De repente, os olhos de Dalila se arregalaram, e ela o encarou furiosamente: — Você está insinuando que eu pareço um macaco? Álvaro não conseguia parar de rir: — Claro que não. Eu estava apenas fazendo uma comparação. Você é tão bonita, tão gentil e elegante... Como eu poderia desprezar você? Ao ouvir a palavra "gentil", Dalila se lembrou de Marilda, com quem ele havia se encontrado antes. — Você ainda se lembra da Marilda? Álvaro franziu a testa: — Quem é essa? Acho que me lembro vagamente. — É a pessoa com quem você se encontrou da última vez! Aquela garota muito gentil. Você esqueceu?Álvaro teve um estalo de compreensão: — Ah, lembrei. Mas por que você está trazendo isso à tona de repente? — Álvaro, quero te perguntar de novo: você realmente gosta de mim? Tem certeza de que sou eu? E isso nunca vai mudar, certo? — Dalila desafivelou o cinto de segurança, se inclinou para frente e o abraçou firmemente pela cintura, perguntando com seriedade. Álvaro a envolveu e
Naquele momento, Dalila realmente desejou estar morta. Ainda não tinha sido oficialmente apresentada aos sogros, mas já havia sido flagrada em um momento íntimo com Álvaro. A tensão que havia se dissipado um pouco voltou a surgir, agora com muito mais constrangimento e vergonha. Ela nem ousava levantar a cabeça para olhar Rodrigo e Bianca. Com um ar ausente, foi conduzida por Álvaro para dentro da casa, onde Sabrina os recebeu primeiro: — Uau! Irmão! Dalila! Sabia que eram vocês! Dalila forçou um sorriso mais feio que choro: — Sabrina. Sabrina a abraçou: — O que foi? Por que essa cara de preocupação? Álvaro soltou a mão de Dalila e tossiu baixinho: — É que... Estávamos nos acariciando no carro e os pais viram. Assim que ele terminou de falar, Bianca e Rodrigo também entraram na casa. Um silêncio tomou conta do ambiente. Todos trocavam olhares constrangidos, sem saber o que fazer. Finalmente, Emerson tomou a iniciativa para quebrar o gelo: — Pai, mãe, eu
— Eu só estou repetindo o que minha mãe me disse. Quando Osvaldo foi à família Coronado para discutir o casamento, o processo era praticamente o mesmo. Naquela época, Osvaldo não era tão rico quanto agora. Rodrigo anotou cuidadosamente seus requisitos: — Certo, então vou me preparar amanhã de manhã e à tarde irei à sua casa para discutir o casamento. O assunto do casamento reacendeu uma discussão acalorada entre as pessoas à mesa. Quase no final do jantar, Abelardo, olhando para Rodrigo que estava sentado na cabeceira da mesa, de repente perguntou: — Sr. Rodrigo, se eu quiser vir aqui para discutir o casamento, quais são os procedimentos necessários na família Amorim? Essa pergunta provocou um silêncio na mesa. Todos os olhares se voltaram para Abelardo. Embora o grande assunto do casamento de Álvaro já estivesse praticamente resolvido, a questão de Nina ainda não estava. Bianca e Rodrigo não interferiram no futuro dela, mas ainda estavam preocupados. Eles conhe
Dalila inclinou a cabeça, pensativa, e a apoiou no ombro dele, ostentando um sorriso radiante nos lábios:— Claro, mas eu não costumo comer muitos lanches. Você quer algo?A mão de Álvaro, repousando em sua cintura, apertou ela suavemente enquanto ele a observava com adoração:— Eu não vou comer. Se você quiser, eu posso comprar para você. Dalila, na minha frente, você pode ser totalmente você mesma, pode fazer manha, pode brincar, não precisa viver tão cansada todos os dias, você até pode se desleixar, comer lanches, jogar, fazer qualquer coisa. Se lembre sempre de que, não importa o que faça, eu sempre estarei aqui para te apoiar. Sou o seu suporte eterno.O supermercado estava movimentado, com as vozes dos vendedores promovendo produtos ao redor.Parada no meio da multidão ruidosa, Dalila levantou os olhos para o homem bonito à sua frente, sentindo seu coração se preencher gradualmente com doçura.Ela estendeu a mão lentamente e, na frente de todos, abraçou sua cintura, colando seu
