CAPÍTULO 59 - Nem Sempre É Tão Ruim (Parte II)

Quando a porta de madeira pesada foi aberta, o sorriso presente no rosto da mulher apenas aumentou.

Havia um brilho diferente nos olhos de Janet Turner, algo que eu nunca reparei nas poucas vezes em que esbarrava com ela na cozinha de sua casa pelas manhãs de domingo. Felicidade transbordava nela.

Mesmo com a faixa amarrada na cabeça demonstrando os efeitos colaterais da quimioterapia, e a pele mais pálida que o normal, a mulher não aparentava estar abalada, e isso provavelmente se devia ao fato de ter seus filhos ao seu lado, bom, julguei ser isso.

— Olá, crianças, boa noite — desejou me puxando para um abraço de surpresa.

Fiquei um tanto sem reação, mas retribui o afeto lhe desejando o mesmo, que nossa noite fosse boa.

Quando ela me soltou ainda sorrindo, agarrou o filho e se manteve um bom tempo grudada nele.

— Mãe, por favor, você é magrinha mas está me sufocando — protestou rindo.

— Tudo bem, tudo bem — Se afastou, ajeitando o vestido bonito de veludo que lhe caía muito bem. —
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