Depois do incidente no shopping eu não saí mais de casa, também estava engordando muito com a gestação e me sentindo cada vez mais cansada. A gravidez estava sendo bem difícil e eu estava cansada o tempo todo.Decidimos tirar o Pedro da creche até que tudo se resolvesse, achamos melhor não facilitar para o Junqueira. Tivemos medo que ele conseguisse driblar a segurança.O Nando saiu do hospital e fez a reabilitação na nossa casa, mas já havia se recuperado sem nenhuma seqüela e voltou a sua rotina, mas com muito mais cuidado agora.Estávamos todos tensos e alertas, mas o Junqueira desapareceu depois do incidente no shopping. Todos os dispositivos da empresa foram verificados e foram encontrados programas espiões em vários celulares e computadores. Mas ainda não tinham descoberto quem era o informante. Agora o Marcos Paulo era o chefe do departamento de tecnologia e verificava tudo o que era feito lá.Alessandro e eu estávamos nos arrumando para ir para o hospital. O Dr. Molina achou p
“Delegado Flávio Moreno”Quando decidi passar pelo hospital hoje para ver as crianças não imaginei que encontraria o caos. Eu tinha feito uma diligência ali perto, estava na viatura com três policiais e disse que gostaria de aproveitar e passar para ver meus amigos e os bebês. A policial Renata estava dirigindo a viatura e se animou, queria conhecer os quadrigêmeos. Logo todos também queriam conhecer os bebês. Estávamos correndo atrás do Junqueira há algum tempo, minha equipe estava muito empenhada nisso, e em um momento ou outro, todos eles já haviam conhecido o Alessandro e a Catarina.Renata insistiu em passar na loja de presentes e comprar chocolates para a Catarina e bichinhos de pelúcia, logo todos já estavam dividindo a conta na lojinha, compramos balões metalizados, chocolates e pelúcias. Logo estávamos em frente ao vidro do berçário olhando aqueles pequeninos dormindo. Achei estranho logo que cheguei e só tinha três bebês no berçário. Dei uma olhadinha rápida e perguntei ao s
“Delegado Flávio Moreno”Estava ali no primeiro andar olhando de um lado para o outro. Vi, pelo canto do olho, uma mulher entrar no banheiro feminino, não vi de onde ela saiu. Eu estava tão estressado que agi por instinto, chamei a policial Renata que me acompanhava e pedi para ir ao banheiro e verificar a mulher. Fiquei na porta. Ouvi um estrondo e entrei a tempo de ver a policial sentada sobre a mulher no chão a algemando.- Delegado, é a mulher do vídeo de segurança. – Renata falou puxando a mulher para ficar de pé. – Está sem o uniforme e o jaleco de enfermeira, mas é ela.- Eu não sei do que essa louca está falando! – A mulher gritou.- Ah, mas vai se lembrar! – A encostei contra a parede e coloquei minha arma na cabeça dela. – Sabe o que vai acontecer, você vai me dizer onde está o bebê que você seqüestrou e vai me dizer agora, se não, eu vou decorar as paredes desse banheiro com o seu cérebro e dizer que você atacou uma policial. Então, vagabunda, cadê o bebê.A mulher tremeu d
“Junqueira”Eu estava sentado planejando qual seria o meu próximo passo quando estivesse com o rebento Mellendez nas mãos. Eu estava muito animado! Mas aí ouvi a porta abrir e fechar depressa e aquele mentecapto do Kauã entrou afobado.- Malvadeza, fudeu geral! – Kauã estava apavorado.- O que foi, porra? Qual a merda que vocês fizeram agora? – Levantei de um pulo da poltrona. – Cadê aquela sua amiguinha com o bebê?- Então, Malvadeza, o lance flopou! – Kauã me olhava agoniado.- Hein?! – perguntei sem entender.- É, Malvadeza, deu zika, melou, deu ruim, deu errado, não deu certo, carai! – Meu senhor o vocabulário do Kauã era um atentado a língua portuguesa!- O quê exatamente deu errado, seu imprestável? – Falei enquanto caminhava em sua direção.- Assim, a Elisa pegou o chorãozinho. Aí veio um segurança atrás dela e eu acertei a cabeça dele com um pedaço de madeira. Aí a gente se separou, porque a Elisa achou que ia chamar menos atenção. Aí nenhuma porta do hospital abria e começara
Já tinha uma semana que eu estava em casa com meus bebês, depois de tudo o que aconteceu no hospital eu fiquei com medo de sair com eles, então o Dr. Molina passava em casa todos os dias para vê-los. Eles estavam bem e se desenvolviam normalmente.Alessandro contratou duas babás indicadas pela Lygia para nos ajudar. Meus pais já tinham voltado para Campanário e nós estávamos estabelecendo uma rotina. O Pedro era só alegria e amor com os irmãozinhos e todas as noites nossos amigos vinham para o jantar e ficar com os afilhados.- Olha só, eu acho um absurdo que vocês já tenham escolhido o Flávio para ser padrinho do Santiago. E nós aqui ainda estamos no suspense. – Patrício reclamou.- Não sei do que você está reclamando, Patrício. Pelo menos você vai ter um. E eu? – Melissa continuava fazendo drama.- Ô, minha psicopata preferida, você já tem o Pedro! – Alessandro a lembrou.- Eu sei, palhaço! E eu amo muito meu pequeno! – Melissa estava com o Pedro no colo e o encheu de beijos o fazen
- Catarina, você não pode me dizer não! Já comprei os convites, as máscaras e já até convenci seus pais de que é um evento importantíssimo para o seu futuro profissional. Essa festa vai ser incrível e você não vai perder! Ah, vai, Cat, você não pode dizer que não vai! – Melissa, minha melhor amiga falava e me olhava com os olhos de um cachorrinho abandonado e juntando as mãos como se suplicando. Não pude deixar de rir.Eu estava sentada em minha mesa no trabalho, no meio da tarde de uma segunda-feira, entre anotar recados e fazer ligações, e a Mel apareceu com café, bolinhos de chocolate e essa insistência para eu aceitar ir com ela e o namorado no baile de máscaras que acontecia anualmente e era o maior evento em nossa cidade. Ela sempre vinha com café e bolinhos de chocolate quando precisava me convencer de algo.Campanário é uma cidade do interior, mas não é tão pequena, é conhecida pelo desenvolvimento do agronegócio e pelos ipês que adornam toda a cidade e quando florescem a tran
Quando chegamos ao salão de festas o local já estava lotado e a música alta se ouvia da rua. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido:- A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! – eu ri muito. Ela sabe que eu não costumo beber e tenho pouquíssima tolerância ao álcool, mas eu também sei que ela não desiste e não me preocupei, já que o Fernando não bebe e nos levaria pra casa depois. A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma, pegando um refrigerante para ele mesmo. Procuramos uma mesa e nos sentamos para observar a pista de dança. Os garçons estavam sempre passando e nossos copos eram trocados logo que esvaziavam. Eu já estava me sentindo meio zonza e chamei meus amigos para irmos até a mesa do buffet comer algo. Mas a Mel me convenceu a ir pra pista de dança primeiro e lá fomos nós.Danç
Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesa