“Heitor”Samantha estava tão deslumbrante, tão radiante, que eu não enxergava mais ninguém, apenas ela em minha frente. Eu mal ouvia o que o padre e o juiz de paz diziam, pois eu não conseguia desgrudar meus olhos dela.Eu tinha me metido na organização da cerimônia de casamento para incluir a avó entrando com as alianças e eu acertei em cheio. A emoção da minha noiva foi algo que valeu a pena ver. Eu sei o quanto a avó é importante para ela e sei que as duas têm um laço muito especial e já que usaríamos as alianças que foram dos avós dela, nada mais perfeito que a avó nos entregar as alianças ali no altar. E foi realmente muito bonito.No momento em que o padre nos declarou casados e disse que eu poderia beijar a noiva, eu sorri triunfante, me virei para a minha esposa e a puxei pela cintura, lhe cobrindo a boca com a minha em um beijo repleto de amor.Depois da cerimônia do casamento fomos para a recepção montada no gramado da casa de praia da Hebe. Haviam muitas pessoas ali e foi r
“Samantha”Heitor saiu andando comigo jogada sobre seu ombro, ele era um homem em uma missão, a missão lua de mel. Não pude deixar de rir da situação e depois dos dias tensos que tivemos, era muito bom rir das coisas idiotas que ele fazia, sem me preocupar com os problemas e ameaças.Por fim, me deixei ser carregada até o carro que estava estacionado na frente da casa, sendo observada pelos convidados que caminhavam logo atrás rindo e dando gritos de apoio ao Heitor.Ele me colocou no chão e eu tive mais uma crise de risos ao olhar para o carro. Havia uma placa grande na traseira com os dizeres “recém casados” e muitas latinhas amarradas que fariam o maior barulho pelas ruas, em volta de todo o carro havia tule branco e um enorme arranjo de gypsófilas no teto. Heitor me colocou dentro do carro e saiu buzinando, deixando uma algazarra para trás.- Agora você vai acabar com o mistério da lua de mel? – Ele estava guardando segredo sobre para onde iríamos, a única coisa que dizia é que ap
“Samantha”Eu estava rindo da frustração do Heitor por procurar o zíper do vestido e não encontrar, enquanto eu achava que ele estava apenas deixando suas mãos vagarem pelo meu corpo. Levantei o braço esquerdo e apontei para o fecho invisível na lateral do vestido.Ele abriu um grande sorriso e começou a puxar o fecho para baixo, bem lentamente, com os olhos brilhando. Terminou de descer o fecho e colocou as mãos delicadamente em meus ombros, puxando as alças do vestido pelos meus braços, fazendo com que o mesmo caísse lentamente pelo meu corpo, até se tornar uma nuvem de tecido aos meus pés. Ele então se afastou e me observou.- Minha deusa, você é a mulher mais linda do mundo!Sorri pra ele, sentindo como se fosse a primeira vez que ele me elogiasse, mas ele elogiava sempre, contudo, nesse momento seus olhos me veneravam. Ele se aproximou, me pegou em seus braços, me colocou na cama e se deitou sobre mim, ainda completamente vestido, cobrindo a minha boca com a sua.Com seus beijos
“Samantha”Durante uma semana Heitor e eu desfrutamos da companhia um do outro navegando pela costa. Conhecemos muitas cidadezinhas costeiras, vilas pitorescas de pescadores, encontramos pequenas ilhotas paradisíacas e enseadas isoladas. Conversamos, fizemos amor, rimos, relaxamos.Ao aportar novamente em nossa cidade, eu já nem queria mais voltar, não queria deixar aqueles momentos doces e cheios de amor para trás, mas não tinha jeito, a vida real bate à porta uma hora ou outra. O lado bom é que teríamos a vida inteira para desfrutar de momentos lindos juntos.Na segunda feira eu até achei que estava tudo muito tranquilo no trabalho, não tinha visto sinal das meninas ainda, o que até me surpreendeu, mas na hora do almoço, entraram no meu andar todas elas, inclusive a Melissa e a Hebe, saltitantes e curiosas.- Queridas, cheguei! – Brinquei ao ver aquele bando de mulheres caminhando em minha direção.- Eu estou me perguntando é se você não tem vergonha de ter chegado da lua de mel e n
