Capítulo 3
RAFAEL LOPES NARRANDO
Acendo o meu cigarro e dou a primeira tragada nele, depois levo meu copo de bebida até a boca e fico observando aquelas imigrantes dançando em cima do palco, disputando a minha atenção e quem terminaria comigo nessa noite.
Eu encaro uma loira, corpo definido que dançava muito bem em cima daquele palco, vestia uma lingerie branca transparente, bastante ousada e sexy. Por mais que as mulheres tímidas me atraísse bastante, essa ela conseguiu chamar toda minha atenção.
Largo meu copo de bebida na mesa ao lado do sofá onde eu estou sentado.
- Bonita ela – Yago meu irmão fala – gostosa.
- Bastante – eu respondo para ele.
- Chama ela – Yago coloca fogo – Deixa ela se exibir mais um pouco.
- Olha que outro chama – Juan meu sócio fala. – Eu mesmo posso chamar ela a qualquer momento – eu sorrio para ele.
- Tantas mulheres bonitas, quer chamar a que eu estou desejando? – eu falo e ele me olha.
- Não está chamando – ele fala.
Eu sorrio para ela novamente e chamo ela com o dedo, ela me encara e vem andando em nossa direção, rebolando a sua bunda conforme anda.
- Achei que os rapazes iriam ficar apenas me olhando – ela fala sorrindo e eu bato nas minhas pernas para que ela se sente no meu colo.
- Será que você é capaz de servir nós três? – eu pergunto a ela.
- Proposta boa – Yago fala levando o copo de bebida até a sua boca.
Ela olha para nós três e depois me olha abrindo um sorriso.
- Como o senhor mandar – ela fala.
Era uma casa de show, swing tudo junto, a putaria rolava solta e as atrações da noite eram mulheres imigrantes que vinha de todos os lados do mundo para Londres, aqui recebe visto de seis meses, algumas já tinham passado dos seis meses ou não tinha a documentação suficiente e dinheiro para bancar essa documentação, então elas cruzavam fronteiras ilegalmente.
Eu abro seu sutiã por trás, deixando os seus seios amostra, começo a chupar os seus seios e apertar a sua bunda, ela beija o meu pescoço.
O celular de Yago toca.
- Desliga isso cara – eu falo.
- É importante, é o detetive – ele fala e eu arqueio a sobrancelha para ele.
Ele se afasta para falar e aquela mulher continua em cima do meu colo me acariciando, passando as suas mãos pelo meu corpo, abrindo a minha calça e pegando em meu pau por cima da cueca, eu só conseguia seguir Yago com os olhos. Ele volta rapidamente.
- Encontraram o endereço de Marcia, ela registrou uma criança a quase um ano na Venezuela com o nome de Jasmine – eu tiro a mulher de cima do meu colo.
- Vamos continuar – aquela mulher fala.
- Não enche – eu falo empurrando ela que vinha para cima de mim. – Acione o jatinho, vamos para Venezuela hoje mesmo.
Aquela mulher desgraçada, eu confiei nela para ser minha barriga de aluguel, dei dinheiro, muito dinheiro e ela fugiu com meu dinheiro e com minha filha em seu ventre.
Meu sonho desde criança era de ser pai, mas não queria uma esposa para isso, eu poderia criar e ter uma filha sozinha, dar todo amor, eu tinha condições emocionalmente e financeira para isso.
Agora, essa Márcia seria presa e eu teria a minha filha em meus braços.
