“Heitor”Eu estava sentado na recepção da minha empresa contando para a Julia a viagem incrível que eu fiz com a Sam e meu celular tocou, era o Patrício.- Patrício, nós acabamos de almoçar juntos, nem a minha mulher sente tanto a minha falta. – Atendi rindo, imaginando qual era a bobagem que Patrício ia falar agora.- Cara, eu te amo! – Patrício falou, mas não parecia tão relaxado como sempre. – A Sam está bem...- Como assim a Sam está bem? O que aconteceu, Patrício? – Todos os meus alertas se acenderam.- Heitor, aconteceu uma coisa, mas ela está bem. O Flávio deixou policiais vigiando o entorno da empresa e o segurança da Sam foi rápido. Só que ela foi para o hospital. – Patrício estava dando voltas no assunto.- Patrício, fala logo o que aconteceu. – Exigi já caminhando para os elevadores e falando pra Julia que depois falava com ela.- A Nicole apareceu aqui, atrás da Sam, mas o Michel a protegeu. O que quer que aquela doida tenha jogado na Sam, atingiu o Michel. A Nicole foi pr
“Samantha”Passado o susto, eu não conseguia parar de rir, vendo o Heitor deitado na maca ao meu lado, todo emburrado.- Você pode tentar se controlar, Samantha? – Heitor perguntou aborrecido.- Não consigo... – Eu ria como se estivesse no circo.- Samantha, o Molina já explicou que eu desmaiei porque fiquei muito emocionado. – Heitor bufou.- Meu lindo, você desmaiou no primeiro ultrassom do nosso filho, como vai ser na sala de parto? – Perguntei sem conseguir parar de rir.- Isso não vai se repetir, Samantha. – Heitor estava de cara fechada.A porta cortina foi aberta e a Melissa entrou toda séria, trazendo uma bandeja com lanchinhos para mim e para o meu marido sensível.- Ê, Martinez, que vergonha alheia, hein?! – Melissa não se conteve e começou a rir, me fazendo rir mais. – O Álvaro não deixou entrar todo mundo, mas na hora em que você sair, pode esperar que os rapazes vão cair na gozação.- Porra, Melissa! Acho bom você controlá-los. A culpa foi sua. – Heitor reclamou.- Minha
“Manuela”Estávamos todos na casa do Patrício para um dia de piscina e churrasco. Já tinha uns quinze dias desde que prenderam aquela doida da Nicole e as coisas estavam tranqüilas novamente.Mesmo assim, notei o Flávio meio agitado, ele se afastou bastante para atender uma ligação e estava bem nervoso. Já tinha um tempo que ele estava assim, distante, agitado e recebendo mensagens e ligações misteriosas. Mas eu achava que era o trabalho dele, então não ficava perguntando.Virgínia se sentou na espreguiçadeira ao meu lado e chamou minha atenção.- O que está rolando, Chaveirinho?- Não está rolando nada, Vi! – Tentei disfarçar.- Ah, mas está rolando. E você não vai fazer igual a Sam e nos deixar de lado. Quer que eu chame a Melissa agora? – Virgínia ameaçou e eu achei melhor não envolver a Melissa ainda, ela era capaz de submeter o Flávio a torturas até ele confessar inclusive o que não fez.- Não chama a Mel, não agora. – Falei depressa. – É que o Flávio está estranho.- Estranho co
“Samantha”Quando fiquei grávida não pensei que nove meses passariam tão depressa. Eu já estava na quadragésima semana de gestação, meu parto estava previsto para acontecer daqui a quinze dias e o quartinho do meu bebê ainda não estava pronto. Era manhã de domingo e fiz o Heitor me ajudar.Eu estava sentada na poltrona de amamentação lendo as instruções de montagem do berço para ele, com o Canela deitado aos meus pés.- Minha deusa, por que é que você sempre me coloca pra montar móveis, sendo que podemos contratar alguém que saiba fazer isso? – Heitor reclamou pela centésima vez.- Porque esse é o berço do seu filho e você não quer que ele caia do berço porque um parafuso ficou mal ajustado. – Falei alisando a minha barriga que estava enorme.- E você acha que tem mais chance de alguém acostumado a fazer isso deixar um parafuso frouxo do que eu, que nunca montei um berço na vida? – Ele olhava pra mim como se eu tivesse criado mais duas cabeças.- Acho! É o berço do seu filho e você nã
