CLARA ASSUNÇÃO
Já o presente de Daniel, por mais simples que fosse, foi algo bem difícil de conseguir.
Queria lhe dar algo que fosse muito especial, no entanto, nada do que encontrava me parecia significativo o suficiente.
Foi quando uma ideia maluca me passou pela cabeça e precisei desenvolver um plano mirabolante. Com a ajuda de Camila fiz uma grande pesquisa atrás de todos os vídeos que pudéssemos achar de sua mãe na internet. Encontramos algumas entrevistas antigas onde pude ver pela primeira vez como os dois eram mesmo bem parecidos, principalmente no jeito de olhar. Depois de reunir os arquivos, enviei para uma equipe de editores e pedi para que montassem algumas frases usando a voz de dona Tereza e o resultado ficou simplesmente inacreditável!
Todos riram ao me ver entregar um chaveiro retangular nas cores amarelo, vermelho e preto como presente para o grande senhor Daniel Alencar:
_ O que é isso coelhinha? Sei que gost
DANIEL ALENCAR Quando assinei o contrato com a adorável e atrevida senhorita Assunção, não poderia imaginar o destino ao qual aquele acordo me levaria. Eu era muito bom em prever as mudanças de mercado ou quedas na bolsa de valores, com uma pequena análise podia identificar se um investimento seria bom ou um completo desastre, mas não pude conjecturar o abalo sísmico que aquela funcionária com carinha anjo causaria em minha realidade. Não previ que Maria Clara me faria enxergar tantos erros, nem o quanto realmente me faria desejar ser uma pessoa melhor. Não achei que me apaixonaria e em hipótese alguma pensava em me render a qualquer sentimento. “Sentimentos são sinônimo de fraqueza.” O velho adorava repetir em toda vez que eu demonstrava qualquer comoção. Sabia que sentimentos podiam ser perigosos, mas não poderia imaginar que amar Maria Clara significaria meu fim. Ao menos foi o fim do homem que achei que queria ser até o dia em que a conhec
24 DE DEZEMBRO – 21:42h LUCAS AMIEL _ O cara tá todo fodido, relaxa gata! Agora é só assistir enquanto o filho da p**a definha. Tentava acalmar os ânimos da mulher que me trouxe um novo propósito anos atrás. Terminava de montar o kit para ir na merda de festa de natal que o idiota inventou para os amigos quando “A Bandida” ligou. O Alencar nunca deu moral pra essas boiolagens de fim de ano, mas desde que a ninfeta metida a menina super poderosa apareceu, o arrombado estava cada vez mais otário: _ Ele continua livre Amiel, e pior, a Lolita insuportável continua chupando o pau dele todos os dias, me parece que o maldito está curtindo umas belas férias, isso sim! _ a mulher continuava insatisfeita e reclamando como louca. Na época em que a conheci estava com minha moral em baixa por jamais conseguir superar o desgraçado em absolutamente nada na vida, quando decidi ajuda-la a acabar com a raça do Daniel fo
24 DE DEZEMBRO, 21:48h LUCAS AMIEL Depois que a garota começou a dar convulsão e todo mundo ficou sem saber o que fazer, porque a mina parecia que ia morrer ali, pedi ajuda a ele e foi o Alencar quem arrumou um capanga para leva-la pro hospital, foi num carro dele que a mina chegou lá. Mas na hora que o bicho pegou, o cara queria ver a gente se fodendo e só aceitou m****r nosso papo porque se não era caixão para a imagem do "prodígio dos negócios" também. Pra piorar, o arrombado chegou nos meus pais contando a versão dele de como aquela merda tinha acontecido e ainda dedurou as outras paradas que eu mexia. Tipo fazer a ponte entre os nossos amigos e os traficantes, mas eu também precisava ganhar a vida porra! Se não tinha saco pra estudar, nem talento para merda nenhuma, precisava me virar com o que tinha na mão. Foi por causa dele que meu pai me mandou pra Inglaterra com nada de grana no bolso. Sério! Fui com duas mil libras
24 DE DEZEMBRO, 21:50h LUCAS AMIEL Até a festa em Atibaia, ainda não tinha certeza sobre o quanto ele estava disposto a gastar para comer aquela mina, por isso precisei bolar um joguinho só para testar até onde ele iria pra salvar o lance com a novinha. Só não esperava que o cara fosse me entregar de bandeja o que estava esperando há anos no dia seguinte. Conheci Erica uns meses antes dela cair no radar do Daniel. Ela fazia bem o tipo dele, era marrentinha do jeito que gostava, tinha pose de patricinha e escondia muito bem as merdas que fazia por debaixo dos panos. Consegui infiltrar a mina na expectativa que conseguisse arrancar alguma coisa que me ajudasse a arrombar com o cu dele de uma vez, mas o lazarento nunca falou e a otária da Erica Bueno caiu literalmente de quatro pelo cara. Só que, como já tinha gravado vários takes com a mina antes de m****r fazer a linha com o cadelão e como ela mesma se enfiou no métier
