125 O ATENTADO

CLARA ASSUNÇÃO

Passavam das 23hrs quando aceitei resignada que a única coisa que poderia a fazer naquele momento era voltar para casa.

Haviam dezenas de policiais bloqueando a horda de jornalistas que se aglomeravam na saída da 78° DP e, quando notaram minha presença, a explosão de flashes me forçou a proteger os olhos com a mão.

Fomos escoltadas entre o mar de pessoas pelos seguranças da equipe pessoal de Daniel, quem me conduziu foi Navarro, o conhecia bem pois o chefe da segurança estava sempre em casa e acompanhava meu namorado em quase todo lugar que ia. Quando começamos a descer o senhor levemente grisalho jogou um casaco sobre minha cabeça para que escondesse o rosto e me senti como os criminosos que via nos noticiários. Enquanto o guarda-costas mantinha minha cabeça abaixada, podia ouvir as perguntas terríveis que os repórteres disparavam sem piedade ou respeito algum.

Queriam saber quanto recebia para ser a noiva do empresári

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