Levanto disposta a ver se crio coragem para usar a academia. Isaac até foi bonzinho e disse que se eu quisesse usar poderia, assim como a sala de cinema, a piscina e qualquer outro lugar da propriedade. O que mais uso é a sala de TV, acho que nunca assisti tanto filme e séries quanto fiz nessas duas semanas que passaram, porém como tudo em excesso enjoa, não aguento mais ficar frente a televisão.Confesso que quero muito sair, ir na comunidade seria o ideal. Poderia ver algumas pessoas e também meus amigos, saudades da Samantha e dos outros que vivem lá, não tanto do Chace, e um cadinho do Downie. Esse magrelo é tão fofo que não consigo ficar com raiva tanto tempo. Decido tomar um banho e quando acabo, visto uma roupa bem larguinha, short e blusão. Nada melhor do que se sentir confortável. Saio do quarto e sigo em direção ao meu objetivo, quando chego a sala em que o homem está malhando, sento em um dos aparelhos na frente dele e fico encarando.— Bom dia! — Ele quem fala e continuo
Aceno em despedida para o homem, saindo do carro e começando a caminhar feliz pelo local em que cresci. Ainda não acredito que ele topou de boa me deixar vir aqui e ainda me trazer, que avanço. Ontem ele estava de bom humor, ainda bem que perguntei ontem mesmo, pois hoje ele não acordou bem. Está bufando pelos cantos e certeza que teria dito não ao meu pedido, mas como é um homem de palavra, me trouxe e vai me buscar. Ignoro as pessoas que me olham e sigo em direção ao lar que morei nesses últimos meses. Feliz por finalmente ver meus amigos e perdoar um pouco os meninos. Provavelmente essas pessoas estão pensando que eu estou tendo algum caso com um ricaço, por isso as roupas novas e os carrões que venho. Bom, não julgo, acho que eu seria o tipo de pessoa que pensaria isso dos outros. Balanço a cabeça expulsando os pensamentos conflitantes e volto a sorrir, animada em estar de volta e sozinha. Da última vez não conta tanto, pois estava quase de madrugada e o momento era bem tenso.C
Após o sangue esfriar — pois eu literalmente tive de entrar embaixo do chuveiro gelado, obrigada pela Samantha — a dor veio mais forte e eu nem sabia que tinha como piorar. Eu aguentei bastante, como uma guerreira ferida na guerra, mas eu chorei e foi péssimo. Depois de muito gelo e uma calça agora jeans larga para esconder, me sinto preparada para encarar Isaac. Quando o carro dele para no ponto, abro um sorriso e entro, acenando para Samantha. Evito olhar pro homem, pois mesmo parando de chorar antes, meus olhos ainda estão bem caídos. Minha amiga até usou maquiagem para me ajudar, mas não tem como esconder algo tão notório.— Tudo bem? — Pergunta e abro um sorriso encarando ele.— Claro, eu só estava com muita saudade. Sabe como é, lágrimas e essas coisas. — Ele me dá uma olhada e me sinto incomodada, colocando o cabelo atrás da orelha. Seu olhar demora em mim, talvez percebendo que mudei de roupa. — Olha, aparentemente estava com saudades mesmo. — Diz apontando pro pescoço e dem
Acordo gemendo e com mais dor ainda que ontem. Sento a contragosto, puxando outro comprimido, bebendo logo e esperando um efeito imediato. Eu cai muito feio ontem, acho que se o homem não tivesse me empurrado, a queda não seria tão brusca. Tomara que seja só pelo impacto da batida no chão, essa dor e nada mais. Levanto para mais um dia de trabalho, na verdade, eu não faço muita coisa quando Pietro está fora. Fico vagando pela casa até que ele chegue, por isso os bicos de assistente do Isaac às vezes. Vejo no relógio que já são dez horas e provavelmente todos estão ocupados em seus próprios negócios importantes. Já eu vou assistir alguma coisa, preciso distrair a mente. Coloco um short curtinho larguinho e um vestido pouco acima do joelho, ele é de manga também e esconde tudo. Apesar da dor, eu tive um sonho ótimo e que envolvia o policial Mattos, mas sendo machucado até não conseguir sequer levantar, tinha bastante sangue também, principalmente no nariz. Algo que talvez não vire
