Ele suspirou:- Não somos amigos, Babi... Mas certamente seremos um dia. Eu me preocupo com você... E sei o quanto é perigoso se envolver com Heitor Casanova.- Eu não estou envolvida com ele.- Heitor não tem coração. Ele é um homem de 30 anos com a cabeça de 20. Imaturo, fora da realidade, egoísta e egocêntrico. E ele não vai mudar... Não aos 30 anos.- Não acredito em mudanças, Sebastian. Convivi com uma pessoa por oito anos me prometendo mudanças... E isso não ocorreu.- Então por que está cruzando a linha vermelha?- Não estou... Na verdade, pagando o blazer eu... Quito minha dívida com ele, definitivamente. Não me sinto bem pelo que eu fiz. Quero... Distância de Heitor Casanova. Para isso... Devo lhe pagar. É o que diz minha consciência.Ele suspirou novamente. Meu telefone tocou. Atendi:- Senhorita Novaes?- Ela.- Aqui é da Clínica de saúde da mulher. Sou secretária do doutor Telles, que lhe atendeu no hospital, na sua crise aguda de cólica.- Sim...- Os exames que ele solic
O médico me olhou e disse seriamente:- Sua endometriose está trocando de nível. Pelas dores que sentiu durante o período menstrual e que relata serem “normais”, o que na verdade não é, mais os exames, estamos entrando no estágio de “endometriose profunda”. Certamente você tem isso há um bom tempo. E não tratou... Estou certo?- Está certo. Iniciei o tratamento há pouco tempo. E começou com remédios para dor. Não resolveram. Então o meu ginecologista receitou medicamentos hormonais. E cogitou... Retirada do útero. – aquela última frase me afetava de alguma forma agora nos últimos dias.- Doutor, há como impedir isso? – Heitor perguntou.Olhei-o seriamente:- Heitor... Eu agradeço sua preocupação, mas não precisa. É... A minha vida.- Bárbara, não seja tão egoísta. Eu quero ajudar.- Não preciso de ajuda. Eu tenho dinheiro para custear o tratamento. – olhei para o doutor Telles. – O que eu preciso fazer?- Sim, seu médico não estava errado. Um dos maiores problemas que pode ter é a ret
Heitor me soltou imediatamente, se afastando:- Você o que?- Estou... Trabalhando na Perrone... Sou a responsável pela parte de Marketing e propaganda da empresa.- Por que não foi para North B., porra?- Porque você não acreditou em mim.- Bárbara... Eu tinha que ter certeza de que não estava sendo injusto.- E desde quando você se preocupa com injustiça, Heitor?- Desde que conheci você, porra.Fiquei quieta, com as palavras entaladas na garganta enquanto meu corpo começou a tremer involuntariamente. Dizer que não gostava dele era mentir para mim mesa...- Nós... Mal nos conhecemos. – falei, quase sem voz.- Me deixe conhecê-la melhor então.- Isso não vai dar certo e você sabe, Heitor.- Não estou pedindo você em casamento.- Eu sei... Vai casar com outra. – peguei a mão dele e mostrei a aliança no dedo. – Isso é um sinal de compromisso... A porra de um anel que confirma ao mundo que você tem alguém. Como consegue ser tão cara de pau? Sem contar a loira do meio do pole dance, que
Nosso beijo agora era intenso. Não tinha mais leveza, nem doçura. Por vezes eu mordia seus lábios, mas minha vontade era morder cada pedaço do seu corpo.Desci meus lábios com dificuldade até seu pescoço, pois vez ou outra ele me puxava novamente à sua boca, beijando-me vorazmente e demorando para me soltar. Trilhei um caminho de chupões pelo seu pescoço enquanto ele gemia, parando no ombro, que mordi, vingando-me do que ele fez na primeira vez que nos tocamos.- Quando o álcool passar, terá uma marca para lembrar que isso realmente aconteceu, Heitor. – falei.- O álcool passou, Bárbara... E as lembranças não.- Tão vívidas quanto a raiva que eu sentia de você... – alisei as costas dele, completamente nuas, enquanto abaixei levemente a calça, deixando a cueca com seu pau ereto sob ela.- Não s
