- Para quantas mulheres você diz isso, Heitor?- Eu nunca disse para nenhuma, Bárbara. Você é diferente de todas as mulheres que já passaram pela minha vida.- Eu não sou diferente de nenhuma mulher, Heitor.- Você é linda, fala o que pensa. Você é “vida”, Bárbara Novaes... Vida que me chama, que me desprende de todos os conceitos e preconceitos... Vida que me cega... Vida que me mata.- Você... Falou isso mesmo? – estreitei meus olhos, tentando entender o significado daquilo.- Que porra... Eu... Nem sei o que eu falei. – Passou a mão pelos cabelos, um pouco nervoso.Me aproximei e o abracei:- Obrigada, Heitor.- Pelo que? – Me perguntou.- Por me trazer de volta... Dos mortos. – Apertei-o com força entre meus braços.- Volto a dizer, estamos fodidos, Bárbara.A boca dele foi até meu pescoço e recebi outro chupão.- Não entendo porque faz isso comigo... – toquei a pele onde ele marcou.- Porque eu não resisto ao seu corpo... Não resisto a você... – os lábios encontraram os meus nova
Segui masturbando-o descaradamente enquanto ele guiava. Justo eu, a retraída do sexo. Desde que conheci Heitor minha vida sexual virou de cabeça para baixo... E aquilo era bom demais. O fato de eu saber o quanto ele me desejava deixava-me enlouquecida por provocá-lo... Para depois reviver tudo senti, como quando ele me fodeu com força no elevador, ao mesmo tempo que se preocupava se eu estava bem ou sentindo alguma dor.E eu merecia o que senhor divino dos céus estava me dando. Aquele deus grego era o sonho de qualquer mulher. Mas ele era meu... Pelo menos naquele momento... E depois que terminasse com as outras duas mulheres que tinha. Safado, asqueroso, ordinário, ruim, miserável, desprezível... Ou simplesmente “desclassificado”.Um desclassificado que voltou de viagem e poderia estar em qualquer lugar... Mas estava andando comigo numa moto velha na autoestrada da capital de Noriah Norte, deixando um carro que valia mais do que eu ganharia na vida inteira de trabalho nas mãos do meu
Nossos lábios se tocaram, de forma leve, mas demorada. Deitei minha cabeça no ombro dele, que deixou a cabeça cair sobre a minha.- Está preocupado? – perguntei.- Só com o que meu pai vai fazer quanto a isso, caso chegue aos ouvidos dele. E você?- Eu... Não sei. Me desculpe por ter causado tudo isso. Mas infelizmente eu tenho uma nuvem negra sobre mim, cheia de raios, chuva e com tempestade permanente. Estar ao meu lado é correr o risco de ter o meu azar por um bom tempo.- No meu caso, sou um homem de sorte... Tenho um sol dourado brilhando na cabeça... E meus dias são claros e quentes. Então... Vou tirá-la desta nuvem idiota... E trazê-la para o meu sol, Bárbara. Bem-vinda a um mundo de sorte. – Meu deu um beijo rápido novamente. – Se eu colocar minha língua dentro da sua boca acha que teremos problemas? – cochichou no meu ouvido, olhando o policial com rosto fechado pelo retrovisor.- Não brinque com coisa séria, Heitor. – Adverti.Quando chegamos próximo da delegacia, Heitor gri
- Eu também gostaria de entender o que faço aqui, Delegado. – falei, encarando-o seriamente e voltando à minha postura, largando a mão de Bárbara.O Delegado deu alguns passos para frente e vi um dos meus advogados, Lauro.- Heitor? – ele me olhou confuso. – Por que meu cliente está numa cela? – se dirigiu ao delegado.- Estou tentando entender, doutor. – Ele olhou para os Policiais, que encolheram os ombros.A cela foi aberta e saí, indo imediatamente para a de Bárbara.- Abra a dela. – Ordenei. – Agora!- Ela... Não tem um advogado. E ninguém pagou a fiança. – O delegado explicou.- Acabaram de pagar a fiança da senhorita Novaes. – A policial mulher veio e entregou um papel ao delegado. – E ela tem um advogado também.Bárbara me olhou confusa e a cela dela foi aberta. Não me preocupei com nada e a abracei com força. Eu pouco me importava com o que aquela gente fizesse ou falasse. Só queria a certeza de que ela estava bem. Mas parecia menos assustada do que eu com tudo que aconteceu.