CASAL 3 - Destinos cruzados: o romance irresistível de um delegado sedutor e uma jovem inocenteCapítulo 1: A primeira vez que eu te vi“Flávio Moreno”Que dia chato! A única coisa que acontecia nessa cidade eram os meus pais me ligando para me infernizar. Meu pai tinha essa idéia fixa de que eu tinha que deixar a polícia a me juntar a ele e ao meu irmão nos negócios da família. Isso nunca iria acontecer.Eu já trabalhei no negócio da família, antes de me formar e depois que me formei, mas administrar uma rede de empresas produtoras de alimentos a base de proteínas não era a minha vocação, tampouco cuidar das fazendas produtoras da família.Confesso que quando comecei a estudar direito esse era o plano, mesmo não gostando muito do trabalho nas empresas eu tentei, escolhi uma carreira que pudesse agregar valor a administração da empresa e ter conhecimento jurídico empresarial seria muito útil, já que o meu irmão já era formado em administração e contabilidade.Contudo, eu não contava q
“Flávio”No momento em que o delegado Bonfim me sugeriu ir para a especializada de Porto Paraíso, trabalhar ao lado dele, eu não imaginei que ele fosse realmente conseguir a minha transferência, era uma delegacia muito requisitada, muitos delegados queriam ir pra lá e eu talvez não fosse o mais qualificado.Mas o Bonfim conseguiu a minha transferência para lá em um estalar de dedos, ou melhor, em uma ligação. Eu estava muito animado, sem querer ele resolveu vários dos meus problemas. Eu seria promovido, iria para uma cidade maior, uma delegacia especializada onde eu teria muito trabalho operacional do jeito que eu gosto e me afastaria um pouco das interferências dos meus pais. Esse trabalho me caiu do céu.Voltaria para Campanário apenas para cumprir uma burocracia e voltaria de vez para Porto Paraíso. Eu já estava no aeroporto esperando o avião ser liberado para decolar, aproveitei para ligar para o Patrício e descobrir quem era aquela mulher que vi na empresa do Mellendez.- Flávio,
“Manuela”Não pensei que essa semana seria tão agitada, mas felizmente deu tudo certo e a Catarina e o Pedro foram resgatados e estão seguros. Agora eu precisava correr atrás, porque perdi dois dias de aulas na faculdade, eu tinha matéria para colocar em dia e trabalhos para entregar, com certeza passaria a noite em claro. E ainda tinha o casamento da Cat e do Alessandro no sábado.Dei sinal e desci do ônibus a um quarteirão da minha casa. Agora que eu estudava à noite eu estava pensando em como seria prático e seguro ter um carro, pois eu chegava tarde em casa e as ruas estavam vazias. Talvez fosse hora de mexer no dinheiro que meu avô deixou pra mim quando faleceu. Acelerei os passos, quase correndo, eu tinha medo de andar pelas ruas sozinha à noite, fui criada no interior, com uma mãe super protetora e super antiquada, tudo me assustava.Mesmo sentindo esse medo de tudo e não sabendo me virar longe da super proteção da minha mãe, decidi enfrentar o mundo. Prestei o vestibular e esc
“Manuela”Eu estava bem animada com o casamento da Catarina. Há muito tempo eu não ia a uma festa e eu adorava festas. Catarina me convidou para ser uma das madrinhas e disse que eu faria par com um amigo do Patrício, eu não sabia quem era e estava curiosa, tinha tirado o sossego da Samantha perguntando sobre esse amigo.- Ai, Manu, ele esteve no escritório essa semana. Impossível você não ter visto o Delegado Moreno, ele é um gigante. – Samantha riu enquanto me ajudava a fechar o zíper do vestido.- Sam, aquele escritório estava uma confusão, um entra e sai de gente e aquele telefone não parava de tocar, eu não vi esse homem. Me fala, como ele é? – Perguntei mais uma vez, tentando arrancar informações dela.- Pronto! Agora fecha o meu. – Sam se virou para que eu fechasse o zíper do seu vestido. – Já te falei que eu não vou dizer, daqui a pouco você vê com seus próprios olhos. Mas acho incrível que você não o tenha visto.- Não vi. Ai, espero que ele seja bonitinho. Nem precisa ser di