Céu cinza, nenhum sinal do sol e chuva prestes a cair.
Típico clima de Riverwood que parece que agora passou para a cidade de Nova York nessa quarta feira, observo o campus um pouco vazio agora pelo término das aulas
E ando pelo campus acompanhada de Casey que sorri abertamente sempre para nós transmitindo sua empolgação contagiante e Sasha como sempre que não para de falar o caminho todo.
— Você está sendo chata novamente Alissa — Ele reclama pela milésima vez desde que recusei seu pedido.
— Eu não estou sendo chata — Explico sem muita emoção pela milésima vez também enquanto enfio as mãos geladas no bolso canguru do meu moletom azul
Gosto dele porque a cor transmite tranquilidade uma escolha de roupa que não foi muito difícil porquê ao menos essa semana foi normal não ter encontrei
O que você acha deste ?- Casey cola no corpo um vestido azul florido e balança ele lentamente para eu analisar. É a milésima vez que ela faz isso mas parece não se cansar. Levanto a cabeça para olhar e confirmo voltando para as páginas do livro que seguro em minhas mãos que por sinal está na melhor parte. - Não acredito. Você falou o mesmo dos últimos cinco! - Ela reclama jogando o vestido no sofá pequeno laranja e vem até mim me balançando pelo braço. - O que é isso ? - Riu confusa enquanto ela sacode meu corpo como se fosse um pobre saco de batata. - Uma tentativa de fazer você prestar atenção - Seus lábios se curvam num sorriso antes dela sentar no puff ao meu lado de barriga para cima Ela olha pensativa o teto pálido igual as paredes da sala e assume um semblante preocupado por final. - Essa é a primeira festa que convidam a gente. - Eu não vejo muita graça nisso !- suspiro - Acho que pessoas bebadas e todas s
Eu pensei que seria "a melhor noite da minha vida" segundo Casey mas acho que não devia ter confiado tanto assim em suas palavras. Olho através do vidro a casa grande que se aproxima cada vez mais e que foi radicalmente transformada em um... — Nem tenho nome para isso ! — Para de ser chata Alissa — Lá vem ele com a mesma frase me criticando como sempre — Vai ser legal já é uma sorte terem convidado a gente. — Sorte é eu ter vindo até esse lugar de loucos — retruco e suspiro ao ouvir a música alta ecoar de dentro da casa se espalhar pela vizinhança. Se isso fosse na minha antiga cidade com certeza a polícia já teria chegado enchendo a porrada e ia todo mundo preso. Com direito a notícia se espalhar por todo local possível e serem assunto do momento por toda vizinhança. Para ser delicada eu diria que em Riverwood todo mundo gosta de manter as coisas compartilhadas, mas agora voltando um pouco a realidade todo mundo naquela
Dylan ! Ele está em pé na entrada a minha frente, segurando numa mão o celular onde digita uma mensagem de texto apressado dando leve batidas na mesma tela Onde seus olhos estão fixos e que ilumina boa parte de seu rosto. E a chave do carro enroscada no seu dedo na outra mão. Fico paralisada! Simplesmente meu corpo se recusa a mexer-se. Seu cabelo castanho desgrenhado está perfeitamente bagunçado batendo de leve na testa como se ele tivesse acabado de sair de uma Revista teen e caído bem a minha frente. Mas é o sorriso irónico dele que chama minha atenção mais do que qualquer outra coisa. É assimétrico, charmoso e com um calor magnético, que faz meus olhos se recusarem a deixar de olhar para o mesmo. — Eu não esperava ver você aqui — Seu tom é sério mas com aquela pitada de ironia em suas palavras. — Acho que é melhor você sair da minha frente! — tento ao máximo não me atrapalhar mas palavras, mas acho que é desnecessár
Sim realmente isso tudo é minha culpa! — Você ficou doido Parker qual foi ? — Dylan avança nele e o pega pelo colarinho de sua camiseta polo branca já estava manchada pelo sangue que escorre de seu nariz. Seu olhar está fixo no garoto que em ponta dos pés por ser erguido pelo mesmo. Enquanto isso sua cabeça cai para trás acompanhando seu cabelo comprido enquanto ele solta grunhidos altos de dor e aflição. Mesmo com a pouca iluminação da sala, o ambiente um tanto embaciado e o monte de gente ali em volta empolgadas para saber o que vira em sequência. Seu rosto que reflete pura dor ainda está bem nítido, assustado, desesperado com o pânico claramente estampado. — Eu pensei que tinha ficado bem claro que não queria mais você espalhando essa merda que você consome Trevor! Dylan o aproximar mais e sua simples declaração que escapa de seus lábios não sai semelhante a simples palavras mas sim como um rosnado, um berro. Um berr
