“Samantha”Eu estava rindo da frustração do Heitor por procurar o zíper do vestido e não encontrar, enquanto eu achava que ele estava apenas deixando suas mãos vagarem pelo meu corpo. Levantei o braço esquerdo e apontei para o fecho invisível na lateral do vestido.Ele abriu um grande sorriso e começou a puxar o fecho para baixo, bem lentamente, com os olhos brilhando. Terminou de descer o fecho e colocou as mãos delicadamente em meus ombros, puxando as alças do vestido pelos meus braços, fazendo com que o mesmo caísse lentamente pelo meu corpo, até se tornar uma nuvem de tecido aos meus pés. Ele então se afastou e me observou.- Minha deusa, você é a mulher mais linda do mundo!Sorri pra ele, sentindo como se fosse a primeira vez que ele me elogiasse, mas ele elogiava sempre, contudo, nesse momento seus olhos me veneravam. Ele se aproximou, me pegou em seus braços, me colocou na cama e se deitou sobre mim, ainda completamente vestido, cobrindo a minha boca com a sua.Com seus beijos
“Samantha”Durante uma semana Heitor e eu desfrutamos da companhia um do outro navegando pela costa. Conhecemos muitas cidadezinhas costeiras, vilas pitorescas de pescadores, encontramos pequenas ilhotas paradisíacas e enseadas isoladas. Conversamos, fizemos amor, rimos, relaxamos.Ao aportar novamente em nossa cidade, eu já nem queria mais voltar, não queria deixar aqueles momentos doces e cheios de amor para trás, mas não tinha jeito, a vida real bate à porta uma hora ou outra. O lado bom é que teríamos a vida inteira para desfrutar de momentos lindos juntos.Na segunda feira eu até achei que estava tudo muito tranquilo no trabalho, não tinha visto sinal das meninas ainda, o que até me surpreendeu, mas na hora do almoço, entraram no meu andar todas elas, inclusive a Melissa e a Hebe, saltitantes e curiosas.- Queridas, cheguei! – Brinquei ao ver aquele bando de mulheres caminhando em minha direção.- Eu estou me perguntando é se você não tem vergonha de ter chegado da lua de mel e n
“Heitor”Eu estava sentado na recepção da minha empresa contando para a Julia a viagem incrível que eu fiz com a Sam e meu celular tocou, era o Patrício.- Patrício, nós acabamos de almoçar juntos, nem a minha mulher sente tanto a minha falta. – Atendi rindo, imaginando qual era a bobagem que Patrício ia falar agora.- Cara, eu te amo! – Patrício falou, mas não parecia tão relaxado como sempre. – A Sam está bem...- Como assim a Sam está bem? O que aconteceu, Patrício? – Todos os meus alertas se acenderam.- Heitor, aconteceu uma coisa, mas ela está bem. O Flávio deixou policiais vigiando o entorno da empresa e o segurança da Sam foi rápido. Só que ela foi para o hospital. – Patrício estava dando voltas no assunto.- Patrício, fala logo o que aconteceu. – Exigi já caminhando para os elevadores e falando pra Julia que depois falava com ela.- A Nicole apareceu aqui, atrás da Sam, mas o Michel a protegeu. O que quer que aquela doida tenha jogado na Sam, atingiu o Michel. A Nicole foi pr
“Samantha”Passado o susto, eu não conseguia parar de rir, vendo o Heitor deitado na maca ao meu lado, todo emburrado.- Você pode tentar se controlar, Samantha? – Heitor perguntou aborrecido.- Não consigo... – Eu ria como se estivesse no circo.- Samantha, o Molina já explicou que eu desmaiei porque fiquei muito emocionado. – Heitor bufou.- Meu lindo, você desmaiou no primeiro ultrassom do nosso filho, como vai ser na sala de parto? – Perguntei sem conseguir parar de rir.- Isso não vai se repetir, Samantha. – Heitor estava de cara fechada.A porta cortina foi aberta e a Melissa entrou toda séria, trazendo uma bandeja com lanchinhos para mim e para o meu marido sensível.- Ê, Martinez, que vergonha alheia, hein?! – Melissa não se conteve e começou a rir, me fazendo rir mais. – O Álvaro não deixou entrar todo mundo, mas na hora em que você sair, pode esperar que os rapazes vão cair na gozação.- Porra, Melissa! Acho bom você controlá-los. A culpa foi sua. – Heitor reclamou.- Minha
