RUBY PORTMAN A noite de sábado correu simplesmente de forma esplêndida, e eu não pude estar mais do que satisfeita.Edward, um galã como sempre foi, trouxe três singelos buquês de flores para cada uma das mulheres que estavam na casa, e mesmo Sophia não sendo grande fã desse tipo de presente, recebeu de bom grado, e além das flores, fui também presenteada com um maravilhoso perfume.Nada menos do que eu merecia depois de ficar seis meses sem ver o bendito homem.O momento do jantar foi impecável, o prato servido por Milena estava maravilhoso, como sempre, e a sobremesa trazida pelo amigo de Edward estava na mesma proporção do agradável. Já no final da noite, por volta das duas horas da manhã, eu e Edward, mesmo quase ressecados, fizemos uma ligação por vídeo para torturamos um pouco os nossos pais - já que há uma diferença de seis horas - para concluir então a nossa noite com chave de ouro.E embora domingo eu não tivesse acordada arrependida, mesmo a enxaqueca e o mal estar me faze
RUBY PORTMANRespiro o cheiro forte e maravilhoso de café assim que ele sai da cafeteira, bem fumegante; deposito o líquido em duas canecas brancas e levo para a sala. Harry ainda não havia descido, portanto, aproveitei para iniciar a organização de sua agenda, responder e verificar os e-mails em sua e em minha caixa postal também. E como uma boa assistente, encomendei o café da manhã — deixando em sua conta, é claro — para sairmos bem dispostos, já que faríamos uma viagem de quase seis horas para San Diego, e eu com certeza não estaria disposta a sair com o estômago vazio.E eu pedi um café da manhã inglês, já que por alguma razão me apetecia comer muito feijão, e a quantidade de alimentos que vem, poderia ser até considerado um brunch.Suponho que seja a minha TPM desequilibrada.Pouco depois de eu ajeitar a mesa para receber a comida, a campainha toca e eu vou logo atender, mas para a minha surpresa, perante a porta não se encontra o entregador e sim Luna Radcliffe, a irmã mais n
RUBY PORTMANDepois de seis longas horas de viagens, chegamos à Califórnia, pousando em um pequeno aeroporto em San Diego. Durante o trajeto, nem ousei tirar um cochilo, aproveitei para colocar todo o meu trabalho em dia e precisei manter o contacto constante com o Lorran Chevalier, o organizador do desfile de moda. Harry em momento algum adormeceu também, assim como eu, passou todo o tempo trabalhando, às vezes dividindo o tempo entre beber seu café e fixar seus olhos na tela do computador.Chegamos por volta das duas da tarde, e eu realmente precisava comer, correr o risco de esperar pelo jantar seria me convidar para o caixão, e ainda bem que eu havia tomado o café da manhã reforçado. Mas suponho que Harry estivesse pensando a mesma coisa que eu, pois, me notificou que iríamos seguir direto para um restaurante enquanto o motorista levaria as nossas coisas para sua casa.Graças a Deus.Harry saiu primeiro do avião e me auxiliou a descer as escadas, já que os meus saltos altos podem
RUBY PORTMANDesvio o olhar e me aquieto em minha cadeira, de modo que passo o meu olhar para o horizonte, especificamente no mar, tentando não me concentrar só nele.É estranho perceber que o homem exala uma magnitude incomparável, quase irresistível, só quase.Harry Radcliffe ainda é meu chefe e eu sou apenas a sua secretária, eu tenho um posto para manter. A música ainda chega aos meus ouvidos e tento prestar atenção a ela também, mesmo não sendo muito o meu estilo, ao menos, está baixa o suficiente para não incomodar quem comesse ao redor.— Você gosta muito do mar? — ele indagou de repente e eu concordo a cabeça em concordância. — Faz um tempo que não aproveito uma tarde na praia — admito, ele maneou a cabeça lentamente, me olhando de forma curiosa. — E San Diego é realmente uma tentação.— Se conseguir coordenar todo o evento, não me importo em a liberar antes de voltarmos a Nova Iorque para ter a sua tão vontade de apreciar a praia suprida — comentou.— Agradeço a tamanha bon