— Pronto, o estrago não foi muito grande só não te metas em confusão novamente. Olho para sua mão que repousa sobre meu joelho enquanto enrosco a mesma em uma ligadura já quase terminando meu curativo feito com muita cautela. — Já falamos sobre isso Alissa — Ele resmunga irritado — Regra número dois não me contrariar eu detesto isso. Olho para cima vendo o céu aberto sobre nós revelando as estrelas da quela noite agitada, eu estou nem aí e não dou a mínima importância se ele gosta ou não. — Se você acha que ser uma pessoa bonita e agressiva te torna mais atraente você está errado. Me levanto e olho para ele que continua sentado na cadeira reclinavel ao lado da que eu estava antes. — Então isso quer dizer que você me acha bonito ? — Seu maxilar fica firme e seu sorriso assimétrico se curva num tom malignamente irónico e bonito. — Não... — merda — espera quer dizer sim — dupla merda eu sou mesmo muito idiota — Si
Quais são as chances de você ir a uma festa de loucos, participar de uma briga por causa de uma bebida batizada, quase partir uma porta com um golpe que você aprendeu no Mortal kombat. O vídeo jogo que seu melhor amigo era viciado e escutar uma música e irritante no volume máximo por umas três horas seguidas. E no dia seguinte você poder acordar normalmente como se nada tivesse acontecido ? Talvez seja possível, mas no meu caso não é bem assim. Acordo com uma dor de cabeça terrível e meu corpo parece que foi pisado. Estou totalmente acabada! Olho para as paredes cremes desconhecidas e meu pequeno cérebro manda um pequeno aviso de que não fui para casa e sim estou na casa da Casey. Ótimo agora sim minha mãe vai em matar! Viro para o outro lado do pequeno quarto e vejo Casey dormindo com o pijama desajeitado e um pé quase para fora cama. Bocejo e alongo os braços com total preguiça, tentando lembrar o que tinha acontecido
— Chegou atrasada senhorita Beasley — os óculos finos do homem de meia Idade a minha frente vão um tanto para o lado quando ele faz uma careta de reprovação. — Eu... — Tento dar uma boa justificação mas infelizmente não encontro uma. Na verdade tem uma justificação para isso, mas acho que o professor Kingsley não iria querer saber de todos acontecimentos da noite passada. Realmente ele não iria querer saber! — Seja como for em quinze anos trabalhando aqui já ouvi muitas justificações e acredito que a sua não será uma novidade para mim. — Ele suspira e se senta na sua secretária de frente para mim. — Não voltará a acontecer —digo por fim, mas ele parece não acreditar muito, na verdade sua expressão é indecifrável. Ele se debruça na sua secretária e olha para mim por cima dos óculos — Espero — Ele diz num tom sério. — Espero mesmo senhorita Beasley. Fico tensa quando o vejo pegando sua mala preta por cima da sua secretári
— Quem está aí ? — E provavelmente meu fim também!— Melhor você sair agora! Engulo em seco e destranco a porta lentamente a porta mas antes que consiga a abrir por completo sou parada. — Mas antes espere por favor — A voz masculina diz apressada — Antes precisamos nos arrumar... Um suspiro alto de Poppy soa enquanto barulhos de botões sendo fechados se ouvem como, sapatos sendo calçados e fechos de sutiã e camisas sendo postas talvez. — Não vai demorar a gente já está finalizando — um barulho de zíper se ouve novamente — So mais um pouquinho e pronto já está. Em silêncio a porta que logo é aberta revela um garoto alto ofegante e desajeitado e Poppy por cima da pia perfeita. — A gente estava só... — O garoto de pele bronzeada tenta se justificar — Vendo se ninguém ficou preso por aqui É mesmo sério isso ? — Certo Poppy? — Claro que sim — Seu tom sai irónico olhando fixamente para mim — A gente faz isso sempre