Dalila se sentiu chocada."Isso é impossível! Como eu poderia ter tomado a iniciativa? Sou extremamente recatada!"Álvaro, com um sorriso de escárnio nos lábios, observou atentamente as mudanças incertas em suas bochechas e fechou os olhos para tirar um cochilo.Dalila se esforçava para recordar o que havia acontecido na noite anterior.Ela se lembrava de Álvaro ter ido buscá-la, ela gritava querendo ir para casa com ele, depois tomou um banho...As memórias da noite passada, como cenas de um filme, passavam por sua mente uma após outra.A cada lembrança, seu rosto empalidecia ainda mais."Definitivamente, não posso beber mais! Na última vez que bebi demais, discuti com a família, e na noite passada, depois de beber, acabei com Álvaro..."Ela também se lembrou de ter abraçado Álvaro e se declarado para ele.Não sabia se ele tinha mencionado de quem ele gostava...Dalila não conseguia se lembrar mais.Ela olhou para o homem deitado ao seu lado, com uma expressão extremamente angustiada.
— Quando eu voltar, pedirei a meu pai que vá à sua casa para discutirmos nosso casamento, e então poderemos definir a data o mais rápido possível. Vamos nos casar. — Disse Álvaro, olhando ela seriamente, baixando os olhos.Dalila o encarou, atônita, sem esperar por essas palavras.— Você... Está tentando assumir a responsabilidade por mim?Álvaro balançou a cabeça:— Não quero mais esperar. Dalila, nos anos em que você gostou de mim, eu também gostei de você. Já perdemos tanto tempo, não quero perder mais.Dalila levantou a mão, o abraçando firmemente com seus braços delicados, seus lábios tocando seu ombro, o beijando cuidadosamente.— Álvaro... — Disse Dalila, começando a chorar.Ela até pensou que estava sonhando.Ela mordeu suavemente a pele do ombro de Álvaro com seus dentes, e quando ele virou a cabeça para olhá-la, ela o beijou com urgência e paixão:— Álvaro...Álvaro, claro, não tinha razão para rejeitá-la.Ele a abraçou apertado, desejando se fundir a ela naquele mesmo instan
Abelardo, de cabeça baixa e olhos profundos fixos nela, percebeu seu movimento. Ele ergueu a mão, segurou seu delicado tornozelo e a atraiu para perto, envolvendo ela em seu abraço:— O que você está fazendo? Nina, você está muito travessa.Com voz rouca, Nina respondeu:— Me solte.Abelardo, ligeiramente arqueando as sobrancelhas, abaixou a cabeça para ajeitar uma mecha de cabelo solta atrás da orelha dela, então a levou para fora do quarto.Com o corpo subitamente no ar, Nina, não habituada, arregalou os olhos.Ela se agarrou a ele firmemente, temendo que ele a soltasse e ela caísse.Abelardo, com uma mão apoiando sua cintura e a outra nas costas dela, disse:— É melhor você se segurar bem, se cair, não me responsabilizo.Nina ficou chocada."Esse desgraçado."Ela o encarou furiosamente.Abelardo a levou diretamente para a cozinha, colocou ela sobre a pia, baixou os olhos para beijar o canto de sua boca e, com a outra mão, serviu a ela um copo de água.Relutante em afastar seus lábio
O tecido do vestido era confortável, da marca que ela sempre preferira."Mas... Por que ele teria roupas femininas em casa?"Dalila se sentiu ligeiramente descontente.Ela entrou no banheiro, disposta a se lavar, e, ao ver a etiqueta da roupa na lixeira, seu canto de boca se curvou levemente.Ele havia comprado especialmente para ela.Usando os produtos de higiene que Álvaro preparou, lavou o rosto e escovou os dentes. Após passar os dedos pelos cabelos, saiu do quarto.O som do exaustor ecoava pela cozinha, ocasionalmente acompanhado pelo choque entre a espátula e a panela.Desatenta, Dalila saiu sem calçar os sapatos e caminhou descalça até a cozinha, onde parou ao avistar Álvaro de costas, ocupado, vestindo calças sociais e uma camisa branca.— Álvaro?Ao ouvir a voz, Álvaro se virou:— Já acordou? Preparei seu prato favorito, está quase pronto.Dalila se apoiou no batente da porta, sorrindo:— Você também sabe cozinhar? Eu pensava que o Sr. Álvaro nunca tinha cozinhado.Álvaro sorr