ORQUÍDEA NARRANDOEu tinha arrumado um emprego com ajuda da minha madrinha, estou feliz, emocionada, angustiada tudo ao mesmo tempo. Minha tia que era aposentada vai cuidar de Jasmine enquanto eu trabalho, eu ainda tinha um pouco de dinheiro que tinha na conta da minha mãe e já tinha entrado com os papeis para que pelo menos a Jasmine ganhasse a pensão da minha mãe.Eu iria fazer tudo pela minha irmã, Jasmine era tudo que eu tinha. Minha mãe fazia de tudo por nós duas, trabalhava muito e nunca deixou falta nada, ela nos amava acima de qualquer coisa e sei que a melhor escolha da vida dela, foi a gente. Então eu devia a ela cuidar da minha mãe, foi a promessa que eu fiz á ela em seu leito de morte, que estaria ao lado de Jasmine para o resto de minha vida, que jamais largaria a mão de minha irmã.- Aqui está tudo anotado, como funciona o leite, os horários, o que ela pode comer – eu falo para minha tia – a pomada, fraldas e lenços aqui também.- Fique tranquila – ela fala – eu vou cuid
ORQUÍDEA NARRANDOEu saio do meu primeiro dia de trabalho feliz e realizada, eu tinha conseguido o emprego e só precisaria arrumar os meus documentos, minha identidade ainda era da colômbia e não era documento aceitável por aqui. Aqui na Venezuela existia muita burocracia, minha madrinha até me convidou para voltar para Colômbia, por causa da escassez de alimentos e da vida difícil que nós venezuelanos levamos aqui, mas era impossível sair do país sem autorização do governo.Eu tinha recebido o meu vale alimentação e transporte, não era muita coisa, mas passo no mercado para comprar as coisinhas de Jasmine, frutinhas, bolachas e iogurtes, a gente já não estava sem. As prateleiras dos mercados era algo assustador, a maioria dos itens estão faltando e o que tinha precisava escolher muito bem porque poderia estar vencido, mofado e estragado. A Colômbia não era o melhor país, mas as coisas ainda funcionava por lá de uma forma diferente que aqui.- Aqui está o seu troco – a mulher do merca
ORQUÍDEA NARRANDO- Você não precisa fazer isso se você não quiser – minha madrinha fala.- Eu quero a minha irmã – eu falo.- Você sabe o que esse homem faz com essas mulheres nesse bar dos imigrantes? – minha tia fala – ele vai dar uma boa vida para sua irmã – eu a encaro – você não precisa se preocupar com isso.- Ela é minha irmã e eu prometi para minha mãe que eu cuidaria dela – eu falo.- Ela aceitou ser barriga de aluguel – minha tia fala – quebrou o acordo que ela tinha.- As únicas coisas que a minha mãe tinha, era as suas filhas. Eu sou a prova viva de que ela fez tudo que podia por nós duas – eu falo – ela aceitou esse contrato por causa da minha cirurgia, ela jamais entregaria uma filha dessa forma.- Se for ver a filha nem é dela – minha prima fala – o ovulo deve ser de outra mulher – eu a encaro.- Eu não me importo com isso – eu suspiro – ela é minha irmã, Jasmine é minha irmã e eu não vou descansar até que eu a tenha ao meu lado. Eu tenho uns três mil no banco.- É pou
Capítulo 7Rafael Lopes narrando- Ela é linda – minha mãe fala com ela no colo – Até que enfim a gente tem você em nossas vidas – minha mãe diz abraçando-a. – como ela se chama mesmo?- Jasmine – eu falo- Você não vai trocar o nome? – minha mãe pergunta.- Não, vou manter – eu falo – ela já responde por Jasmine e é um nome bonito. O que importa é que estou com a minha filha.- E a mulher? – ela pergunta – está presa?- Não encontramos na casa – eu respondo – estava apenas a tia dela e a verdade é que isso tudo está com o jurídico, ela não vai poder se aproximar e se tentar, será pior.- Ela tem que apodrecer na cadeia – ela fala – como faz algo desse tipo? Some dessa forma? levando todo dinheiro e a nossa princesa?- Ela não vai conseguir se esconder, Marcia assim que for encontrada será presa – eu falo.- E a outra filha dela? – minha mãe pergunta.- Não estava lá, eu nunca a vi – eu falo – e para falar a verdade eu nem sei o seu nome.- É bom manter a distancia de todos – ela fala
