Hm, aposto que você estranhou o título desse capítulo… mas eu explico: o Caio que eu conheci no zoológico foi um dos grandes responsáveis pela pessoa em que eu me tornei. Claro que durante o colegial eu não tinha noção do que ia acontecer, então toda a atenção que ele me dava preenchia o escuro e frio vazio dentro de mim.
Tânia e Marisa nunca mais olharam na minha cara, mas agora eu não precisava me preocupar com elas. Eu não estava mais sozinha! Andava com Ruth, Jéssica, o “casalsinho vinte” Adriana e Bernardo… e com Caio.
Caio era lindo! Se não fosse o garoto mais lindo da escola, estava no “top 5”. Tenho certeza que eu causava muita inveja em algumas meninas. Todo dia Caio tinha uma surpresa pra mim. Um bilhete de um pedaço de folha de caderno dobrado em forma de coração, um chocolate, um pirulito, e me esperava sempre na porta da classe nos intervalos.
Por isso, nada mais normal o que Adriana tinha para me dizer:
— Tenho certeza que ele gosta de você.
— Ai, Drica! — Jéssica se opôs. — Claro que não, ele só está sendo gentil que ela não tem amigos.
— Claro que ela tem amigos. Eu, você, nós. — Ruth revirou os olhos, enquanto passava blush nas bochechas.
Procurei fingir que eu não estava ali escutando tudo ou que eu não me importava, mas meu estômago revirou de emoção e eu me senti muito feliz em pensar que Caio gostasse de mim, gostasse de verdade.
— E você vai ficar velha se continuar se maquiando até pra dormir. — Jéssica implicou com a mania de Ruth.
— Assim posso dormir mais meia hora antes de ter que ir pra escola, já fico pronta! — Ruth mostrou a língua entojada das implicâncias de Jéssica.
Estávamos em uma festa do pijama na casa da Drica. Só nós, as meninas. Passamos a tarde no shopping e agora estávamos ali.
— Tá, isso não importa. — Drica encerrou o assunto. Jéssica e Ruth estavam sempre trocando farpas, como se o jeito de uma incomodasse a outra. Parecia que as duas não se suportavam, aliás “parecia” não é a palavra correta, era exatamente o caso. — Eu acho que você devia ficar com ele, Leila.
— Acha? — eu fiquei branca e meu coração bateu à dois milhões por hora.
— Ai Drica, não fica pondo abobrinha na cabeça da Leila. — Jéssica foi contra. — Depois ela leva um fora, fica chateada e a culpa vai ser sua.
— Por que acha que ela vai levar um fora? — Ruth acabou sua maquiagem e prendeu seus cabelos loiros em um lenço para alisá-los até a hora do colégio.
— Não vai levar um fora. — Drica lançou um olhar de quem sabia alguma coisa. — Já tem uns dias que o Bernardo comentou que o Caio está afim de você.
— Sério? — não pude acreditar.
— Sério? — nem Jéssica.
Drica ajeitou o travesseiro que abraçava entre as pernas e comprimiu os ombros ao mesmo tempo que fazia que sim com a cabeça.
— A Leila é bonita e carne fresca no pedaço, com certa o Caio se animou. — Ruth deu sua opinião.
— Foi isso que o Bernardo falou. — Drica concordou.
— O Bernardo deve estar com ciúmes, sabe como ele é superprotetor em relação à Leila. — Jéssica soltou o veneno.
Jéssica tinha esse grande defeito: ficava apontando os defeitos de todo mundo, como se fosse melhor que todos nós juntos.
— Ai Jéssica. — Drica se doeu.
Eu sei que Drica e Bernardo tiveram algumas discussões no início de nossa amizade, ela tinha ciúmes de nossa amizade e talvez fosse por isso que ela quisesse tanto que eu ficasse com o Caio.
— Não é nada disso. — mais uma vez, Ruth se enfiou para opinar. — O Bernardo tem a Leila como uma prima ou uma irmã, ele meio que se sente responsável porque ela perdeu as amigas no zoológico.