HARRY RADCLIFFEÀ espera da mortecomo um gatoque saltará sobre acamaSinto terrivelmente porminha esposaEla verá estecorpoduro ebrancoVai sacudi-lo uma vez, depoisquem sabeoutra:"Hank!"Hank nãoresponderá.Não é minha morte o queme preocupa, é minha mulherabandonada com estemonte denada.Querono entantoque ela saibaque todas as noitesdormindoao seu ladoQue mesmo as discussõesinúteissempre foramesplêndidasE que as palavrasdifíceisque sempre temidizerpodem agora serditas:Eu teamo.— Charles Bukowski. As folhas de uma árvore próxima caem sobre o chão de concreto, revestindo-o de folhagens verdes, mas logo elas são varridas pela brisa quente e um pouco úmida do local.Aprecio com preguiça o processo repetitivo enquanto solto as longas tragadas do cigarro, fazendo o fumo se desfazer no espaço gélido proporcionado pelo ar condicionado.Minha mente me prende em pensamentos das conversas da noite antes da minha chegada a San Diego, não me deixando descansar,
RUBY PORTMANA secretária do Sr. Chevalier pediu para que nos encontrássemos mais cedo, o que, obviamente, eu não recusei.Em parte porque não sei se seria muito correto recusar e outra porque queria me vingar um pouco do Harry, porque o que na verdade o que eu deveria ter feito era ligar para o meu superior, o informar da mudança de horário e o perguntar o que devo fazer a seguir, mas não fiz isso.Contudo, antes de sair, separei um belo terno e sapatos encontrado em seu enorme closet, embora Harry parece ser o tipo de pessoas extremamente organizada, tinha minhas certas dúvidas se ele havia de fato separado um terno para si, o que duvido.Ao menos, fui uma boa assistente...De repente, uma chuva torrencial começou a cair na noite, e eu agradeci fortemente que a minha vestimenta ainda estava adequada para o clima.Pedi um táxi, já que Gregory estava ausente e provavelmente não conseguiria me pegar a tempo, e levei um dos guarda-chuvas dispostos na entrada da porta.Pedi para que a go
RUBY PORTMANA volta à casa foi bastante rápida, para o meu total desgosto, e Harry não parecia nada disposto a conversar, portanto permaneci quieta durante todo o trajeto.A essa altura, apenas um chuvisco cai sobre o belíssimo carro, o antes ambiente trevoso e com gotículas pesadas que pareciam que iriam romper a estrutura de qualquer edificação, agora se tornaram apenas pequenas gotas de água.Seria tão bom se o humor de Harry se transformar-se na mesma coisa.Estacionamos na garagem repleta de mais dois carros desportivos e o Lexus que Gregory costuma a conduzir.Não espero Harry sair para me abrir a porta como costuma fazer, abro-a e dou rápidos passos para alcançar a porta de acesso ao hall de entrada, mas ele me impede.— Não tão rápido, Srta. Portman — sua voz grave ecoa por todo espaço fechado. — Dessa vez sua astucia não a protegerá.Merda —sussurro baixo e giro os calcanhares para o encarar.— Vamos para o meu escritório, imediatamente — ordena e passa por mim. Reviro os o
RUBY PORTMANAs portas metálicas abriram-se e um sorriso no meu rosto desabrochou assim que ouvi um resmungo, quase inaudível, que o meu chefe verbalizou.Para ser sincera, eu só soube que o Harry iria assinar pessoalmente o contrato com o seu "amado" cliente ao chegarmos na empresa, já que durante o jantar de ontem ele fez questão de enfatizar que isso não era possível.— Se assim o desejar, entretanto, devo avisar-lhe que não assinarei o contrato com a minha presença e sim com o meu representante — a resposta pareceu já não o ter agradado tanto, pois ele desfaz o belo sorriso e arqueia a sobrancelha, quase deixando transparecer o seu desagrado.— Eu supus que faria tudo com o senhor, afinal, não veio até San Diego por causa do meu convite? — perguntou com uma voz diferente.— Vim, mas devo recordar-lhe que sou um homem bastante ocupado, mas não se preocupe, ainda nos encontraremos no evento — Harry respondeu indiferente.— Eu estou apresentável para a reunião com o Sr. Chevalier, Sr