“Lisandra”Acordei com o sol entrando pela janela. Um pouco confusa pelo sono, eu não me lembrava de ter ido para o quarto na noite anterior. Pisquei para me adaptar a luz e senti os músculos firmes do abdômen do Patrício sob a minha mão. Minha cabeça estava em seu peito e eu me virei para colar minha boca em sua pele, aspirando o seu cheiro delicioso e senti sua mão se mover em meu corpo.- Bom dia, meu doce! – Ele se mexeu, me puxando para ficar cara a cara com ele e me beijou. Como eu senti falta disso, de acordar ao lado dele e receber esse carinho pela manhã.- Eu não queria te acordar. – Passei a mão pelo seu rosto.- Eu já estava acordado. Eu estou tão feliz que eu fiquei com medo de dormir e quando acordasse tudo não tivesse passado de um sonho. – Eu me emocionei com suas palavras.- Não é um sonho, cariño, eu estou aqui! – Olhei nos olhos dele.- E nunca mais vai embora! – Ele não estava pedindo, ele estava decretando.- Não, não vou. Só vou pra casa. – Eu sorri, mas ele fech
“Lisandra”Eu abri uma pequena fenda em um dos olhos para ver a expressão da Manu. Ela me olhava com curiosidade, como se estivesse absorvendo o que eu havia dito. De repente, um sorriso brotou nos seus lábios e os seus olhos brilharam de emoção e eu abri os meus olhos mais confiante. Ela se levantou e me abraçou.- Sua boba! Por que eu ficaria brava? Lisa, isso é maravilhoso! Nossos filhos vão ser primos e vão crescer juntos! – A Manu estava sorrindo enquanto falava. – Minha nossa, o Patrício vai surtar quando souber! Ele vai ficar muito feliz.- Ai, Manu! Obrigada. Você é muito generosa. E eu espero mesmo que o Patrício fique feliz, porque nós nunca falamos sobre isso. – Eu suspirei.- Deixa de ser boba, ele te ama e até eu sei que o Pat sempre quis ser pai. Ai, meu deus, eu vou ser tia! E vou ser mãe! Ai é muito lindo isso! – A Manu estava genuinamente feliz e empolgada.- Eu espero que você continue feliz assim quando ouvir o que eu tenho pra contar... – A Olívia suspirou do outro
“Patrício”Eu estava nervoso, depois que a Lisandra me perdoou eu liguei para a Melissa e pedi que colocasse o plano do pedido de casamento em prática para o sábado. Já estava tudo pronto, era só fazer os ajustes da data. Mas o sábado chegou e eu estava nervoso, precisava que tudo desse certo e fosse perfeito.Mas tinha outra coisa me deixando apreensivo. No fundo eu ainda estava receoso de que a Lisandra me recusasse. Eu estava apavorado com a idéia de que ela me dissesse não.Eu passei a manhã acertando detalhes com a Melissa por telefone e quando ela apareceu em casa e quando ela apareceu em casa, eu respirei aliviado, pois ela trazia as últimas coisas que faltavam. Conforme havíamos combinado por telefone, ela havia entregado tudo ao Romano e ele deixou na cozinha. Ela manteve a Lisandra na sala e eu fui ver o que ela havia trazido. Era perfeito.Depois que a Melissa saiu eu comecei a colocar o plano em prática. Enquanto a Lisandra foi para o banho, eu fui até a cozinha e peguei a
“Lisandra”Quando eu vi o vestido sobre o banco no closet, eu sabia que o Patrício ia me fazer alguma surpresa e era óbvio que a Melissa sabia disso. Eu comecei a ficar ansiosa, e as lembranças do dia em que usei um vestido como aquele invadiram a minha mente.Era um vestido lilás tomara que caia, com o corpete justo e atrás era todo trançado de fita lilás. A saia era ampla e de um tecido leve, tinha muitas camadas e uma fenda que ia até o alto da coxa. Todo o tecido era salpicado de brilho, como se tivesse sido jogada purpurina nele.A sandália era de um tom mais escuro, em cetim, tinha uma tira sobre os dedos com um laço Chanel e outra tira fina que saía dela e atravessava sobre o pé até o tornozelo e fechava com uma tira fina em volta do tornozelo presa em um detalhe que subia do calcanhar. Era um conjunto lindo e eu me lembrei que eu nem cheguei à festa naquele dia, embora tenha me arrumado e esperado aquela festa com ansiedade.Eu estava ansiosa por aquela festa porque eu estava
“Patrício”Eu estava ajoelhado ali naquele barco, com o coração saindo pela boca, esperando a resposta da Lisandra. Eu estava começando a temer que ela fosse me dizer não, mas a emoção dela era tão transparente, não deixava dúvida de que ela estava feliz e que estava absolutamente surpresa. Mas ela não me respondeu.Ela se virou e pegou uma caixa que eu nem havia notado que estava ali, uma caixa que não fazia parte do que eu havia planejado. Ela colocou a caixa no colo, uma caixa branca com um laço dourado. Na tampa estava escrito em letras artísticas douradas “entrega especial”. Eu olhei aquilo curioso e então meus olhos encontraram os dela. Ela tinha o sorriso de quem está satisfeito por guardar um pequeno segredo.- Antes de te responder, eu quero te entregar isso. – Ela falou e me estendeu a caixa. – Eu quero que você saiba que não há amor maior do que o que cresce dentro de mim. A vida inteira eu sonhei com esse momento, mas nem nos meus sonhos ele foi tão perfeito. Eu te amo, ca
“Patrício”Depois de um tempo ali, eu coloquei a Lisandra sentada novamente, com cuidado. E depois me sentei e remei até a margem onde os amigos e a família nos aguardavam. Mas quando eu desci daquele barco, ali naquele pequeno ancoradouro, eu não era mais o mesmo homem que entrou nele na margem do outro lado. Agora eu tinha um propósito maior na vida e eu sentia como se o mundo fosse inteiramente novo.Nossas mães estavam eufóricas gritando que seriam avós, eu nunca havia visto a dona Inês assim, tão alegre e tão solta. Meu pai trazia a emoção nos olhos e me disse que eu havia ressignificado a vida dele quando eu nasci, mas que agora, se tornar avô, dava um novo colorido a tudo. Suas palavras me deixaram emocionado. Mas, entre todos os abraços emocionados e felizes que eu recebi, o do meu amigo, meu irmão da vida, foi o que mais me tocou.- Agora você sabe! – O Alessandro falou. – A vida é outra com os filhos. Nada que vivemos antes tem importância mais. E não há amor no mundo que su
Cheguei em casa depois de um dia puxado e meus pais estavam me esperando na sala. - Catarina, senta aí que precisamos conversar. – Meu pai falou e parecia bem nervoso. - Pode falar, pai, o que aconteceu? – Perguntei ao meu pai cansada, eu tinha trabalhado o dia todo, ido pra faculdade à noite e, ao chegar em casa, a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama. Mas não foi possível. - Catarina, chegou o convite de casamento da sua prima. – Minha mãe falou. - Aquela mulherzinha não é minha prima! – Falei já ficando nervosa. - Catarina, ela é a sua prima. – Minha mãe falou. – É melhor você parar com esse ataque de infantilidade. A Melissa já bateu nela e fez um escândalo aqui em casa. Agora chega! Ela é filha da minha irmã, portanto é sua prima. - Me desculpa, mãe, mas ela não é nada pra mim. – Tentei manter a calma. – Ela ficou com o meu namorado na minha cama, isso não é coisa que se faça. Eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro namorado, e o en
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido: - A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma. Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca: - A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai? - E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aque