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Capítulo 2

ORQUÍDEA NARRANDO

Alguns meses depois....

Foi muito rápido que aconteceu tudo, minha cirurgia, nossa mudança, a descoberta da gravidez, Jasmine nasceu, a descoberta da doença, a internação e a morte da minha mãe. 

Com Jasmine no colo eu encaro o tumulo da minha mãe ser fechado, Jasmine não entendia nada, estava quase dormindo no meu colo e nesse momento eu desejava ser ela, uma criança inocente sem entender o que está acontecendo nesse momento.

- Querida, já está ficando frio para ela – Minha vó fala.

- Só mais um minuto – eu falo.

- Me entrega ela -ela fala

- Não – eu respondo e ela me encara.

- Você precisa confiar em mim -ela fala.

- Você rejeitou a minha mãe até mesmo no leito de morte e agora veio chorar no enterro dela – ela me encara.

- Não esqueça que irá precisar de mim – ela fala – Você não tem ninguém, estão sozinhas, daqui a pouco o dinheiro acaba, aluguel vence, as contas b**e, o que você vai fazer com uma criança de um ano de idade Orquídea? Vão passar fome, vão parar na rua e aí não adianta me procurar.

- Vá embora minha mãe – Minha tia fala. – elas vão ficar comigo e vou ajudar elas.

- Outra que não tem o que comer – minha vó fala e sai resmungando cemitério a fora.

- Não de bola para ela – minha tia diz – vocês estão comigo – ela me encara – vou ajudar vocês no que precisar – eu sorrio fraco assentindo com a cabeça.

Minha vó rejeitou a minha mãe desde que soube da minha gravidez, porque o meu pai morreu e deixou ela sozinha, minha mãe me teve sozinha em uma casa com chão de barro em uma madrugada fria. Ela era tudo que eu tinha.

Eu deixo as lagrimas caírem pelo meu rosto e minha tia pega Jasmine no colo, eu me ajoelho na frente do seu tumulo que minha vó foi obrigada a ceder para que minha mãe fosse enterrada.

- Vamos querida – minha tia fala colocando a mão sobre o meu ombro.

- Sim – eu respondo me levantando.

Era horrível o que eu estou sentindo, estou deixando minha mãe aqui dentro. Sem rumo e sem saber o que ainda iria fazer da minha vida, eu cuido de Jasmine da mesma forma que a minha mãe cuidava de nós. Eu dou o banho nela, sua mamadeira e coloco ela para dormir, depois tomo um banho quente e me deito ao seu lado na cama e acabo pegando no sono. 

(...)

Alguns dias se passaram e o desespero b**e na porta, eu preciso achar um emprego para sustentar a minha irmã e isso era bem difícil, minha tia era aposentada e disse que tomaria conta de Jasmine.

- E se você ligar para sua madrinha? – minha tia pergunta. – tentar descobrir algo sobre o pai de Jasmine.

- Não, minha mãe nunca disse nada sobre ele. E ele pode tirar a minha irmã de mim e não me deixar ver ela – eu falo – Jasmine é a única coisa que eu tenho tia.

- Eu entendo, mas você não pode deixar essa menina passando necessidade – ela fala – fale com sua madrinha, ela vai te ajudar, até mesmo arrumar um emprego na empresa que ela trabalha.

- Precisaria voltar para Colômbia – eu falo nervosa. – minha mãe saiu fugida de lá por algum motivo que eu não sei.

- Será que sua mãe ficou devendo agiota para pagar sua cirurgia? – minha tia questiona.

- Ela não faria isso – eu respondo.

- Uma mãe é capaz de tudo por um filho – ela fala.

Minha tia acaba me deixando bastante nervosa com a sua suposição.

Então, eu procuro pelo celular da minha mãe o número da minha madrinha AniSofi e logo encontro o seu número, então envio uma mensagem de texto avisando-a sobre o falecimento da minha mãe e fico esperando notícias, minha mãe tinha sumido do mapa para todos os nossos conhecidos na colômbia, até hoje eu tento entender o que aconteceu e por que ela fugiu dessa forma.

Não demorou muito para ela me retornar.

- Eu sinto muito – ela fala assim que eu atendo – sua mãe sumiu, e eu nunca mais soube notícia suas.

- Ela descobriu que estava com câncer – eu falo.

- Como você está? -ela pergunta

- Estou bem – eu respondo – precisando de um emprego.

- Você está onde? – ela pergunta

- Na casa da minha tia – eu falo.

- Eu tenho alguns conhecidos na Venezuela e vou conseguir algo para você, fique com esse número e eu te envio por mensagem – ela fala.

- Tudo bem, eu fico aguardando – eu falo e ela assente.

Ela não falou comigo sobre Jasmine e nem perguntou sobre a criança, eu me questiono será que ela sabe sobre a segunda gravidez de minha mãe?

Eu já me questionei muito sobre quem seria o pai da minha irmã, mas se a minha mãe escondeu isso, é porque algo de misterioso nessa história tem.

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