Aviltado:
1. Adjetivo
Envilecido, desonrado.
Era noite, até aquela hora havia fumado quase dois maços de cigarro. Não entendi por que me sentia tão pressionado, era só mais um serviço. Mais cedo havia dito a Johnny que eu completaria o serviço que Enrico havia mandado eu fazer. Então ele se prontificou de colocar uma fam
Era manhã de segunda, eu estava me aprontando para ir pegar minhas coisas no banco, me despedi de Anderson, de Sara e talvez ver Mariana pela última vez. O telefone fixo tocou, achei quem tinha o número do fixo era apenas pessoas relacionadas a Théo, além de Grasi e Rick. Mas aqueles dois não acordavam tão cedo em plena segunda, então só poderia ser alguém atrás do fracassado. Resolvi ignorar, mas ele continuava tocando. Decidi atender. — Senhor Théo, aqui é da clínica Saúde e Cia, liguei para lembrar com o Sr. da consulta as 10 h. — Durante a tarde fui no banco para pegar as coisas, procurei por Mariana em todos os andares. Mas ela não estava lá. Alberto disse que ela havia pedido demissão, tinha quinze dias de aviso prévio, e ela o pediu sigilo. Aquela louca estava falando sério. Eu pensei! Anderson foi até minha sala, ficamos ali conversando por algum tempo, engraçado! Eu estava me sentindo mal por deixar aquele pessoal. Meus momentos no terraço tabaqueando, as conversas com Anderson e Sara no café, tudo aquilo me faria falta. Eu poderia ficar se eu quisesse, mas ali não era pra mim. E eu expliquei isso a ele. Passei um par de semanas, fazendo apenas serviços de prostituto. Apesar de eu estar me sentindo incomodado em transar por dinheiro, eu era confortado pelas belas coxas de Isabel. Entretanto, eu não queria mais aquilo, eu queria uma vida digna. Distribuí então, currículos pelas escolas da cidade. No entanto, a minha reputação, como Ingrid havia dito uma vez, não durou para sempre. Ora, um escritor de um livro só, este era eu. Então pra contornar a balança, coloquei em meus currículos a minha verdadeira graduação, física. Talvez assim eu fosse chamado para trabalhar. Passei mais um par de sEu sou sim, menina
O sarau
Ficamos ali três horas ou mais, ao sairmos demos um passeio pela avenida. Eu estava louco para convidar ela para ir para casa comigo. Mas estava inseguro, foi como Isabelle falou, em seu último relacionamento ela foi agredida. Eu precisava ir com calma, eu tinha que mostrar que eu era diferente, que nem todos eram iguais, então deixei a proposta se esvair da minha mente enquanto descíamos a rua. — Meu pai é gerente de um hotel, ele sempre quis trabalhar naquele lugar — Ela disse — Ele foi criado lá. — Ela gesticulou os braços e sorriu — Acredita que alguém possa ter crescido num hotel? Minha avó morreu cedo e meu avô era carregador lá. Então papai ficava brincando na piscina e com os hóspedes. Sempre disse pra
Naquela manhã fui até a casa daquele abutre do Marcel, eu queria saber onde que Enrico estava, ou melhor, onde ele morava. Marcel não teve escolha já que eu estava prestes a enforcar ele num mata leão. Ele me disse o endereço e perguntou o que eu planejava, fiquei em silêncio e peguei um pendrive que estava na mesa dele. — Ei cara, o que você quer com meu pendrive? — Ele perguntou se recompondo ao me ver saindo daquele casebre. Entrei no meu carro e fui até a mansão d
Eu e Geovana marcamos de almoçar juntos no nosso intervalo. Eu sai um pouco mais cedo, ela estava supervisionando uma obra e de lá nos encontraríamos. Fiquei ali naquele restaurante, escrevendo, eu estava colocando tudo o que eu me lembrava desde que passei a ser o Ulisses. Ao chegar, ela me deu um beijo, colocou a bolsa na cadeira ao lado e se sentou. — Não pediu ainda? — Eu estava esperando você — Acordei cedo aquela manhã com o barulho do telefone, olhei as chamadas e elas estavam variando entre Rick, Grasi e estranhamente Carol Raviolli. — Mas que merda aconteceu? Havia mais de trinta ligações. O telefone tocou novamente e eu atendi. Era Grasi. — Ulisses, me desculpa mas o cara me deu calote ontem, eu fiquei sem a comissão de Romário e ele tSexting
Eu e Geovana estávamos cada vez mais firmes, estávamos juntos a quase seis meses e ela praticamente morava lá em casa. Primeiro começou com a escova de dentes, depois alguns pares de roupas, em seguida objetos pessoais como cds e livros. Quando dei por mim, eu estava todos os dias dormindo e acordando ao lado de uma mulher espetacular, que me fazia rir e que me fazia bem todos os dias. Passamos o natal com a família dela, foi a experiência mais estranha que eu já tinha vivido. O pai dela era um homem quase na terceira idade, rosto enrugado, barba por fazer e tinha um mau hálito pra caramba