24 DE DEZEMBRO 23:15h LUCAS AMIEL Quando cheguei na mansão o circo já estava armado e em pleno funcionamento. Primeiro tive que pagar de bom moço para os pais da Camilinha e, p**a que me pariu, que ranço ter que ficar fazendo pose para aqueles “classe média” do caralho, mas já que tinha comprado a treta de enrolar a garota, ia ter que segurar o rojão da família dela também. Depois de dar um oi pra todo mundo e dar um tempo com Camila pendurada no meu pescoço, chamei o Alencar para bater um papinho: _ E aí cuzão, como que tão as coisas com os meganhas? _ puxei a conversa. _ Tô na merda mesmo veado. Os caras vão me acusar e vou ter que enfrentar o processo todo, além de ter perdido a posição e a moral que tinha, acho que vou ter que passar um tempo confinado também. _ disse com a cara de cadela arrependida e eu adorei! _ E as investigações do atendado, eles já tem algum suspeito? _ sondei como quem não q
Estava mesmo começando a me preocupar. Meu tempo estava acabando e não encontrava outra saída cabível, a não ser ceder a vontade daqueles filhos da p**a. Alguns acionistas levantaram a hipótese de votar sobre minha permanência, ou não, na presidência dos negócios durante a próxima assembleia anual. Segundo aqueles bostas, se não parasse de causar "transtornos"_ como chamavam as festinhas particulares que costumava participar _ tentariam foder com a minha cadeira na liderança da Medeiros Alencar empreendimentos. Meu lugar seria ocupado por um daqueles sacos de banha, como se algum deles fosse minimamente qualificado para gerir o negócio da minha família com o mesmo êxito que vinha obtendo. Não iria tolerar ver a empresa que fui criado para liderar, sendo comandada por outras mãos além das minhas: _ Deveria ter dado ouvidos quando alertei a respeito dessa vida de "astro dos negócios" que insiste em ostentar, Daniel. _ disse Emílio, amigo da família há m
CLARA ASSUNÇÃO Era o primeiro dia em minha nova função como assistente da supervisão e pelo visto, não poderia ter começado de forma mais clichê! Dr. Henrique, gerente do setor comercial e meu superior direto, devia ter cerca de quarenta anos. Sua fisionomia era naturalmente carrancuda, mas naquela manhã o cidadão parecia ainda mais assustador quando o vi passando rumo ao seu escritório. Em minha nova função seria responsável por auxilia-lo a organizar sua agenda, manter os relatórios das operações atualizados e fazer o que fosse necessário para facilitar a vida do homem dentro da empresa. Era uma vaga cobiçada por se tratar de um cargo diretamente ligado a administração de todo o setor de atendimento, o que acabava abrindo portas para quem se destacava na função. Com um pouco mais de estudo e com muita dedicação, talvez em um ou dois anos poderia concorrer a algum cargo de supervisão, quem sabe um dia, até a gerencia de algum setor. Aquela oportunidad
CLARA ASSUNÇÃO O homem devia ter 1.90m, vestia um terno preto justo, fez um cumprimento rápido com a cabeça em direção ao o homem dos botões enquanto entrava e parou ao meu lado. Quando ascensorista perguntou o andar ele disse apenas "térreo", mas meu corpo inteiro estremeceu sob o som grave de sua voz. Quando o elevador começou a descer senti que os olhos do gigante se voltando em minha direção e o frio na barriga que me atingiu parecia querer congelar meus órgãos! O homem em questão era ninguém menos que Carlos Daniel Medeiros Alencar e era “só” a porra do presidente da multinacional em que trabalhava. Já não bastasse a pressão de dividir o elevador com o dono da porra toda, o cara parecia a personificação real de um deus grego antigo! Tinha os cabelos cuidadosamente penteados para trás em um tipo de topete estiloso, os olhos eram de um castanho muito claro e o maxilar quadrado estava coberto por uma barba serrada muito bem feita. Sabia que a