Depois do estranho momento que tive com Ingrid, passei um par de semana sem fazer nada durante o dia. Quer dizer, eu fiz sim. Orgias, festas, recebi colegas de profissão -variados-. Eu tava curtindo a minha vida de prostituto durante o dia.
No entanto, começou a levantar olhares dos vizinhos. Já era difícil acreditar que eu — por ser professor — tinha condições de bancar um apartamento daqueles, mesmo eu dizendo que eu dividia o lugar com outro cara, um cara que nunca aparecia. Então muitas queixas e denúncias começaram a serem feitas e a polícia passou a averiguar minha casa atrás de quantidades para atacado de narcóticos e armas. Bem, só fui notificado uma vez, eles acharam a minha heroína, mas foi uma quan
No dia seguinte continuava a chover, vi nos telejornais que a chuva continuaria pelos próximos dias. Estava caminhando pela casa pelado, eu estava decidido a tentar mais uma vez um emprego, quando o meu telefone recebe uma notificação. “Me encontre no Clemer às 11 h, URGENTE” Era Grasi. Estranho, pensei! Nem ela e nem Rick costumam me mandar mensagens durante o dia. Fiquei intrigado. Sai as dez para as oito de casa e fui em alguns lugares entregar meu curriculum. Num desses lugares a coordenadora havia sido minha cliente, ela ficou envergonhada ao me ver procurando emprego. Mas eu pouco me importei. Quer dizer, ali eu jamais conseguiria uma vaga. Já que ela sabia
Pela manhã, fui acordado com o telefone tocando. Era Grasi. Ela queria me lembrar de ir com trajes apropriados, pois seria uma inauguração do hotel do camarada que se chamava Enrico. A noite, peguei o meu melhor smoking, calcei o meu sapato preto de sola e bico fino que era preto como a minha meia social. Combinei o cinto com o sapato. Minhas abotoaduras jaguar dezoito quilates combinou com a minha camisa branca e meu anel. Suntuosidade, essa é a palavra da noite. —
Estava eu sentado de frente para aquele homem, ele puxou uma gaveta e retirou um charuto, cortou a borda e acendeu, tudo em silêncio. Eu não estava entendendo muito. Ele relaxou na cadeira e disse: — Sabe Sr. Ulisses, nós dois somos parecidos. Ele virou para o lado e soltou a fumaça. — O Sr. tem o que quer, a hora que quer, e é pago por isso. — Ele se levantou, abriu a persiana e mostrou do alto do prédio a cidad
Passei a madrugada inteira escrevendo, quando dei por mim já estava de manhã, eu havia escrito aproximadamente cento e cinquenta páginas de algo que eu nem sabia o que era. Precisava de um café. Assim que eu terminei de fazer, voltei a mesa e havia uma notificação no e-mail de Théo. Estranho! Pensei. “Olá Théo, <
Mais tarde naquela noite, eu não quis ir pra casa. Liguei pra Rick e ele estava saindo de um michê, o pedi pra me encontrar no Clemer. Estavam tocando um maldito brega, mas, pelo menos, estava servindo de inspiração para eu virar copos e mais copos de uísque, muita coisa me incomodava naquela noite. As ameaças de Enrico, a negação de Geovana e um sentimento estranho por Ingrid. Rick chegou no bar, se aproximou e estava com um cheiro absurdo de vagina.
Acordei cedo aquela manhã, fui até a casa do maldito e puto Marcel. Bati naquele velho e acabado portão de zinco. Ele me atendeu só de camiseta branca e short. Segurei firme no pescoço dele e o empurrei. — Você trabalha para o Enrico. Passou minhas informações pra ele. — Eu disse — Agora vai me dizer tudo sobre aquele cretino. Ele tentou reagir, eu cerrei o punho e o soquei com a mão esquerda e continuei a bater. — Chega, chega, chega…. — Ele disse — Eu falo.
Ela estava vestida com uma camisa branca e um macacão jeans, cabelos amarrados. — O que você está fazendo aqui?— Ela perguntou. — Pensei em trazer uma garrafa de vinho — Olhei pra garrafa e disse — Gran Corte 2012, não sei se é bom. Ela tomou a garrafa da minha mão. — Não acredito. — Ela disse — como você soube?
Ao acordar aquele dia, vi Ingrid olhando pra mim. Eu estava sem camisa e ela escorada no braço direito ao meu lado, passando levemente os dedos pelo meu tórax. Foi uma cena rara de se ver, eu sempre acordava primeiro que elas, sempre era eu quem ia e deixa apenas um bilhete. — Bom dia — Ela disse com um sorriso no rosto. — Bom dia! — Respondi procurando minha cigarreira. Ela se virou e debaixo do travesseiro dela, estava a minha cigarreira e o meu isqueiro. Ela tirou do