“Manuela”Estávamos todos na casa do Patrício para um dia de piscina e churrasco. Já tinha uns quinze dias desde que prenderam aquela doida da Nicole e as coisas estavam tranqüilas novamente.Mesmo assim, notei o Flávio meio agitado, ele se afastou bastante para atender uma ligação e estava bem nervoso. Já tinha um tempo que ele estava assim, distante, agitado e recebendo mensagens e ligações misteriosas. Mas eu achava que era o trabalho dele, então não ficava perguntando.Virgínia se sentou na espreguiçadeira ao meu lado e chamou minha atenção.- O que está rolando, Chaveirinho?- Não está rolando nada, Vi! – Tentei disfarçar.- Ah, mas está rolando. E você não vai fazer igual a Sam e nos deixar de lado. Quer que eu chame a Melissa agora? – Virgínia ameaçou e eu achei melhor não envolver a Melissa ainda, ela era capaz de submeter o Flávio a torturas até ele confessar inclusive o que não fez.- Não chama a Mel, não agora. – Falei depressa. – É que o Flávio está estranho.- Estranho co
“Samantha”Quando fiquei grávida não pensei que nove meses passariam tão depressa. Eu já estava na quadragésima semana de gestação, meu parto estava previsto para acontecer daqui a quinze dias e o quartinho do meu bebê ainda não estava pronto. Era manhã de domingo e fiz o Heitor me ajudar.Eu estava sentada na poltrona de amamentação lendo as instruções de montagem do berço para ele, com o Canela deitado aos meus pés.- Minha deusa, por que é que você sempre me coloca pra montar móveis, sendo que podemos contratar alguém que saiba fazer isso? – Heitor reclamou pela centésima vez.- Porque esse é o berço do seu filho e você não quer que ele caia do berço porque um parafuso ficou mal ajustado. – Falei alisando a minha barriga que estava enorme.- E você acha que tem mais chance de alguém acostumado a fazer isso deixar um parafuso frouxo do que eu, que nunca montei um berço na vida? – Ele olhava pra mim como se eu tivesse criado mais duas cabeças.- Acho! É o berço do seu filho e você nã
CASAL 3 - Destinos cruzados: o romance irresistível de um delegado sedutor e uma jovem inocenteCapítulo 1: A primeira vez que eu te vi“Flávio Moreno”Que dia chato! A única coisa que acontecia nessa cidade eram os meus pais me ligando para me infernizar. Meu pai tinha essa idéia fixa de que eu tinha que deixar a polícia a me juntar a ele e ao meu irmão nos negócios da família. Isso nunca iria acontecer.Eu já trabalhei no negócio da família, antes de me formar e depois que me formei, mas administrar uma rede de empresas produtoras de alimentos a base de proteínas não era a minha vocação, tampouco cuidar das fazendas produtoras da família.Confesso que quando comecei a estudar direito esse era o plano, mesmo não gostando muito do trabalho nas empresas eu tentei, escolhi uma carreira que pudesse agregar valor a administração da empresa e ter conhecimento jurídico empresarial seria muito útil, já que o meu irmão já era formado em administração e contabilidade.Contudo, eu não contava q
“Flávio”No momento em que o delegado Bonfim me sugeriu ir para a especializada de Porto Paraíso, trabalhar ao lado dele, eu não imaginei que ele fosse realmente conseguir a minha transferência, era uma delegacia muito requisitada, muitos delegados queriam ir pra lá e eu talvez não fosse o mais qualificado.Mas o Bonfim conseguiu a minha transferência para lá em um estalar de dedos, ou melhor, em uma ligação. Eu estava muito animado, sem querer ele resolveu vários dos meus problemas. Eu seria promovido, iria para uma cidade maior, uma delegacia especializada onde eu teria muito trabalho operacional do jeito que eu gosto e me afastaria um pouco das interferências dos meus pais. Esse trabalho me caiu do céu.Voltaria para Campanário apenas para cumprir uma burocracia e voltaria de vez para Porto Paraíso. Eu já estava no aeroporto esperando o avião ser liberado para decolar, aproveitei para ligar para o Patrício e descobrir quem era aquela mulher que vi na empresa do Mellendez.- Flávio,