- E vou continuar tentando levá-la para a North B. Não vou desistir de você, Bárbara.- Para ser a sua secretária e andar quase sem roupa me oferecendo para você? – gargalhei. – Não me confunda com as suas vagabundas.- Bárbara... – ele mordeu o lóbulo da minha orelha.Senti sua língua na parte sensível da minha orelha e me arrepiei. Depois passei meus braços sobre seu pescoço e o beijei como se o mundo fosse acabar em cinco minutos e só houvesse nós dois. Quando acabei, o afastei do meu corpo e disse:- Mande o elevador descer. Quero ir embora.- Está louca, Bárbara?- Agora! – ordenei, com firmeza, o encarando friamente.Ele não contestou. Ligou para alguém e em minutos o elevador desceu.Assim que chegamos no térreo, saí, me sentindo um pouco tonta e ele me s
Assim que cheguei na minha sala na Perroni naquela manhã, Sebastian me esperava com um café puro, sem açúcar, como já sabia que eu gostava.- Hum... O que você quer de mim, Sebastian? – peguei o copo desconfiada, enquanto tomava um gole do café.- Como você é desconfiada, Babi. Não acha que as pessoas podem querer agradá-la sem querer nada em troca?- Estou tentando acreditar nas pessoas, Sebastian. Mas tive um passado que me mostrou o contrário e por isso é um pouco difícil.- As pessoas são diferentes umas das outras, Babi. E essa é parte boa da vida... Conhecê-las... E aceitá-las, do jeito que são.- Por isso que você aceita tão bem Heitor Casanova, com todos os defeitos dele? – ironizei.- É impressão minha ou sempre nossa conversa tem que girar em torno dele?- Claro que não. – dei de ombros e sentei, fingindo desinteresse.- Meu assunto com Heitor é diferente. Ele nasceu mau caráter e nada vai mudar isso.- Pelo visto o que houve entre vocês no passado foi bem terrível.- Não qu
Confesso que me senti um pouco enciumada sabendo que uma garota foi motivo de disputa e inimizade entre eles, mesmo depois de tanto tempo... Porque os dois eram importantes para mim.Liguei para as responsáveis pelas entrevistas e combinei que a partir das 13 horas eu participaria do processo, junto delas, já que Sebastian havia me dado carta branca.Pedi o almoço na empresa naquele dia, para não precisar sair. Não tinha nem coragem de olhar para o edifício na North B. porque bastava me lembrar de Heitor e minha cabeça ficava completamente confusa e em transe.Só de pensar nele eu já ficava com a pele eriçada e sentia o fogo subindo à minha face. Ainda sentia o corpo dele no meu... Ouvia o som do pau dele entrando e saindo com força de dentro mim... E imaginava o que ele poderia ter feito com a minha calcinha.Logo chegou o horário combinado e me encaminhei para o setor de entrevistas. Eu sabia que o próprio Sebastian gostava de analisar os candidatos também, mas sabendo que era para
- Celine Casanova.Peguei minha bolsa e saí correndo dali, cega de raiva, em direção à Mansão Casanova.Agora eu andava de táxi, para evitar o risco de cruzar com Daniel se chamasse um motorista de aplicativo. Eu até o considerava um homem legal, até a conversa que tivemos depois que o vi com Salma na sala.Eu era o tipo de pessoa que tive poucas experiências com homens. Mas o suficiente para reconhecer os mau caráter de longe. Claro que não era tão rápido, ou certamente eu não teria ido ao Motel com o ladrão de bolsas. Mas a mínima atitude me levava a comparação com Jardel, que era o pior tipo de homem que podia existir.Claro que tinha os tipos “Heitor Casanova”... Desclassificado gostoso, implorando por ser “domado”, exalando masculinidade e molhando calcinhas de mulheres inocentes, como eu, por onde passava.O desgraçado fez eu perder minha segunda virgindade. E nem doeu, mesmo com a endometriose. Aliás, não doeu nem como a primeira vez, com o insensível do Jardel.Pensando em Hei