Já fazia uma semana que o Nando estava hospitalizado. Nos falávamos todos os dias por chamada de vídeo. Ele estava muito machucado, mas felizmente fora de perigo. O Junqueira continuava desaparecido.Os pais iriam embora no dia seguinte, ficariam apenas os pais do Nando e eu sentiria falta da casa cheia e todos os paparicos que eles me faziam, mas prometeram voltar em breve. Eu estava deitada na espreguiçadeira perto da piscina ao lado da minha mãe e o celular dela tocou. Ela atendeu brava e só disse não e desligou o telefone.- O que foi, mãe? Quem abalou a sua santa calma? – Perguntei de brincadeira.- Ninguém.- Mãe. – Chamei sua atenção. – O que está acontecendo?- Nada.Ficamos ali naquele embate até que o Alessandro e meu pai chegaram e ficaram curiosos. Então o Alessandro calmamente pediu a ela para dizer o que a aborrecia que seria melhor.- Está bem! Minha irmã não para de me atormentar pra falar com a Catarina. – Minha mãe finalmente falou e meu pai fechou a cara.- E o que
Depois que meus pais voltaram para Campanário eu disse ao Alessandro que queria visitar o Nando no hospital. Ele não gostou da idéia, dizendo eu tinha que manter repouso, mas eu disse que não faria esforço nenhum, já que tinha a cadeira para me movimentar. Alessandro me acompanhou e quando chegamos Nando estava com a mãe. Foi uma visita rápida, mas fiquei feliz em ver meu amigo.Aproveitei que já estava fora e convenci meu marido de que eu precisava ir ao shopping comprar algumas coisas que ainda faltavam para os nossos filhos. Ele não ficou feliz com isso, até porque não poderia me acompanhar, mas eu garanti que ficaria bem com os seguranças e que encontraria as garotas lá.- Por favor, amor, eu preciso sair um pouco, estou enlouquecendo ficando em casa o tempo inteiro sem fazer nada. – Pedi fazendo um biquinho.- Está bem, meu anjo. Mas não demore muito. Tenha cuidado e não se afaste dos seguranças. – Alessandro sabia ser mandão quando queria.Encontrei minhas amigas no shopping e
“Junqueira”Está sendo muito desagradável ter que ficar escondido aqui nesse apartamentinho chechelento, mas desde que encontraram o meu apart eu tive que apelar para aquele idiota que está espionando a empresa e estou bastante dependente dele, já que não posso andar livremente por aí.Ele acabou me arrumando esse apartamentinho de quinta, que fica bem longe da empresa, mas tem servido bem para me esconder.Pelo menos hoje eu me diverti assustando aquela idiota da Catarina. Ah, como me diverti andando atrás dela como se fosse um fantasma, ela estava bem nervosa. Foi muito boa a idéia daquele palerma de colocar um programinha espião nos celulares e computadores da empresa, assim, tudo o que eu tenho que fazer é me sentar e observar na tela do computador onde os meus fantoches estão e aí eu decido o que fazer. O chato é que a Catarina não está saindo de casa, também grávida de quatro, já está parecendo que tem uma bola enorme na barriga.- Malvadeza, trouxe seu almoço. – Kauã entrou fal
Depois do incidente no shopping eu não saí mais de casa, também estava engordando muito com a gestação e me sentindo cada vez mais cansada. A gravidez estava sendo bem difícil e eu estava cansada o tempo todo.Decidimos tirar o Pedro da creche até que tudo se resolvesse, achamos melhor não facilitar para o Junqueira. Tivemos medo que ele conseguisse driblar a segurança.O Nando saiu do hospital e fez a reabilitação na nossa casa, mas já havia se recuperado sem nenhuma seqüela e voltou a sua rotina, mas com muito mais cuidado agora.Estávamos todos tensos e alertas, mas o Junqueira desapareceu depois do incidente no shopping. Todos os dispositivos da empresa foram verificados e foram encontrados programas espiões em vários celulares e computadores. Mas ainda não tinham descoberto quem era o informante. Agora o Marcos Paulo era o chefe do departamento de tecnologia e verificava tudo o que era feito lá.Alessandro e eu estávamos nos arrumando para ir para o hospital. O Dr. Molina achou p
