Capítulo 336
O quarto estava tão silencioso que não se ouvia som algum. Eles permaneceram parados à porta, e o único som perceptível era o da respiração de ambos.

Álvaro, com sua alta estatura, se encostava ao batente da porta. Ao olhar para Dalila, parecia ter mil palavras a dizer, mas, ao mesmo tempo, nenhuma.

Seu olhar era sempre muito gentil, como um lago tranquilo na primavera.

Toda vez que Dalila encontrava aquele olhar, sentia que talvez ele também gostasse dela. Mas, sempre que uma única frase dele parecia esclarecer a relação entre os dois, ela voltava a acreditar que tudo não passava de imaginação sua.

O paletó já sujo de Álvaro pendia de seu braço. Ele endireitou o corpo, ergueu a mão e bagunçou de leve os cabelos de Dalila, com um sorriso nos lábios finos:

— Adivinha.

Dalila fez um biquinho:

— Você diz “adivinha”, como se eu fosse conseguir adivinhar.

Álvaro riu e acenou para ela com a mão:

— Se não quiser adivinhar, deixa pra lá. Vou embora. — Assim que terminou de falar, ele entrou di
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