CASAL 3 - Destinos cruzados: o romance irresistível de um delegado sedutor e uma jovem inocenteCapítulo 1: A primeira vez que eu te vi“Flávio Moreno”Que dia chato! A única coisa que acontecia nessa cidade eram os meus pais me ligando para me infernizar. Meu pai tinha essa idéia fixa de que eu tinha que deixar a polícia a me juntar a ele e ao meu irmão nos negócios da família. Isso nunca iria acontecer.Eu já trabalhei no negócio da família, antes de me formar e depois que me formei, mas administrar uma rede de empresas produtoras de alimentos a base de proteínas não era a minha vocação, tampouco cuidar das fazendas produtoras da família.Confesso que quando comecei a estudar direito esse era o plano, mesmo não gostando muito do trabalho nas empresas eu tentei, escolhi uma carreira que pudesse agregar valor a administração da empresa e ter conhecimento jurídico empresarial seria muito útil, já que o meu irmão já era formado em administração e contabilidade.Contudo, eu não contava q
“Flávio”No momento em que o delegado Bonfim me sugeriu ir para a especializada de Porto Paraíso, trabalhar ao lado dele, eu não imaginei que ele fosse realmente conseguir a minha transferência, era uma delegacia muito requisitada, muitos delegados queriam ir pra lá e eu talvez não fosse o mais qualificado.Mas o Bonfim conseguiu a minha transferência para lá em um estalar de dedos, ou melhor, em uma ligação. Eu estava muito animado, sem querer ele resolveu vários dos meus problemas. Eu seria promovido, iria para uma cidade maior, uma delegacia especializada onde eu teria muito trabalho operacional do jeito que eu gosto e me afastaria um pouco das interferências dos meus pais. Esse trabalho me caiu do céu.Voltaria para Campanário apenas para cumprir uma burocracia e voltaria de vez para Porto Paraíso. Eu já estava no aeroporto esperando o avião ser liberado para decolar, aproveitei para ligar para o Patrício e descobrir quem era aquela mulher que vi na empresa do Mellendez.- Flávio,
“Manuela”Não pensei que essa semana seria tão agitada, mas felizmente deu tudo certo e a Catarina e o Pedro foram resgatados e estão seguros. Agora eu precisava correr atrás, porque perdi dois dias de aulas na faculdade, eu tinha matéria para colocar em dia e trabalhos para entregar, com certeza passaria a noite em claro. E ainda tinha o casamento da Cat e do Alessandro no sábado.Dei sinal e desci do ônibus a um quarteirão da minha casa. Agora que eu estudava à noite eu estava pensando em como seria prático e seguro ter um carro, pois eu chegava tarde em casa e as ruas estavam vazias. Talvez fosse hora de mexer no dinheiro que meu avô deixou pra mim quando faleceu. Acelerei os passos, quase correndo, eu tinha medo de andar pelas ruas sozinha à noite, fui criada no interior, com uma mãe super protetora e super antiquada, tudo me assustava.Mesmo sentindo esse medo de tudo e não sabendo me virar longe da super proteção da minha mãe, decidi enfrentar o mundo. Prestei o vestibular e esc
“Manuela”Eu estava bem animada com o casamento da Catarina. Há muito tempo eu não ia a uma festa e eu adorava festas. Catarina me convidou para ser uma das madrinhas e disse que eu faria par com um amigo do Patrício, eu não sabia quem era e estava curiosa, tinha tirado o sossego da Samantha perguntando sobre esse amigo.- Ai, Manu, ele esteve no escritório essa semana. Impossível você não ter visto o Delegado Moreno, ele é um gigante. – Samantha riu enquanto me ajudava a fechar o zíper do vestido.- Sam, aquele escritório estava uma confusão, um entra e sai de gente e aquele telefone não parava de tocar, eu não vi esse homem. Me fala, como ele é? – Perguntei mais uma vez, tentando arrancar informações dela.- Pronto! Agora fecha o meu. – Sam se virou para que eu fechasse o zíper do seu vestido. – Já te falei que eu não vou dizer, daqui a pouco você vê com seus próprios olhos. Mas acho incrível que você não o tenha visto.- Não vi. Ai, espero que ele seja bonitinho. Nem precisa ser di