Fazia sentido. O Bernardo vivia me perguntando da Tânia e da Marisa, até que eu contei toda a verdade. Daí para frente me ofereceu amizade, agindo sempre como o irmão mais velho que eu nunca tive.
— Tudo bem, eu fico com o Caio. — eu disse. As três viraram para mim surpresas… mas pense bem, era uma forma deu agradecer à Bernardo por sua amizade, pois dessa forma, Drica pararia de ter ciúmes.
— Que ótimo, vou mover os pauzinhos.
— Não acho boa ideia… — Jéssica se opôs.
— O que você acha boa ideia, Jé, você é um saco! — Ruth revirou os olhos.
Depois disso a noite foi regada à batatinha, doritos e muito refri, acompanhada de filmes românticos e discussões entre a Ruth e a Jéssica que culminaram em uma guerra de travesseiros. Foi divertido, como há muito tempo eu não me divertia.
Alguns dias depois a Drica me procurou para dizer que estava tudo armado para eu ficar com o Caio, que tinha conversado com ele e que iríamos todos em uma matinê. Eu fiquei meio sem graça de olhar para o Caio durante todo o resto da semana, mas finalmente chegou o sábado!
O Bernardo já tinha feito 18 e estava dirigindo, era o único da turma a ter carro, por isso, fomos todos com ele… como a Drica sempre demorava pra ficar pronta, ele passou na minha casa primeiro.
O rádio estava sintonizado em uma estação de rock e acho que ele tomou um susto quando me viu toda produzida, porque até engasgou. Assim que eu sentei no banco da frente, conferi se estava com a maquiagem borrada ou algo do tipo, encontrei uma manchinha de batom no dente e limpei.
— Uau, que produção pra sair da seca, ein. — Bernardo me alfinetou.
— Tá com ciúmes? — Virei-me para ele com um sorriso e lancei uma piscadinha. A essa altura eu já estava bem acostumada com o jeito do Bernardo, meio ácido querendo ser sincero demais e um pouco mimado (se as coisas não saíssem do jeito dele, ficava irritado e fechava a cara).
Ele abaixou um pouco o volume do rádio quando paramos em uma sinaleira de luz vermelha, mas depois aumentou de novo. Estava só mudando de assunto, tentando não se meter na minha vida… mas como todo irmão mais velho, não se aguentou.
— Tem certeza que você quer ficar com o Caio, Leila?
— Ele é bonito e legal… e seu amigo.
— Ele não é bem meu amigo. — Bernardo tamborilou os dedos no volante e acelerou no instante que a sinaleira abriu. — E sei lá, eu achava que você curtia uns carinhas mais… inteligentes.
Todo mundo sabe que Caio é tudo menos inteligente. É do tipo superficial, que liga mais para aparência, demora horas para se arrumar e sair de casa além de quase acampar dentro de uma academia. Mas eu nunca tinha visto ele fazer nada de errado e nem destratar ninguém.
— Eu curto, mas o Caio também não é nenhum burro…
— É, ele é bem esperto.
Notei que saiam faíscas da língua de Bernardo. Era quase como se ele estivesse odiando Caio naquele instante. Talvez ele soubesse de algo e quisesse me proteger, como sempre.
— Por quê? O Caio já fez algo que você desaprove?
— Algumas vezes… — ele falou, mas não olhou pra mim, virando a esquina. — Mas num geral, ele é mesmo um cara legal… e todas as meninas acham ele bonito.
— Acha que ele vai me tratar mal?
Ele demorou de novo para responder, como se pensasse bem no que estava prestes a dizer.
— Não sei… acho que ele vai te tratar bem…
— Então porque quer me convencer a não ficar com ele? — não entendi!
Ele olhou pra mim e pela cara que ele fez, tive certeza que ele tinha uma revelação bombástica para me fazer, como contar que o Caio e a Jéssica estavam se pegando e eu era só uma jogada para fazer ciúmes.
— Não! — ele fez, meio sem jeito e sem palavras. — Você fica com quem quiser é só que… é só que… você merece alguém melhor. É isso.
— Melhor? Mas você acabou de dizer que o Caio é legal! Você quer fazer sentido?