Álvaro acariciou o topo da cabeça de Dalila:— Dalila, isso não é um sonho, é real. Eu já havia verificado isso ontem à noite. Tudo é verdade. O jantar está pronto, vamos comer, e depois te levo para conhecer meus pais.Ele se abaixou, pegou um chinelo que tinha caído e o colocou no pé de Dalila antes de ajudá-la a descer.Dalila lavou as mãos, e juntos arrumaram os pratos e serviram o arroz.O jantar deles era simples, Álvaro preparou dois pratos e uma sopa, todos do gosto de Dalila.— Então, você realmente tinha me notado há muito tempo e sabia que eu gostava de sorvete de morango. Naquele dia no café, você disse que Sabrina também gostava de sorvete de morango, mas você estava mentindo, não é? Eu perguntei para Sabrina, e ela disse que gosta de sorvete de baunilha.Os lábios finos de Álvaro se curvaram num sorriso suave:— Você é tão esperta, não é?Dalila ergueu o queixo, orgulhosa.— Vamos comer. — Álvaro passou a ela um prato. — Coma um pouco mais.Dalila gostava de comidas pican
De repente, os olhos de Dalila se arregalaram, e ela o encarou furiosamente: — Você está insinuando que eu pareço um macaco? Álvaro não conseguia parar de rir: — Claro que não. Eu estava apenas fazendo uma comparação. Você é tão bonita, tão gentil e elegante... Como eu poderia desprezar você? Ao ouvir a palavra "gentil", Dalila se lembrou de Marilda, com quem ele havia se encontrado antes. — Você ainda se lembra da Marilda? Álvaro franziu a testa: — Quem é essa? Acho que me lembro vagamente. — É a pessoa com quem você se encontrou da última vez! Aquela garota muito gentil. Você esqueceu?Álvaro teve um estalo de compreensão: — Ah, lembrei. Mas por que você está trazendo isso à tona de repente? — Álvaro, quero te perguntar de novo: você realmente gosta de mim? Tem certeza de que sou eu? E isso nunca vai mudar, certo? — Dalila desafivelou o cinto de segurança, se inclinou para frente e o abraçou firmemente pela cintura, perguntando com seriedade. Álvaro a envolveu e
Naquele momento, Dalila realmente desejou estar morta. Ainda não tinha sido oficialmente apresentada aos sogros, mas já havia sido flagrada em um momento íntimo com Álvaro. A tensão que havia se dissipado um pouco voltou a surgir, agora com muito mais constrangimento e vergonha. Ela nem ousava levantar a cabeça para olhar Rodrigo e Bianca. Com um ar ausente, foi conduzida por Álvaro para dentro da casa, onde Sabrina os recebeu primeiro: — Uau! Irmão! Dalila! Sabia que eram vocês! Dalila forçou um sorriso mais feio que choro: — Sabrina. Sabrina a abraçou: — O que foi? Por que essa cara de preocupação? Álvaro soltou a mão de Dalila e tossiu baixinho: — É que... Estávamos nos acariciando no carro e os pais viram. Assim que ele terminou de falar, Bianca e Rodrigo também entraram na casa. Um silêncio tomou conta do ambiente. Todos trocavam olhares constrangidos, sem saber o que fazer. Finalmente, Emerson tomou a iniciativa para quebrar o gelo: — Pai, mãe, eu
— Eu só estou repetindo o que minha mãe me disse. Quando Osvaldo foi à família Coronado para discutir o casamento, o processo era praticamente o mesmo. Naquela época, Osvaldo não era tão rico quanto agora. Rodrigo anotou cuidadosamente seus requisitos: — Certo, então vou me preparar amanhã de manhã e à tarde irei à sua casa para discutir o casamento. O assunto do casamento reacendeu uma discussão acalorada entre as pessoas à mesa. Quase no final do jantar, Abelardo, olhando para Rodrigo que estava sentado na cabeceira da mesa, de repente perguntou: — Sr. Rodrigo, se eu quiser vir aqui para discutir o casamento, quais são os procedimentos necessários na família Amorim? Essa pergunta provocou um silêncio na mesa. Todos os olhares se voltaram para Abelardo. Embora o grande assunto do casamento de Álvaro já estivesse praticamente resolvido, a questão de Nina ainda não estava. Bianca e Rodrigo não interferiram no futuro dela, mas ainda estavam preocupados. Eles conhe