“Manuela”Voltei para a mesa e o Flávio se levantou para puxar a cadeira pra mim, além de lindo e simpático, ainda é cavalheiro. Assim ficava difícil ser virtuosa e recatada. Mas a festa estava chegando ao fim, a Mel e o Nando me deixariam em casa, de modo que logo logo eu teria que me despedir desse homem lindo.- Chaveirinho, sei que você está se divertindo, mas eu estou morta de cansada, podemos ir? – Melissa se aproximou .- Ah, Melissa, não corta o meu barato? – Flávio falou com tom de reclamação sem tirar os olhos de mim. – Pode deixar que eu faço questão de levar a Baixinha em casa.- Ih, olha ele todo saidinho! – Melissa riu. – É bem igual aos seus amigos, hein, delegado, não perde tempo. Manu, divirta-se. – Melissa me jogou um beijo e se virou.- Não, Mel... Flávio, não se incomode, a Melissa me deixa em casa. – Falei para que ele não se sentisse obrigado a me levar em casa.- Levo não, Chaveirinho, você é do delegado agora. – Com isso a Melissa se foi. Olhei para o Flávio e
“Flávio”O apartamento da Manu refletia exatamente a personalidade dela, era tudo delicado e feminino, embora parecesse muito prático, mas também era muito organizado, era acolhedor e confortável. Curiosamente eu parecia fora de contexto, como uma peça fora do lugar.- Fique à vontade. Quer beber alguma coisa? – Manu parecia mais calma ali, em seu próprio espaço.- Não, Baixinha. Vem cá. – Segurei sua mão e a puxei para que se sentasse ao meu lado.Eu não queria parecer rude, então tentei colocar meus pensamentos em ordem e acalmar a minha voz. Manu se sentou delicadamente ao meu lado, com as pernas dobradas sobre o sofá e virada para mim.- Sobre o que você quer conversar, Flávio? – Ela perguntou ansiosa.- Sobre expectativas. – Falei tendo por onde começar. – Manu, eu sou um homem de trinta e cinco anos vivido e experiente, que sabe o quer. Pelo que soube você tem dezoito anos e é claro que não é tão experiente assim.- Vou fazer dezenove mês que vem. – Ela bufou e eu achei graça, c
“Flávio”Saí do apartamento da Manu, mas ela não saiu da minha cabeça. Fiquei rolando na cama, sem conseguir dormir, mas quando finalmente o sono venceu meus pensamentos agitados eu sonhei com ela a noite inteira, sonhei que ela era minha.Durante as horas que passamos juntos no casamento do Alessandro e da Catarina a Manu me encantou ainda mais. Ela não era só linda, ela era inteligente, divertida, esperta. Ela arrancava meu riso com facilidade, me fez sentir tranquilo e relaxado, diferente do meu habitual estresse. O que eu senti no momento em que a vi se intensificou depois de passar um tempo com ela.E no momento em que eu a beijei eu selei o meu destino. Seus lábios, inicialmente vacilantes, se juntaram aos meus de uma forma tão perfeita que parecia que sua boca tinha sido moldada na minha. Nosso primeiro beijo foi perfeito, mesmo no começo que foi meio tenso, meio desconcertado, e foi se tornando deliciosamente perfeito, como se acomodando o tocar de nossas línguas. Manu tinha u
“Flávio”Não me importei nem um pouco de agir como um homem das cavernas, quando a baixinha começou a falar que minha preocupação com a segurança dela era exagerada, eu a joguei nos ombros e saí andando. Não a deixaria sozinha e não perderia a oportunidade de tê-la perto de mim. Eu estava unindo o útil ao agradável e ela não cortaria o meu barato.À medida que nos aproximávamos da minha casa eu sentia a Manu ficar mais tensa ao meu lado. Será que ela ia me dar um fora? Eu não estava preparado pra isso.Chegamos em casa e eu fui mostrando o lugar para a Manu, no quarto eu deixei as coisas dela no closet e mostrei que havia deixado um espaço pra ela. E foi só então que ela falou alguma coisa.- Tem três quartos aqui. – Manu falou o óbvio e eu olhei pra ela sem entender.- E daí? – Perguntei confuso e a vi suspirar e voltar para o quarto apertando uma mão na outra. Eu a segui e me sentei na cama esperando o que ela tinha para me dizer.- E daí que eu não preciso ficar no seu quarto. Não