— Só estou tentando proteger você…
— Proteger? Do quê, Bernardo? Eu não tenho quinze anos, já sou grandinha, não vou fazer besteira. Ele não vai tirar minha virgindade, eu já transei com o meu ex, né!
— Quê, você vai dar pro Caio? — ele quase perdeu o controle da direção. Olhou para mim mais branco do que um fantasma. — Não, Leila, não faz isso.
Eu não pretendia chegar até aí com o Caio, mas o jeito de irmão mais velho do Bernardo estava me irritando! Meu sangue já tava em faíscas e ele ficava cheio de frescuras!
— Por que não, ele tem AIDS?
— Não, não tem…
— Então eu faço o que eu quiser, oras. — me aborreci.
— É, claro, faz o que você quiser. — Bernardo também se aborreceu.
Chegamos na casa da Drica e ele saiu do carro, levando o celular. Deixou a chave no contato e eu mudei a estação para uma que eu gostasse só para irritá-lo. Demorou um tempão dentro da casa da Drica e tive certeza que eles estavam transando.
Não é um saco quando seu amigo quer te dar lição de moral e faz exatamente o que ele não quer que você faça? É irritante.
Quando eles voltaram, tentaram disfarçar o que tinha rolado e a Drica nem me pediu para sentar em meu lugar. Fingi que não percebi nada e passei o resto da viagem olhando pela janela, respondendo perguntas bobas que a Drica resolveu me fazer. O Bernardo nem olhou na minha cara e concluí que ele estava aborrecido comigo.
A boate era enorme, linda, cheia de pessoas bonitas e ricas… e mais uma vez eu estava toda deslocada. Para piorar, o Caio não estava me dando atenção direito. Era até como se ele não quisesse ficar comigo, acredita que ele me cumprimentou com um beijo no rosto quando chegou? Mas como a Drica disse que ele só estava fazendo charme, eu relaxei.
A Ruth sempre adorou dançar e estava se acabando na pista dançando com um grupo desconhecido de garotos e garotas. Era até engraçado! Um rapaz se aproximou dela, muito bonito e ela acabou se enlaçando com ele aos beijos.
Notei que Bernardo e Drica estavam um pouco afastados. Não era comum vê-los separados, mas Drica falava com Jéssica algo que parecia ser um segredo, uma espécie de desabafo. Não quis atrapalhar e continuei no meu canto, encostada no bar… e o Bernardo ficou meio por ali, sem falar nada.
Então eu não aguentei:
— Você e a Drica brigaram?
— Pra variar.
Ué. Isso soou estranho aos meus ouvidos. A Drica vivia dizendo que eles não brigavam, que se davam bem, que se amavam e que depois da faculdade eles iam se casar. Dava até uma invejinha, já que eu tinha tudo isso antigamente e depois da mudança tudo se acabou. Era uma espécie de inveja branca, mas eu ficava sempre me comparando a ela… Drica era feliz e tinha tudo o que eu queria. E eu não!
— Mas o que aconteceu?
— Ela quer controlar a minha vida, dizer o que eu posso e o que eu não posso fazer. Isso não dá certo.
A acusação me pareceu séria, mas o Bernardo soou bem maduro quanto a sua decisão. Realmente, não dava certo… mas não conseguia imaginar na Drica falando essas coisas. E então eu lembrei que uma vez ela confidenciou que não queria que o Bernardo fizesse faculdade de Jornalismo e sim, Engenharia ou Medicina.
— Realmente. — concordei. Achava injusto que a Drica quisesse escolher a faculdade que o Bernado tinha que cursar, ela estava sendo egoísta. — Mas ela só deve estar pensando no seu bem… Jornalismo não dá tanto dinheiro, né?
— Quem se importa? Temos que fazer o que a gente gosta e não o que os outros acham que devemos fazer. A Drica quer controlar todo mundo… até você.
— Eu?
— É, como lance do Caio… não consigo pensar que você realmente queira ficar com ele. Você é uma garota tão romântica… catar um cara assim na balada não tem nada a ver com você e nem vai te levar a lugar nenhum.
Sabe, talvez o Bernardo tivesse razão, mas como soou de uma maneira que parecia uma crítica e uma ofensa, eu me aborreci mais uma vez.
