— Cala a boca, Juliana! — Resmungo e fecho o computador. — Preciso voltar para o Brasil agora!
— Pra pagar mico?
— Que mico?
— Você viu o mesmo vídeo que eu, ou simplesmente resolveu ignorar o fato de que sua namorada tava beijando outro cara? — Juliana coloca as duas mãos na cabeça com os dedos para cima imitando chifres. Isso me deixa irritado.
Ela é uma moça bem bonita, de cabelos curtos e lisos… magra, tão magra, que parece que passa fome, mas não tenho prazer nenhum em olhar aquela cena, ainda mais com ela insin
É quase duas e meia da manhã no Brasil quando Leila (finalmente) atende a minha ligação, do aeroporto de Cape Town (aqui são mais que seis horas da manhã).— Alô?— Leila?— Bê? Oi… nossa, são duas da manhã, aconteceu alguma coisa? — Ela reclama do horário, embora sua voz pareça ótima, como de quem ainda não foi dormir e está muito acordada.— Sim… — Procuro conter minha curiosidade e ciúme. Aposto que ela estava em algum lugar, um bar, a casa do Fabrício
Ponta do Ouro e Ponta Malongane me fazem esquecer totalmente do que eu deixei para trás no Brasil. Temos praias lindas, mas as localidades africanas são paraísos imaculados pela ganância humana (por enquanto).O hotel é construído em cascos de árvores que me lembram casas élficas dos livros de J.R.Tolkien, o mar límpido e azul rodeado por montanhas e recifes diversos. Aliás, são tantos passeios e explorações que os dias de trabalho passam voando.Conseguimos filmar muitas coisas e eu tive sorte de mergulhar em todas as vezes. Como a equipe de Ribas ficou desfalcada, cobri muitos buracos e com isso, cheguei à centímetros de Tubarões-Baleias gigantescos, tartarug
— Juliana! — Eu a seguro pelos braços, afastando-a de mim. Ela é louca?Estamos na estrada juntos há um mês e nessa ilha deserta as opções ficam bem escaças… e talvez essa atitude de agora explique porque ela não relatou ter se agarrado com nenhum pescador. Quer dizer, tanto tempo focada na carreira que com certeza está carente e confundiu minha oferta de coleguismo com alguma outra coisa… isso me deixa um pouco grilado, deve ter sido minha culpa, mas eu tenho namorada.— Eu sei que você no fundo, me quer. Eu vi você me olhando…Só consigo pensar que se eu olhei para ela n&ati
Fabrício riscou o fósforo e acendeu o cigarro, segurando-o entre os dedos. Enquanto tragou, ergueu os olhos na minha direção e jogou a caixa de fósforo do hotel 5 estrelas que ele está hospedado em cima de mim, fazendo um gol por entre meus braços. A caixa bateu entre meus seios fartos, pulando para fora do sutiã, antes de deslizar pela mesa do bar e encostar na base da minha taça de margarita.— Ui, Fabrício, hoje você está um tesãosinho. — Tive que provocar.— Estou, não estou? — O putinho me perguntou. Sua boca estava cheia de fumaça e suas sobrancelhas dançaram por cima de seus olhos cor de mel.—
— Ela disse para parar, cara você é surdo? — Meu salvador separa Felipe e Igor do meu corpo.Eu olho para ele por um breve momento, olhos azuis, cabelos loiros lisos que batem no ombro… uau, que gato! Ele está usando uma camiseta preta e jaqueta jeans, bem alinhada em seu corpo escultural. Sou empurrada para trás dele, protegida como um tesouro. Fico meio besta, porque ele me parece familiar de alguma forma… da onde conheço ele?— Não se mete, meu. — Igor empurra meu salvador no ombro com violência.— Sai daqui, meu! — Ele revida. Foi um orgasmo nível 3.25, acima da média mais nada demais. O problema é que ultimamente meus orgasmos não tem passado do nível 2 com qualquer homem com o qual me deito… e não, claro que 3.25 não me satisfaz, mas é o melhor que consigo no momento.Acordo de repente com um estalido seco e percebo que estou dormindo de conchinha com Mathias na cama do quarto do hotel. É uma sensação gostosa o calor de seus braços me envolvendo e como sua perna se encaixa na minha, mas provavelmente perdi a hora do serviço.Levanto da cama, procuro por roupas decentes para sair do hotel, mas não encontro. Coloco meus saltos e passo para a sala de estar, onde Fabrício e Cleber estExtra: Ruth #3 Manipuladores
Abri a porta na fúria e encarei bem Ruth, que vinha na maior cara lavada mais de quatro horas depois do combinado. Ela estava com os cabelos presos para cima em um rabo de cavalo, top de ginástica e legging verde com listras brancas, tênis, ipod pendurado no braço e sem maquiagem. — Ooooi! — Ela fala sorridente, com o sorriso mais dissimulado das prateleiras do mercado.— Não acha que tá um pouco atrasada? — Cruzo os braços. — Mas eu vim, não vim? — Ela me beija no rosto e entra.O apartamento est&
Lasgo estava berrando nos alto-falantes da pista de dança da casa noturna mais badalada e cara da cidade. Incrível como essa música parece transcender gerações na pista de dança e acho até que a minha avó já se sacudiu nesse som.Meus ouvidos estão meio surdos. Eu não escuto direito quando as pessoas falam comigo e parece que a música está lá longe. É tontura por causa do pileque que já tomei acrescido de beijos dados por Eduardo, tão fortes que perco o fôlego e sua