“Heitor”Eu estava sentado na recepção da minha empresa contando para a Julia a viagem incrível que eu fiz com a Sam e meu celular tocou, era o Patrício.- Patrício, nós acabamos de almoçar juntos, nem a minha mulher sente tanto a minha falta. – Atendi rindo, imaginando qual era a bobagem que Patrício ia falar agora.- Cara, eu te amo! – Patrício falou, mas não parecia tão relaxado como sempre. – A Sam está bem...- Como assim a Sam está bem? O que aconteceu, Patrício? – Todos os meus alertas se acenderam.- Heitor, aconteceu uma coisa, mas ela está bem. O Flávio deixou policiais vigiando o entorno da empresa e o segurança da Sam foi rápido. Só que ela foi para o hospital. – Patrício estava dando voltas no assunto.- Patrício, fala logo o que aconteceu. – Exigi já caminhando para os elevadores e falando pra Julia que depois falava com ela.- A Nicole apareceu aqui, atrás da Sam, mas o Michel a protegeu. O que quer que aquela doida tenha jogado na Sam, atingiu o Michel. A Nicole foi pr
“Samantha”Passado o susto, eu não conseguia parar de rir, vendo o Heitor deitado na maca ao meu lado, todo emburrado.- Você pode tentar se controlar, Samantha? – Heitor perguntou aborrecido.- Não consigo... – Eu ria como se estivesse no circo.- Samantha, o Molina já explicou que eu desmaiei porque fiquei muito emocionado. – Heitor bufou.- Meu lindo, você desmaiou no primeiro ultrassom do nosso filho, como vai ser na sala de parto? – Perguntei sem conseguir parar de rir.- Isso não vai se repetir, Samantha. – Heitor estava de cara fechada.A porta cortina foi aberta e a Melissa entrou toda séria, trazendo uma bandeja com lanchinhos para mim e para o meu marido sensível.- Ê, Martinez, que vergonha alheia, hein?! – Melissa não se conteve e começou a rir, me fazendo rir mais. – O Álvaro não deixou entrar todo mundo, mas na hora em que você sair, pode esperar que os rapazes vão cair na gozação.- Porra, Melissa! Acho bom você controlá-los. A culpa foi sua. – Heitor reclamou.- Minha
“Manuela”Estávamos todos na casa do Patrício para um dia de piscina e churrasco. Já tinha uns quinze dias desde que prenderam aquela doida da Nicole e as coisas estavam tranqüilas novamente.Mesmo assim, notei o Flávio meio agitado, ele se afastou bastante para atender uma ligação e estava bem nervoso. Já tinha um tempo que ele estava assim, distante, agitado e recebendo mensagens e ligações misteriosas. Mas eu achava que era o trabalho dele, então não ficava perguntando.Virgínia se sentou na espreguiçadeira ao meu lado e chamou minha atenção.- O que está rolando, Chaveirinho?- Não está rolando nada, Vi! – Tentei disfarçar.- Ah, mas está rolando. E você não vai fazer igual a Sam e nos deixar de lado. Quer que eu chame a Melissa agora? – Virgínia ameaçou e eu achei melhor não envolver a Melissa ainda, ela era capaz de submeter o Flávio a torturas até ele confessar inclusive o que não fez.- Não chama a Mel, não agora. – Falei depressa. – É que o Flávio está estranho.- Estranho co
“Samantha”Quando fiquei grávida não pensei que nove meses passariam tão depressa. Eu já estava na quadragésima semana de gestação, meu parto estava previsto para acontecer daqui a quinze dias e o quartinho do meu bebê ainda não estava pronto. Era manhã de domingo e fiz o Heitor me ajudar.Eu estava sentada na poltrona de amamentação lendo as instruções de montagem do berço para ele, com o Canela deitado aos meus pés.- Minha deusa, por que é que você sempre me coloca pra montar móveis, sendo que podemos contratar alguém que saiba fazer isso? – Heitor reclamou pela centésima vez.- Porque esse é o berço do seu filho e você não quer que ele caia do berço porque um parafuso ficou mal ajustado. – Falei alisando a minha barriga que estava enorme.- E você acha que tem mais chance de alguém acostumado a fazer isso deixar um parafuso frouxo do que eu, que nunca montei um berço na vida? – Ele olhava pra mim como se eu tivesse criado mais duas cabeças.- Acho! É o berço do seu filho e você nã