— Por que você estava rindo agora?Dalila respondeu:— Achei um pouco curioso. Desde que assumi o Grupo Carmo, sempre foi eu quem comprava coisas para os outros. Esta é a primeira vez que alguém paga por mim.Álvaro, carregando duas grandes sacolas, liberou uma mão para acariciar sua cabeça:— Fique tranquila, oportunidades como essa certamente se tornarão mais frequentes no futuro.— Certo! — Dalila assentiu energicamente.Após deixarem o supermercado, voltaram para casa.O apartamento de Álvaro, se deve dizer, tinha uma excelente iluminação e vista.Juntos, organizaram as compras do supermercado e, depois, com uma taça de vinho tinto, Dalila se apoiou na janela para observar a paisagem noturna.— É muito bonito aqui. — Apontou Dalila para a vista aos seus pés.Álvaro concordou:— De fato, comprei este lugar também por causa da vista noturna.Dalila sorriu levemente:— Quem diria, Sr. Álvaro? Você realmente sabe como aproveitar a vida.— Srta. Dalila, é recíproco. Suas roupas custam e
Dalila sentiu que poderia recordar aquela cena por toda a vida.Atrás dela, o abraço caloroso de Álvaro, e à sua frente, uma enorme janela de vidro com luzes de neon piscando do lado de fora, como se o mundo inteiro estivesse celebrando sua felicidade.No entanto, na realidade, apenas eles existiam um para o outro.Quando a alegria cessou, já passava da uma da manhã.Álvaro conduziu Dalila ao banheiro para que se limpassem, e só então retornaram ao quarto para descansar.Quanto à desordem na sala de estar, decidiram que a arrumariam na manhã seguinte.No apartamento de Emerson na Cidade do Sol, desde que chegaram em casa, Sabrina seguia Emerson como uma sombra.— Emerson, você ainda não me pagou a aposta que ganhei. Eu já lhe havia dito que a intuição dos homens não é confiável. Você não acreditou, agora acredita, né?Os lábios finos de Emerson se curvaram em um sorriso sutil, e a luz laranja iluminou seus ombros, o envolvendo em um brilho suave.Ele baixou o olhar para Sabrina, puxou
Ela deixou a cozinha:— Fiquei assustada. No fim, era mesmo uma entrega, quem mandou para você?Ela se aproximou para olhar os documentos que Emerson segurava.Emerson os olhou desinteressadamente, sem nenhum desejo de abri-los.— Não sei quem os mandou, por enquanto, não precisamos nos preocupar. Sabrina, vá tomar um banho, eu vou arrumar as coisas aqui fora do quarto e depois entro.Vendo que ele não tinha intenção de abrir a entrega, Sabrina não insistiu mais. Acenou com a cabeça, entrou no quarto e pegou algumas roupas no armário para tomar banho.Emerson arrumou as coisas na sala, colocou os copos usados na pia para lavar e passou o esfregão no chão.Quando estava prestes a voltar para o quarto, se lembrou da entrega que havia chegado.Se dirigiu à mesa, pegou o documento e o rasgou. Dentro, encontrou um exame de DNA.Folheou o documento casualmente e, ao chegar à última página, ficou completamente paralisado."O que está acontecendo? Esse exame de DNA eu havia colocado na tritura
Sabrina olhou para ele com um semblante grave. Com tal incidente ocorrendo de repente, se viesse a público, seria um desastre catastrófico para toda a família Carmo. A atmosfera na sala de estar estava tão silenciosa que até os sons da respiração de ambos podiam ser ouvidos claramente. Por fim, foi uma chamada telefônica que quebrou o raro silêncio.Emerson pegou o celular e, ao ver um número desconhecido na tela, seu rosto se contorceu com uma expressão de tensão. Seu instinto lhe dizia que o dono daquele número e quem lhe enviou o pacote, eram a mesma pessoa.Pensando rapidamente, ele pressionou o botão de atender diante de Sabrina e, em seguida, ativou o viva-voz. — Quem é? — Perguntou Emerson, com um tom de voz neutro.A voz familiar de Fabiano ecoou do outro lado da linha: — Emerson, você recebeu o documento?Ao ouvir sua voz, as sobrancelhas de Emerson e Sabrina se franziram subitamente.— Foi você quem enviou? — Perguntou Emerson, com uma voz extremamente gelada.Fabiano r