→11 anos antes.Álcool, cigarros de maconha e garotas com roupas vulgares.O que Bruce tinha na cabeça eu não sei, mas que o gramado de sua casa estava parecendo uma zona, disso eu não tinha dúvidas.Estavam comemorando mais uma vitória dos Wolves e mesmo assim meu melhor amigo aceitava que seus outros amigos usassem entorpecentes no jardim. Se o técnico apenas sonhasse com algo assim, eles todos estavam fodidos. Eu tentei dialogar e dizer que deveria fazer algo mais formal, só que ele não quis me ouvir.Encostei a cabeça na parede gelada da casa e continuei com meus olhos atentos em Travis, que a uns sete metros conversava com a garota nova que chegou no colégio. Bruce já havia feito amizade, lógico, e arrastou a menina para sua casa, incentivando Travis a ficar com ela, o que quase não era uma novidade pra mim. Sério, se eu pudesse surtar, estaria fazendo isso. Queria arrancar os cabelos cacheados bem definidos e dizer pra ela que se tocasse mais uma vez no peito de Travis enqua
Mais um empurrão e o abajur quase foi ao chão.— Puta merda, quer destruir toda a sua casa? — perguntei tentando evitar os beijos em minha boca, mas foi impossível que fugisse dele.Travis agarrou mais uma vez minhas coxas espalhadas sobre o móvel em seu quarto e apertou forte, me fazendo gemer quase que de forma sôfrega ainda o beijando. Não sabia que a mistura de tesão com dor ficava mais excitante, estava aprendendo aos poucos. Com certeza minha pele ficaria marcada, e eu estava gostando disso.— Você fica muito gostosa quando está bravinha, seu rosto muda, sabia? Dá ainda mais vontade de te foder.Merda. Senti seus beijos descendo para o meu pescoço e uma mão subiu para apertar o seio que ainda estava coberto pela blusa e o sutiã. A calcinha não tinha sido arrancada, mas eu queria muito que Travis não demorasse com isso. Já tinha tirado boa parte da roupa dele, o deixando só de cueca porque estava com uma preta que eu amava e o deixava sexy pra caralho, principalmente quando e
Desci da cama e coloquei minha calcinha, pronta para sair andando pela casa atrás da calça e dos tênis que ficaram espalhados. Não tinha mais a mínima vontade de olhar pra cara safada daquele idiota que gostava de me ver enciumada. Se eu fizesse algo parecido, ah nossa, ele ia querer socar a fuça de quem ousasse dar atenção para mim.Travis ainda rindo, agarrou minha cintura com os braços e me jogou de volta na cama, caindo em cima de mim, fazendo com que seu peso me mantivesse bem quietinha sob ele.Idiota. Mil vezes, idiota.— Para de ser boba, ela não falou nada demais, e mesmo que tivesse dito, eu não dei corda pra nada. Fui bem claro ao dizer que ela é muito legal mas que já tenho uma namorada e ela sim é a garota da minha vida, que não a trocaria por nada nesse mundo, nem mesmo pela Scarlett Johansson.Não fui capaz de me debater ou o empurrar. Poderia ser o mais clichê possível e ainda assim eu ficaria grudada nele. Não tinha forças para me afastar, e não ia ficar alimentand
“[...] Você me daria a mão para caminharmos juntos pelo passado?” →7 dias antes do grande dia.Por muito tempo achei que não sentiria de novo a sensação de estar junto à Travis, com os braços enroscados em seu corpo e o perigo correndo por todas as minhas veias, no entanto, ao estar na garupa da moto, agarrada ao medo e aos desejos, me vi como a garota de antigamente, que fugia para viver aquelas coisas gostosas.Fechei os olhos quando ele acelerou e cruzou a linha de chegada, mais uma vez, ganhando até na revanche que Bruce insistiu em ter. A ideia de ter suas respectivas parceiras junto à eles não pareceu tão confortável aos olhos do meu pai que ficou com receio de um acidente, mas nós, mulheres à procura de adrenalina, aceitamos prontamente.— Injusto, Travis. Você sai em vantagem com uma Diavel — protestou descendo da moto e tirando o capacete.Fiz o mesmo que meu melhor amigo, e vi Louise segurando um riso ao ver a frustração de seu noivo.— Não é minha culpa se sou melhor que