“Delegado Flávio Moreno”Quando decidi passar pelo hospital hoje para ver as crianças não imaginei que encontraria o caos. Eu tinha feito uma diligência ali perto, estava na viatura com três policiais e disse que gostaria de aproveitar e passar para ver meus amigos e os bebês. A policial Renata estava dirigindo a viatura e se animou, queria conhecer os quadrigêmeos. Logo todos também queriam conhecer os bebês. Estávamos correndo atrás do Junqueira há algum tempo, minha equipe estava muito empenhada nisso, e em um momento ou outro, todos eles já haviam conhecido o Alessandro e a Catarina.Renata insistiu em passar na loja de presentes e comprar chocolates para a Catarina e bichinhos de pelúcia, logo todos já estavam dividindo a conta na lojinha, compramos balões metalizados, chocolates e pelúcias. Logo estávamos em frente ao vidro do berçário olhando aqueles pequeninos dormindo. Achei estranho logo que cheguei e só tinha três bebês no berçário. Dei uma olhadinha rápida e perguntei ao s
“Delegado Flávio Moreno”Estava ali no primeiro andar olhando de um lado para o outro. Vi, pelo canto do olho, uma mulher entrar no banheiro feminino, não vi de onde ela saiu. Eu estava tão estressado que agi por instinto, chamei a policial Renata que me acompanhava e pedi para ir ao banheiro e verificar a mulher. Fiquei na porta. Ouvi um estrondo e entrei a tempo de ver a policial sentada sobre a mulher no chão a algemando.- Delegado, é a mulher do vídeo de segurança. – Renata falou puxando a mulher para ficar de pé. – Está sem o uniforme e o jaleco de enfermeira, mas é ela.- Eu não sei do que essa louca está falando! – A mulher gritou.- Ah, mas vai se lembrar! – A encostei contra a parede e coloquei minha arma na cabeça dela. – Sabe o que vai acontecer, você vai me dizer onde está o bebê que você seqüestrou e vai me dizer agora, se não, eu vou decorar as paredes desse banheiro com o seu cérebro e dizer que você atacou uma policial. Então, vagabunda, cadê o bebê.A mulher tremeu d
“Junqueira”Eu estava sentado planejando qual seria o meu próximo passo quando estivesse com o rebento Mellendez nas mãos. Eu estava muito animado! Mas aí ouvi a porta abrir e fechar depressa e aquele mentecapto do Kauã entrou afobado.- Malvadeza, fudeu geral! – Kauã estava apavorado.- O que foi, porra? Qual a merda que vocês fizeram agora? – Levantei de um pulo da poltrona. – Cadê aquela sua amiguinha com o bebê?- Então, Malvadeza, o lance flopou! – Kauã me olhava agoniado.- Hein?! – perguntei sem entender.- É, Malvadeza, deu zika, melou, deu ruim, deu errado, não deu certo, carai! – Meu senhor o vocabulário do Kauã era um atentado a língua portuguesa!- O quê exatamente deu errado, seu imprestável? – Falei enquanto caminhava em sua direção.- Assim, a Elisa pegou o chorãozinho. Aí veio um segurança atrás dela e eu acertei a cabeça dele com um pedaço de madeira. Aí a gente se separou, porque a Elisa achou que ia chamar menos atenção. Aí nenhuma porta do hospital abria e começara
Já tinha uma semana que eu estava em casa com meus bebês, depois de tudo o que aconteceu no hospital eu fiquei com medo de sair com eles, então o Dr. Molina passava em casa todos os dias para vê-los. Eles estavam bem e se desenvolviam normalmente.Alessandro contratou duas babás indicadas pela Lygia para nos ajudar. Meus pais já tinham voltado para Campanário e nós estávamos estabelecendo uma rotina. O Pedro era só alegria e amor com os irmãozinhos e todas as noites nossos amigos vinham para o jantar e ficar com os afilhados.- Olha só, eu acho um absurdo que vocês já tenham escolhido o Flávio para ser padrinho do Santiago. E nós aqui ainda estamos no suspense. – Patrício reclamou.- Não sei do que você está reclamando, Patrício. Pelo menos você vai ter um. E eu? – Melissa continuava fazendo drama.- Ô, minha psicopata preferida, você já tem o Pedro! – Alessandro a lembrou.- Eu sei, palhaço! E eu amo muito meu pequeno! – Melissa estava com o Pedro no colo e o encheu de beijos o fazen