Capítulo 8Orquídea narrandoEu chego na frente da boate e tinha um segurança na frente.- Boa tarde – eu falo e ele me encara. – Eu estou procurando Henzi.Ele me encara.- Sempre chegando mais de vocês – ele fala me encarando e fala no rádio – Henzi, tem uma garota querendo falar com você. – ele me olha – como é seu nome?- Orquídea – eu falo.- Orquídea – ele fala – pode entrar, ela vai te encontrar no salão, só seguir o corredor.Minha madrinha tinha me falado o nome de Henzi, disse que ela iria me ajudar e conhecia o Rafael e que ela iria me ajudar a chegar até ele.- Orquídea? – uma mulher morena alta bem bonita pergunta.- Sim – eu respondo toda tímida, encarando aquele lugar que na primeira vista me deu muito medo.- Seja bem-vinda minha querida Orquídea – ela fala sorrindo – sua madrinha entrou em contato comigo e olha que incrível a gente se conheceu na Colombia.- Você conheceu minha mãe também? – eu pergunto.- Não, sua mãe não – ela fala sorrindo – mas gostaria de ter con
Capítulo 9Orquídea narrandoA gente entra em um quarto de hotel, sempre em silêncio ele não me diz nada. Eu estou vestindo apenas o seu blazer, parece que ele tinha deixado tudo preparado, em uma mesa tinha um balde com champanhe e duas taças. Ele se aproxima da mesa e abre a champanhe, servindo as duas taças e se aproxima de mim.- Não precisa ficar com medo – ele fala me entregando a taça.- Obrigada – eu falo.- Vamos brindar a nossa noite – ele fala e eu levo a minha taça de champanhe até a dele.Ele leva a champanhe até a boca dele me encarando, eu faço o mesmo, mas mal molho a boca, minha mãe jamais me deixou beber nem mesmo final do ano.Ele tira a taça da minha mão e coloca as duas sobre a mesa, ele se aproxima de mim passando a sua mão pelo meu rosto.- Não precisa ficar com medo – ele fala – eu não vou te machucar – ele me olha.Ele começa a passar a sua mão pelo blazer, abrindo os botões e fazendo com que eu tire, ele passa sua mão delicadamente pelo meu corpo, ele me vira
Capítulo 10Orquídea narrandoEra de manhã cedo quando eu acordo e abro os meus olhos e eu estou sozinha dentro do quarto e começo a me desesperar, sinto meu corpo ardendo, as marcas em meu corpo me faz chorar muito, eu me levanto e começo andar pelo quarto e vou em direção ao banheiro e ligo o chuveiro, eu me sentia imunda, eu só conseguia chorar.Eu saio do quarto e vejo que tinha apenas a lingerie, ele tinha levado o seu blazer. Alguém bate na porta.- Quem é? – eu pergunto.- Sou eu Henzi querida – ela fala e eu abro a porta chorando – Meu Deus, o que ele fez com você?- Eu quero ir embora – eu falo para ela – por favor me manda embora de volta, me dar o dinheiro que ele pagou e eu quero ir embora.- Querida se acalma – ela fala – vamos colocar uma roupa. – ela me ajuda a me vestir e eu só conseguia chorar – Eu sei que tudo isso é novo para você- Eu não quero nunca mais encontrar com ele – eu falo para ela – nunca mais – ele me olha. – eu não quero mais.- Converse com sua madrin
Capítulo 11Rafael Lopes narrando- Sabe dizer se o investigador encontrou Marcia? – eu falo – se ela está presta? – eu pergunto.- Não – Yago fala – ainda nada, nem sinal. A casa onde você buscou Jasmine, não tem mais ninguém morando lá.- E aquela senhora? – eu pergunto.- A casa estava alugada no nome de Márcia, ela morava com as filhas, nem ela e nem a filha mais velha foram encontradas – ele fala – a tia sumiu, ninguém sabe na vizinhança onde ela mora. Disseram que a família de Márcia é de outro bairro e que pouco Márcia recebia visitas dela.- Espero que essa mulher não me traga dor de cabeça, queira vir atrás da filha – eu falo.- Se ela tentar sair do país, vamos saber. Só sai com autorização do governo – Yago fala – isso é fácil para nós, compramos os responsáveis e ela nunca sairá de lá, se sair ilegalmente Marcia será presa.- Assim, eu espero – eu falo – estou com raiva dessa mulher, ela não deveria ter me traído da forma que me traiu.- Fique tranquilo – ele fala – Jasmin