— Ai, Bernardo, é impossível conversar com você quando você está de mau-humor.
Eu me afastei, largando minha bebida no bar e fui para o outro lado da boate, onde ficava um lounge com sofás. Me joguei em um e fiquei lá, como uma peça errada do quebra-cabeça; eu nunca me encaixei em lugar nenhum, por mais que eu tente.
Não demorou muito para o Bernardo reaparecer. Ele trazia um drink bonitinho nas mãos e me ofereceu como um pedido de desculpas.
— Desculpa, Leila…
O Bernardo tem dessas. Ele faz algo que te magoa e pede desculpas com um presente. Eu aceitei o drink e o pedido de desculpas. Mas só aceitei porque era daqueles drinks coloridos com uma frutinha presa no canudo!
Ele sentou do meu lado.
— Esse lance da Drica te empurrar pra cima do Caio me irrita. — ele confessou, aproximando-se para que eu pudesse escutá-lo.
— Por quê?
— Ela fica querendo controlar tudo, me irrita… não é nada com você. Estou perdoado?
— Está. — Eu disse. — Além do mais, não precisa se preocupar tanto com o lance do Caio, ele tá mais interessado em dançar com a Ruth.
— É, tem razão… — Bernardo suspirou. Esperou eu dar um gole no drink. — Tá bom?
— Tá sim. — Era um drink que eu nunca tinha tomado. — Como chama?
— Beijo na boca.
— Quer um pouco? — perguntei com um sorriso e o canudo entre meus dentes.
— Quero.
Soltei o canudo e ofereci o drink para ele, mas o Bernardo me deu um beijo na boca. Não sei o que deu em mim, em qualquer outro momento se uma situação assim acontecesse eu nunca aceitaria um beijo de um cara comprometido… mas o Bernardo me venceu. Eu soube no acelerar do meu coração, no gosto de sua língua, no calor de seus lábios macios… eu simplesmente não resisti. A gente se beijou pra valer, trocando saliva, se apertando um com o outro e eu até calor. Comecei a sentir falta de ar quando percebi o que eu estava fazendo naquele instante. Eu estava beijando o namorado da minha amiga e pior, estava gostando muito de fazer isso.
Mas durante aquele beijo/amasso, me toquei o que eu estava fazendo: me transformando em uma ladra de namorados, em uma daquelas meninas que todas nós odiamos… e eu não queria fazer isso. Tive certeza que só me entreguei daquela forma porque eu estava muito carente e atrás de qualquer cara que nutrisse o meu vazio… mas não queria que fosse daquele jeito… e por isso, afastei o Bernardo:
— Não, não… — e derramei o drink na minha roupa e na roupa dele, ao fazer isso.
Bernardo não quis me soltar. Seus braços já seguravam minhas costas e cintura, sua mão já tinha apalpado minha coxa e eu já tinha mordido seu pescoço, lambido sua orelha e encaixado meu quadril com o dele. Eu também não queria soltá-lo, mas me forcei ao máximo.
— Não! Me solta! — e pulei fora do sofá.
— Peraí, Leila! — ele tentou me chamar, mas eu corri.
Percebi que o Bernardo veio atrás de mim, mas eu não queria que ele me alcançasse. No meio do caminho da minha fuga até o toalete da boate, alguém segurou meu braço de forma pegajosa, deslizando as mãos do meu ombro ao pulso. Eu me virei pronta para brigar com o desconhecido, quando vi que era o Caio.
— Ei, eu estava te procurando. — ele lançou.
Ótimo, era a minha salvação.
— Eu também… — menti, mas ele nem ligaria. Deixei ele me confiscar para si e o agarrei para um beijo cinematográfico, buscando-o como um bombeiro busca uma mangueira para apagar o fogo… e no caso, era meu corpo que estava pegando fogo por causa do Bernardo.
Pelo canto dos olhos vi quando Bernardo parou no meio do caminho, balançou a cabeça, mexeu nos cabelos e rapidamente se afastou.
Naquela noite eu ainda o vi com a Drica entre beijos, mas me concentrei em dar atenção para Caio… embora a minha mente estivesse martelando aquele beijo que dei no Bernardo.