— Ponto para o time da noiva! — Papai anunciou, não contendo a felicidade, torcia mais para nós do que para o time de Bruce.Os homens reclamões protestaram ao ver que acertamos mais um dos alvos com os dardos. Não que eu fosse uma das responsáveis pela vitória porque minha mira e coordenação para essas coisas era horrível, mas ganhamos, e assim conseguimos o prêmio, que seria exclusividade na casa noturna que eles haviam escolhido para fazer a despedida de solteiro do noivo. Seria as duas, no mesmo lugar, mas não no mesmo ambiente, e nós como ganhadoras ficamos com a área vip da Diamond Rare. Seria perfeito.— Tem planos para hoje a noite? — sussurrou em meu ouvido, me pegando de surpresa.Olhei para Travis por cima do ombro e fiquei tentada a beijar sua boca que estava tão próxima. Poderia fazer isso, certo? Já que ele era meu marido, não tinha impedimento nenhum.— Acho que vou voltar com o meu pai e descansar para não faltar ao serviço amanhã. Por quê?— Vou visitar a minha mã
“[...] Eu só queria que estivesse disponível pra mim, como sempre estive para você.” →7 dias antes do grande dia.Porra. Como era possível?Fazia muito tempo que não pisava os pés em Vancocker, cidade onde nasci, cresci e vivi boa parte da minha infância e adolescência, mas os anos que passei longe não mudaram merda nenhuma. Tudo era igualzinho, desde a cor das casas mais bonitas, às poucas pessoas caminhando felizes pelas ruas cercadas de árvores, e principalmente, a nossa árvore ainda estava esplêndida e intacta no parque.Achei que aceitaria muito bem a visita até lá, mas não foi bem assim quando comecei a me lembrar de tudo que me esforcei para esquecer. Desde as coisas que vivi com Travis, com Bruce e com Arian, até as lembranças da mulher que eu não via e não conversava há muito tempo. Juntar isso ao fato de que estava acompanhando Travis para ver sua família dissimulada, me levou a revirar sentimentos adormecidos dentro de mim, e por um momento eu só quis correr de volta pa
Quando a porta de madeira pesada foi aberta, o sorriso presente no rosto da mulher apenas aumentou. Havia um brilho diferente nos olhos de Janet Turner, algo que eu nunca reparei nas poucas vezes em que esbarrava com ela na cozinha de sua casa pelas manhãs de domingo. Felicidade transbordava nela. Mesmo com a faixa amarrada na cabeça demonstrando os efeitos colaterais da quimioterapia, e a pele mais pálida que o normal, a mulher não aparentava estar abalada, e isso provavelmente se devia ao fato de ter seus filhos ao seu lado, bom, julguei ser isso.— Olá, crianças, boa noite — desejou me puxando para um abraço de surpresa.Fiquei um tanto sem reação, mas retribui o afeto lhe desejando o mesmo, que nossa noite fosse boa. Quando ela me soltou ainda sorrindo, agarrou o filho e se manteve um bom tempo grudada nele.— Mãe, por favor, você é magrinha mas está me sufocando — protestou rindo.— Tudo bem, tudo bem — Se afastou, ajeitando o vestido bonito de veludo que lhe caía muito bem. —
— Eu não nego que a Terena sempre me fez bem, mas agora por que não paramos de falar sobre a minha vida pessoal para falarmos sobre a falta de relacionamentos de Lancer Turner? — Desviou o foco, sabendo que eu não estava totalmente confortável.O filho mais velho riu, negando com a cabeça enquanto seus pais ficaram observando o modo como os dois se davam tão bem.— Eu não vou entrar nesse sentimentalismo todo não. Todos os presentes aqui sabem que eu já me apaixonei um dia e que isso foi o meu maior pecado. Não vamos voltar a falar sobre as merdas que eu fiz por amar demais alguém.Merdas feitas por amar demais. Eu entendia bem isso. Será que era uma das coisas que vinham junto com o amor? Fazer merdas era normal para os amantes?— Você era jovem e impulsivo. Ter errado antes não faz com que isso seja um legado. É possível que se apaixone de novo e não faça nenhuma besteira — falou o pai deles.Travis só balançou a cabeça em concordância, e Janet ficou quieta como eu, apenas escutan