“Samantha”Depois de uma manhã cheia de emoções e de ficar muito tempo em companhia do meu pai, era hora de me preparar para o casamento. Logo depois do almoço chegaram maquiador e cabeleireiro. Hebe havia convertido um dos muitos quartos da casa em um ambiente para que eu pudesse me preparar para o meu grande dia juntamente com as garotas.Quando fiquei pronta, me olhei no espelho e fiquei impressionada. Eu estava completamente encantada pelo meu vestido. Era leve, de um tule bordado quase como uma renda intrincada e muito fina, tinha o corpo justo até o meio das coxas e se abria num estilo sereia, com uma saia leve e com pouco volume. O decote era em vê, com alcinhas finas e nas costa nuas um decote que ia até o meio da coluna. Era lindo e delicado, todo forrado com um tecido nude que dava ao vestido uma aspecto mais off White do que branco.Meu cabelo foi arrumado em um coque baixo bagunçado, com cachos soltos caindo na lateral, adornado com orquídeas brancas. Nos pés eu usava uma
“Heitor”Samantha estava tão deslumbrante, tão radiante, que eu não enxergava mais ninguém, apenas ela em minha frente. Eu mal ouvia o que o padre e o juiz de paz diziam, pois eu não conseguia desgrudar meus olhos dela.Eu tinha me metido na organização da cerimônia de casamento para incluir a avó entrando com as alianças e eu acertei em cheio. A emoção da minha noiva foi algo que valeu a pena ver. Eu sei o quanto a avó é importante para ela e sei que as duas têm um laço muito especial e já que usaríamos as alianças que foram dos avós dela, nada mais perfeito que a avó nos entregar as alianças ali no altar. E foi realmente muito bonito.No momento em que o padre nos declarou casados e disse que eu poderia beijar a noiva, eu sorri triunfante, me virei para a minha esposa e a puxei pela cintura, lhe cobrindo a boca com a minha em um beijo repleto de amor.Depois da cerimônia do casamento fomos para a recepção montada no gramado da casa de praia da Hebe. Haviam muitas pessoas ali e foi r
“Samantha”Heitor saiu andando comigo jogada sobre seu ombro, ele era um homem em uma missão, a missão lua de mel. Não pude deixar de rir da situação e depois dos dias tensos que tivemos, era muito bom rir das coisas idiotas que ele fazia, sem me preocupar com os problemas e ameaças.Por fim, me deixei ser carregada até o carro que estava estacionado na frente da casa, sendo observada pelos convidados que caminhavam logo atrás rindo e dando gritos de apoio ao Heitor.Ele me colocou no chão e eu tive mais uma crise de risos ao olhar para o carro. Havia uma placa grande na traseira com os dizeres “recém casados” e muitas latinhas amarradas que fariam o maior barulho pelas ruas, em volta de todo o carro havia tule branco e um enorme arranjo de gypsófilas no teto. Heitor me colocou dentro do carro e saiu buzinando, deixando uma algazarra para trás.- Agora você vai acabar com o mistério da lua de mel? – Ele estava guardando segredo sobre para onde iríamos, a única coisa que dizia é que ap
Cheguei em casa depois de um dia puxado e meus pais estavam me esperando na sala. - Catarina, senta aí que precisamos conversar. – Meu pai falou e parecia bem nervoso. - Pode falar, pai, o que aconteceu? – Perguntei ao meu pai cansada, eu tinha trabalhado o dia todo, ido pra faculdade à noite e, ao chegar em casa, a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama. Mas não foi possível. - Catarina, chegou o convite de casamento da sua prima. – Minha mãe falou. - Aquela mulherzinha não é minha prima! – Falei já ficando nervosa. - Catarina, ela é a sua prima. – Minha mãe falou. – É melhor você parar com esse ataque de infantilidade. A Melissa já bateu nela e fez um escândalo aqui em casa. Agora chega! Ela é filha da minha irmã, portanto é sua prima. - Me desculpa, mãe, mas ela não é nada pra mim. – Tentei manter a calma. – Ela ficou com o meu namorado na minha cama, isso não é coisa que se faça. Eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro namorado, e o en
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido: - A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma. Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca: - A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai? - E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aque
Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesa
Quando eu me formei, Pedro já estava com dois anos. A essa altura ele já andava para todos os lados, sempre agarrado na vovó, que foi a primeira palavrinha que ele disse. Era um menino lindo, cabelinhos pretos bem lisinhos, pele clara, um nariz arrebitadinho e aqueles enormes olhos violeta que me faziam suspirar. Ele era o meu sol! E agora eu teria mais tempo pra ele.Após a formatura meu chefe me chamou para conversar, ele era um ótimo chefe, disse que estava muito feliz comigo na empresa, mas sabia que eu merecia chegar muito longe, então eu deveria procurar emprego na minha área, que ele compreenderia. Garantiu que meu emprego na construtora seria meu enquanto eu quisesse e que se eu saísse e não desse certo eu teria para onde voltar. Mas que eu deveria buscar algo na minha área de formação, para dar um futuro muito melhor para o meu filho. Eu fiquei muito emocionada com isso e aceitei o seu bom conselho.Contei pra Melissa e ela logo me disse que ia falar com o pai dela para que e
Me apresentei na empresa às oito da manhã. Fui muito bem recebida pela Sra. Mariana, que me apresentou todo mundo e todos foram gentis. O chefe não estava lá, estava viajando e chegaria no final da semana. O escritório era lindo, muito moderno, todo decorado em branco, aço inox e detalhes verdes, muito profissional e acolhedor ao mesmo tempo. Era elegante e eu gostei muito. Fiquei particularmente feliz por ter escolhido vestir um terno preto, com uma blusa de cetim verde escuro por baixo e saltos pretos. Eu deveria estar elegante todos os dias agora, afinal ia trabalhar direto com o presidente da empresa.No meio da manhã recebi uma mensagem da Mel dizendo que conseguiu marcar com a diretora da creche próxima ao nosso apartamento para a hora do almoço. Expliquei a situação a Sra. Mariana e perguntei se seria possível me liberar no horário, mas que eu estaria de volta a tempo.- Então você tem um filho. Qual a idade dele? – ela me perguntou com um sorriso.- Ele tem dois anos. É um gar