Agora que vocês sabem bem o tipo de garota que eu sou, posso falar do João para vocês. Pensando agora em toda a tragetória da minha vida, tenho que confessar: João foi meu décimo namorado. Ele era um cara legal, bonito, porém superficial; como todos os outros. Era apenas mais um desses rapazes que ligam mais para beleza do que para o conteúdo! Mas também pudera, ele tinha um corpo todo trabalhado no bronzeado, delicioso como um pão-de-mel… fora o seu beijo, que me tirava de órbita e melhor ainda, era super romântico! Não se apaixonar. Pontuar a performance de 0 a 5 Postar uma vez por semana, no mínimo Essas eram as 3 regras básicas do nosso 04 Fracasso número 1
“Ai, Leila, não acredito”, foi a frase que mais ouvi nas semanas que se seguiram ao meu fracasso número um. Foi como acumular fracassos. Eu fiquei esperando o Renato me ligar como toda adolescente fica esperando — grudada no celular, olhando de 5 em 5 minutos -, esperei domingo, segunda, terça… e ele ligou na quarta. A Ruth achava que eu devia transar com ele e me fez prometer que eu não ia deixar ele escapar, mas jantamos fora e o Renato me deixou em casa de novo. Sonhei com praia, eu estava me afogando e acordei no susto sentindo cheiro de café e ovos mexidos. Não, não, não, não! — repeti pra mim mesma mentalmente sem coragem de abrir os olhos e ver o que estava acontecendo diante de mim, na cozinha. Meu flat é pequeno, — não é meu de verdade, eu pago aluguel, — a cozinha se parece mais com um pequeno corredor com uma pia, fogão de quatro bocas, uma mini-geladeira e uma bancada de madeira que também pode ser usada de mesa, onde fica inclusive o sofá em que eu estava dormindo, de frente para a tevê recém-comprada e que eu ainda estava pagando06 Fabrício
Não se se fui muito cruel, mas acordo no meio da madrugada com a campainha tocando várias vezes. Sei que é o Fabrício querendo entrar. Eu troquei a fechadura e coloquei uma mala com todas as coisas que encontrei dele no corredor com um bilhete dizendo para ele não me procurar mais.Acho que sou covarde demais para terminar um namoro, tão convarde quanto muitos caras que já conheci e que ao invés de me dizerem que não me querem mais, simplesmente desapareceram sem dar mais notícia.
Vou separar os homens em mais dois tipos: os que se aproveitam de seu momento de fraqueza e os que te ajudam a superá-los. O Eduardo é do primeiro tipo, o famoso canalha. Mas não o culpe, eu já sabia o tipo de cara que ele era — ei, meu emprego depende de saber o tipo de cara que os homens são — quando aceitei sair com ele.O sinal? Eduardo me abordou bem quando estavam falando mal de mim na editora. Tenho certeza que ele é daqueles que adora dar em cima de mulher que acabou de levar o fora, que está carente e topa qualquer coisa
Com os olhos inchados escondidos por um par de óculos escuros na moda, entro na redação depois do meu vexaminoso feriado de carnaval! Tento passar desapercebida pela maioria das pessoas, vou driblando todos os meus conhecidos me escondendo em pilastras e esse tipo de coisa, mas ao entrar na sala da redação da revista, não tem muito o que fazer. Drica está em sua mesa, usando um terninho lindo que a deixa maravilhosamente sexy e com os cabelos presos e trançados, só esperando a hora deu aparecer para olhar com desdém para mim. Eu sei, minha roupa está horrível! Coloquei a primeira camisa q
Fabrício vem ao meu resgate. Ele equilibra o cigarro na boca e segura a caixa antes que eu possa derrubá-la no chão. Ele está de touca preta na cabeça, mas é possível ver as pontinhas de seu cabelo escuro saindo para fora dela; uma camiseta de banda, jaqueta cinza e calça jeans. Ele está sexy, como sempre, mas precisa fazer a barba urgente. Fabrício coloca a caixa em baixo do braço e puxa o cigarro da boca. — Eu estava esperando você. — Último capítulo