Ainda em junho de 2011
Era surreal o que Isabelle havia acabado de me apresentar, mulheres de todos os tipos, de todas as cores, de todos os tamanhos, com uma única coisa em comum: Elas eram muito novas e estavam completamente nuas.
— Essas garotas são de menor, não são?
— Não — Respondeu Isabelle — Elas tem exatamente dezoito anos, nem mais e nem menos.
Naquela manhã recebi a visita de Miguel, era cedo, mas eu já estava me aprontando para sair. Ele estava com trajes de exercício, tudo indicava que ele estava vindo de uma corrida matinal. Miguel estava com um tom calmo, diferente do habitual. Ele entrou, olhou os papéis que eu havia impresso durante a noite, foleou alguns e disse:— Parece que você está pegando algumas dicas do seu manual. — Eu não li. — Eu
Eu precisava estar elegante, precisava chamar atenção. Então coloquei o meu melhor smoking, o meu maravilhoso perfume e as minhas clássicas abotoaduras jaguar. Precisava me lubrificar antes de enfrentar o trânsito noturno daquela cidade. Então bebi umas duas ou três doses de uísque, fumei um cigarro e olhei no relógio do pulso, faltava vinte para as nove. Fui pro meu Audi e rasguei, a velocidade era uma metáfora para o entusiasmo que eu sentia. Cortava os outros carros, passava no sinal fechado. Eu estava muito empolgado a
Aquela noite, fui em direção a chuva e deixei Geovana sozinha por alguns instantes. Estava acompanhado de Johnny e os capangas de Enrico. Estava emanando uma raiva fora do comum, só de imaginar que ela foi agredida por ele, eu já cerrava os punhos.Fomos para o estacionamento, mandamos o manobrista avisar que o alarme do carro dele havia disparado. O manobrista não teve escolha, ora, quem teria com um cano de uma arma apontado para sua cabeça? Em poucos minutos ele desceu, lá estava eu fumando um cigarro escorado no capô do carro dele. —
Pela manhã liguei pra Anderson e pedi o número de Sara, liguei pra ela e marquei um encontro no banco. Era sábado não havia expediente, o banco era aberto apenas para saques e depósitos, mas a aquelas alturas o zelador já era meu amigo e me concedeu acesso as escadas, cansei, suei, mas consegui chegar no terraço, Sara já me esperava. Lá estava ela escorada na parede da borda enquanto fumava, diferente do habitual ela não estava com roupas cultas, estava de camiseta branca, com mangas curtas que mostrava a sua tatuagem de flor logo atrás do braço e calça jeans clara.
Aviltado: 1. Adjetivo Envilecido, desonrado.Era noite, até aquela hora havia fumado quase dois maços de cigarro. Não entendi por que me sentia tão pressionado, era só mais um serviço. Mais cedo havia dito a Johnny que eu completaria o serviço que Enrico havia mandado eu fazer. Então ele se prontificou de colocar uma fam
Era manhã de segunda, eu estava me aprontando para ir pegar minhas coisas no banco, me despedi de Anderson, de Sara e talvez ver Mariana pela última vez. O telefone fixo tocou, achei quem tinha o número do fixo era apenas pessoas relacionadas a Théo, além de Grasi e Rick. Mas aqueles dois não acordavam tão cedo em plena segunda, então só poderia ser alguém atrás do fracassado. Resolvi ignorar, mas ele continuava tocando. Decidi atender. — Senhor Théo, aqui é da clínica Saúde e Cia, liguei para lembrar com o Sr. da consulta as 10 h. — Durante a tarde fui no banco para pegar as coisas, procurei por Mariana em todos os andares. Mas ela não estava lá. Alberto disse que ela havia pedido demissão, tinha quinze dias de aviso prévio, e ela o pediu sigilo. Aquela louca estava falando sério. Eu pensei! Anderson foi até minha sala, ficamos ali conversando por algum tempo, engraçado! Eu estava me sentindo mal por deixar aquele pessoal. Meus momentos no terraço tabaqueando, as conversas com Anderson e Sara no café, tudo aquilo me faria falta. Eu poderia ficar se eu quisesse, mas ali não era pra mim. E eu expliquei isso a ele. Passei um par de semanas, fazendo apenas serviços de prostituto. Apesar de eu estar me sentindo incomodado em transar por dinheiro, eu era confortado pelas belas coxas de Isabel. Entretanto, eu não queria mais aquilo, eu queria uma vida digna. Distribuí então, currículos pelas escolas da cidade. No entanto, a minha reputação, como Ingrid havia dito uma vez, não durou para sempre. Ora, um escritor de um livro só, este era eu. Então pra contornar a balança, coloquei em meus currículos a minha verdadeira graduação, física. Talvez assim eu fosse chamado para trabalhar. Passei mais um par de sEu sou sim, menina
O sarau