Capítulo 398
A voz que soava atrás dele era encantadora e doce. Álvaro olhava para o braço que envolvia sua cintura, enquanto seus músculos se tensionavam e sua laringe se movia involuntariamente para cima e para baixo, com o coração pulsando aceleradamente.

Subitamente, ele se lembrou de que seu paletó estava molhado, e que Dalila, ao abraçá-lo, poderia umedecer suas próprias roupas.

Ele se virou, se desvencilhou de seus braços e jogou o paletó no chão.

Dalila observava seus movimentos, com lágrimas de mágoa escorrendo:

— Então você realmente não gosta de mim. Abraçar você agora se tornou um luxo? Álvaro, você sabe o quanto é doloroso amar alguém em segredo? Seu idiota.

Essas palavras, em circunstâncias normais, jamais seriam pronunciadas por Dalila.

Mas, ela estava completamente embriagada.

Cada palavra e ação emergiam puramente de sua imaginação e instinto.

Até aquele momento, ela ainda acreditava estar sonhando, pois sabia que nunca conseguiria realmente abraçá-lo.

Álvaro calmamente desabotoava
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