Você é doida, Bárbara

Cheguei da Perrone e abri a porta do prédio, dando de cara com uma motocicleta velha num canto. Nem sabia se era permitido colocar aquilo ali dentro. Nem bicicletas era deixadas ali, próximo da porta, atrapalhando a passagem pela escadaria. Seria uma boa ideia colocar dentro do elevador. Pelo menos ele serviria para alguma coisa, já que agora estava estragado de vez.

Subi dois degraus de escada e voltei, olhando a motocicleta novamente. Apesar de maltratada pelo tempo, ela permanecia bonita. Lembro de ter visto aquele modelo em revistas há muitos anos atrás, quando eu mal havia entrado na adolescência. Eu tinha uma certa paixão por motos, mesmo tendo andado poucas vezes em uma.

Jardel comprou uma motocicleta uma vez. Andei na carona um tempo e ele me deixou dirigir alguns minutos. Lembro que foi uma das melhores sensações de liberdade que já tive. Pouco tempo depois ele trocou a motocicleta por coca&i

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