“Patrício”Eu não queria sair daquela cama essa manhã, a Lisandra parecia insaciável! Mas era segunda feira e o trabalho estava esperando por nós. Ela esteve especialmente atrevida essa manhã, a forma como lidou com o irmão, a forma como ela me tocou e me mostrou mesmo o paraíso, foi tudo como se ela estivesse dando uma apimentada nas coisas. Eu gostava de vê-la confiante e dona da situação, assumindo o controle e me fazendo dela, fazendo de mim o que bem queria.Mas então uma coisa estava martelando em minha cabeça, o jeito como ela me olhou nos olhos, como se procurasse respostas e depois a forma como ela disse que talvez o feitiço dela estivesse mesmo funcionando, com tanta segurança, como se tivesse certeza sobre coisas que nem eu sabia, sobre os sentimentos que eu não entendia em mim.- Meu doce, vamos almoçar com nossas famílias hoje? – Perguntei quando entramos no elevador do escritório.- Acho que precisamos. – Ela suspirou.- Se você não quiser ir lá em casa, eu posso marcar
“Patrício”Talvez a minha pergunta tenha pegado os meus amigos de surpresa ou talvez eu fosse um idiota que não soubesse diferenciar amor de atração. Mas eu precisava saber como ter certeza, como eu saberia que era ela a mulher certa, aquela com quem eu iria querer passar o resto da vida, a que faria o meu estômago gelar e por quem eu ficaria ansioso, a que seria a dona dos meus olhos e do meu coração?- Eu acho que eu não entendi! – O Rick me olhava como se eu falasse em outro idioma.- Por que da pergunta, Patrício? O que aconteceu? – Alessandro me perguntou.- Aconteceu tudo e não aconteceu nada. – Se eu estava confuso, imagina eles. – Eu sinto que eu quero ficar com ela e quando ela está longe eu morro de saudade. Eu estou muito encantado por ela, mas é totalmente diferente daquilo que eu senti pela Virgínia. Até o sexo com ela é diferente, me faz sentir coisas diferentes.- Calma, Patrício! Organize as idéias, meu irmão! – Alessandro tinha um sorrisinho no rosto. – Eu descobri qu
“Lisandra”O Patrício me cercou de cuidados durante o tempo em que estivemos na casa dele. Quer dizer, ele era sempre cuidadoso, mas ele tinha sido especialmente atencioso durante o almoço. Eu percebi que o fato de eu não estar confortável na casa dele o incomodava. De volta ao escritório, ele me puxou para a sua sala e trancou a porta, me encarando muito sério.- Eu preciso de um beijo, meu doce, acho que estou em uma grave crise de abstinência pela falta dos seus beijos. – Ele fez drama e eu comecei a rir.- E como seria essa crise de abstinência? – Eu perguntei ainda rindo.- Palpitação, falta de ar e uma grande coceira nas mãos. – Ele falou como se estivesse sofrendo.- Coceira nas mãos? – Esse sintoma era estranho.- Sim, minhas mãos coçam de vontade de tocar em você! – Ele sorriu e eu gargalhei. Ele era divertido e manhoso, gostava de carinho e de ser mimado e eu estava mais do que disposta a dar muito carinho e mimá-lo, queria deixá-lo ainda mais manhoso.- Cariño, mas você não
Cheguei em casa depois de um dia puxado e meus pais estavam me esperando na sala. - Catarina, senta aí que precisamos conversar. – Meu pai falou e parecia bem nervoso. - Pode falar, pai, o que aconteceu? – Perguntei ao meu pai cansada, eu tinha trabalhado o dia todo, ido pra faculdade à noite e, ao chegar em casa, a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama. Mas não foi possível. - Catarina, chegou o convite de casamento da sua prima. – Minha mãe falou. - Aquela mulherzinha não é minha prima! – Falei já ficando nervosa. - Catarina, ela é a sua prima. – Minha mãe falou. – É melhor você parar com esse ataque de infantilidade. A Melissa já bateu nela e fez um escândalo aqui em casa. Agora chega! Ela é filha da minha irmã, portanto é sua prima. - Me desculpa, mãe, mas ela não é nada pra mim. – Tentei manter a calma. – Ela ficou com o meu namorado na minha cama, isso não é coisa que se faça. Eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro namorado, e o en
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido: - A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma. Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca: - A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai? - E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aque
Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesa
Quando eu me formei, Pedro já estava com dois anos. A essa altura ele já andava para todos os lados, sempre agarrado na vovó, que foi a primeira palavrinha que ele disse. Era um menino lindo, cabelinhos pretos bem lisinhos, pele clara, um nariz arrebitadinho e aqueles enormes olhos violeta que me faziam suspirar. Ele era o meu sol! E agora eu teria mais tempo pra ele.Após a formatura meu chefe me chamou para conversar, ele era um ótimo chefe, disse que estava muito feliz comigo na empresa, mas sabia que eu merecia chegar muito longe, então eu deveria procurar emprego na minha área, que ele compreenderia. Garantiu que meu emprego na construtora seria meu enquanto eu quisesse e que se eu saísse e não desse certo eu teria para onde voltar. Mas que eu deveria buscar algo na minha área de formação, para dar um futuro muito melhor para o meu filho. Eu fiquei muito emocionada com isso e aceitei o seu bom conselho.Contei pra Melissa e ela logo me disse que ia falar com o pai dela para que e
Me apresentei na empresa às oito da manhã. Fui muito bem recebida pela Sra. Mariana, que me apresentou todo mundo e todos foram gentis. O chefe não estava lá, estava viajando e chegaria no final da semana. O escritório era lindo, muito moderno, todo decorado em branco, aço inox e detalhes verdes, muito profissional e acolhedor ao mesmo tempo. Era elegante e eu gostei muito. Fiquei particularmente feliz por ter escolhido vestir um terno preto, com uma blusa de cetim verde escuro por baixo e saltos pretos. Eu deveria estar elegante todos os dias agora, afinal ia trabalhar direto com o presidente da empresa.No meio da manhã recebi uma mensagem da Mel dizendo que conseguiu marcar com a diretora da creche próxima ao nosso apartamento para a hora do almoço. Expliquei a situação a Sra. Mariana e perguntei se seria possível me liberar no horário, mas que eu estaria de volta a tempo.- Então você tem um filho. Qual a idade dele? – ela me perguntou com um sorriso.- Ele tem dois anos. É um gar