O delegado abriu a porta e veio até nós. Olhou para Bárbara e perguntou:- O policial alega ter sido chamado de “desclassificado” por você, senhora Novaes. Posso saber exatamente o que isso significa, já que segundo ele foi um xingamento?Ok, Bárbara, aconteça o que acontecer, não diga o que isso significa, por mais que eu queira muito saber, pensei comigo mesmo.Sebastian e Ben chegaram e se aproximaram dela. Ben a abraçou e Sebastian me encarou. Nos olhamos firmemente e não nos cumprimentamos.- Desclassificado quer dizer... – ela começou a explicar.- Não... Não precisa falar. – Eu tentei impedi-la.- Claro que precisa. – Sebastian deu um meio sorriso.- Quer dizer... Desprezível... Miserável... Asqueroso... Safado...- Por Deus, para. – Pedi, puxando o ar até o fundo dos meus pulmões.- Ruim... – ela me olhou, comprimindo os lábios, nervosamente.- Esqueceu o “ordinário”. – Ben completou, satisfeito. – E foi a própria Babi que criou isso. – Estava orgulhoso do que a amiga havia di
Fiquei temeroso de responder a pergunta. Bárbara me testava o tempo inteiro e tudo que eu dissesse poderia ser usado contra mim futuramente, por ela mesma.Sim, oficialmente Cindy era minha mulher e não Milena. Porque eu não comia Milena. Sequer a beijava de língua. Na verdade, nós mal nos víamos. Porra, por que mesmo eu segui com este noivado ridículo? E só me questionava agora sobre isso, em função de Bárbara estar querendo mil detalhes sobre tudo.Se eu era fiel à Cindy, mesmo ela sendo boa de cama, e eu até então achar que gostava de estar com ela? Mais ou menos.Claro que Bárbara vai achar que eu jamais serei um homem fiel. A questão é que, jamais eu fiquei tão louco por uma mulher quanto eu estava por ela. Se eu seria fiel à Bárbara? Não tenho certeza. Só saberia se estivesse com ela. Nós só transamos uma vez... Ainda assim eu queria muito mais dela... Eu era a porra de um homem que pensava nela o dia inteiro... E sonhava com ela durante a noite. Do nada, eu me via pensando no b
Levantei e a encarei:- Não a chame de “aquela mulher”. Ela tem nome: Bárbara. E... Eu estou gostando dela. – Confessei de uma vez, tentando encurtar o caminho das explicações.Ela começou a chorar, copiosamente:- Eu... Não acredito que vá fazer isso com a minha filha. Seu insensível... Vocês estão com tudo arrumado, com a data marcada... Já estávamos organizando a lista de convidados. Como você acha que Milena se sentirá? Quer que ela entre em depressão profunda novamente? Lembra que o médico disse que isso pode levá-la ao suicídio, caso piore? O que falaremos para a imprensa e nossos amigos?- Eu não me sinto responsável pela doença dela. Você sabe que foi Sebastian...- Foi “você” que a engravidou?- Nunca pensou na possibilidade do filho ser dele?- Isso é um ultraje. – Ela gritou. – Allan faça alguma coisa. Diga que ele vai casar. Heitor está denegrindo a imagem da nossa filha. Como pode pensar que aquela criança era de Sebastian?- Ninguém pode me obrigar, Celine. Eu não tenho
- Por quê? Celine acha que ela precisa de um trabalho para se distrair. Ela só fica em casa e quando sai é ao Shopping fazer compras. Nem viajar Milena quer mais.- Um trabalho para Milena não precisa ser exatamente o cargo de vice-presidência da North B. E que fique claro que não estou me referindo a ela enquanto um homem que a conhece, um quase parente... E sim enquanto profissional e CEO da North B.- Talvez você tenha razão.- Quer que eu pague um salário de vice-presidente a ela, eu posso fazer isso. Mas exercer as funções do cargo está fora de cogitação. Preciso de alguém que realmente me ajude e que entenda sobre a empresa e o que é preciso fazer.- Já pensou em alguém?- Sim, eu havia pensado em Bárbara.- Ela não é madura o suficiente. Ainda não... E sabe que tirá-la da Perrone será difícil. Sebastian deve estar fazendo de tudo para que ela fique por lá. Principalmente quando souber que você está... “Interessado” nela... Pra não dizer apaixonado. – Riu, ironicamente.- Não es