre foi a mais racional de todas nós, de qualquer forma. Ela deve estar se perguntando se o que Diana está dizendo é verdade ou não.— Luna, por favor, volte conosco. O Alfa vai nos matar se ele vier aqui. — Jake implorou na porta, relutante em entrar na casa do Beta.— Diga-me, o que mais você está sentindo? Sua audição está melhorando? E sua visão? Você sentiu alguma dor estranha também? — Diana lançou perguntas atrás de perguntas, querendo saber de tudo.Era assustado
NATÁLIA— Ricardo... Eu juro que não vou te bater de novo! — eu falei quase sem ar.Ele apertou o abraço ao meu redor e me puxou contra seu corpo. Seu membro endurecido pressionou minha bunda. O calor subiu nas minhas bochechas e depois desceu até meu centro.— Bebê, amor. — Ele respirou em meu pescoço com intensidade.Eu parei de lutar contra ele e descansei minha cabeça em seu ombro, respirando fundo.Ricardo me carregou até o sofá, ainda segurando minha cintura e mantendo meus pés suspensos no ar.Ele me colocou de pé quando chegou ao sofá e, então, se sentou. Aproveitei essa chance para tentar fugir novamente, mas ele foi mais rápido desta vez também.Puxando meu pulso, ele me fez cair em seu colo antes de me virar de barriga para baixo. Eu suspirei quando o chão apareceu na minha visão, meu estômago apoiado em suas coxas.Virei meu pescoço e vi seu olhar escuro. Um nó se formou na minha garganta ao ver como seus olhos brilhavam com aquele famoso brilho maligno, e seus lábi
NATÁLIAOs lábios de Ricardo colidiram com os meus novamente. A pouca contenção que ele tinha sobre si mesmo para parar e pedir desculpas parecia ter se rompido.Ele forçou sua língua na minha boca, explorando cada centímetro dela, até que sua língua finalmente acariciasse a minha. Fogo explodiu atrás dos meus olhos fechados. Eu gemi em sua boca antes de empurrar meu corpo contra o dele novamente.Todas as coisas que ele diz e faz para mim... Deusa! Eu nunca conseguiria rejeitá-lo, mesmo em um milhão de anos.As mãos dele encontraram o zíper nas minhas costas. Ele abriu meu vestido e deslizou-o para baixo dos meus ombros. O ar frio roçou minha pele, fazendo-me tremer contra seu corpo.Desprendendo nossos lábios, ele desceu até meu pescoço exposto. Seus lábios sugavam, mordiam e lambiam minha pele de forma intensa. Eu gemia a cada toque de sua língua, a cada beijo de sua boca e a cada roçar de seus dentes sobre minha pele sensível.Minha boca se abriu, e seu nome escapou dos meus