— Nossa!! — Sam diz realmente maravilhada assim que adentra a meu refúgio de todos os dias. — Então é com isso que esses ricos gastam o dinheiro. — Me olha e assinto, eu meio que tive a mesma reação ao entrar aqui. — Pois é, todo canto dessa casa exala riqueza. Acho que já até me acostumei. — Comento e sento no sofá, puxando uma coberta para cobrir as pernas. Ela se senta ao meu lado e ligo a televisão, colocando na lista de filmes. Sinto o olhar dela sobre mim, mas ignoro.— Algum filme em especial? — Pergunto ainda olhando a tela.— Cass, você contou para ele? — Ela finalmente pergunta o que queria desde o início, mas esperou o momento ideal, que estou encurralada.— Esse filme é maravilhoso. Você vai amar, é um romance estilo os que você gosta.— Cassandra!! — Seu tom frio me faz desviar a atenção para ela.— Não, ok? Não vejo motivos para isso. Eu vim aqui para trabalhar e não dar trabalho. Entendeu? — Ele pode te ajudar.— Ah, claro. O que ele vai fazer exatamente? Ele ta pouc
Abro uma fresta e coloco a cabeça para o lado, vejo Isaac com roupa de dormir e o cabelo molhado, provavelmente acabou de tomar banho também. Ele levanta uma pomada e isso me faz franzir a testa.— Você não vai desistir, não é? — Ele nega e abro a porta, ficando de costas e andando em direção ao guarda roupa para procurar uma blusa. Escuto seus passos adentrando ao quarto e sinto seu olhar queimando em minhas costas.— Trouxe para você. — Ele finalmente fala e me viro, colocando a blusa e encarando ele. Que intimidade é essa, Cassandra? Você não era tão sem vergonha assim não... Mentira. Acho que nunca senti vergonha em mostrar algumas partes do corpo, crescer em um local com tantas crianças, te faz perder a vergonha. Estávamos todos no mesmo barco. — Pra que serve? — Pergunto me aproximando, vendo que ele está levemente corado, que fofo. Pego a pomada em sua mão e encaro com certa fixação, pois só agora me lembrei das marcas em meu braço e do vermelho das costas, dessas ele não sa
- Isaac Jhonson.Passo a mão no rosto assim que abro os olhos e bocejo, essa noite não foi nada fácil, eu acho que sequer consegui dormir. Fiquei passando e repassando tudo que aconteceu de tarde até a noite de ontem e simplesmente não consegui acreditar no que a garota me disse. Está explícito que ela estava mentindo e por algum motivo, isso me incomodou bastante, pois mesmo tentando não aparentar, ela parecia muito mal. Ainda não sei bem o que tinha em mente quando fui ao quarto dela, mas eu senti necessidade de ajudar. Confesso que foi uma conversa agradável e só ficou levemente esquisita no fim, ao qual eu já não sabia mais o que falar e acabei esquecendo de perguntar novamente sobre o que ocorreu a ela. Conhecendo ela, com certeza cair de uma árvore não é de seu feitio. Levanto disposto a tomar um banho e ir para minha malhação diária, para depois decidir o que farei quanto a isso. Tomo um banho gelado e suspiro fundo, me olhando no espelho. Essas olheiras recentes estão me inc
- Isaac Jhonson.Observo Samantha vir correndo em direção ao carro e chegar bem perto do vidro para ver se sou eu mesmo. Dou risada da careta dela tentando olhar pelo vidro fumê. Abro um pouco o vidro automático e ela sorri, adentrando ao carro em seguida.— Bom dia! — Sou cortês.— Onde que o dia está bom homem? Você me fez madrugar e nem disse o motivo. Só estou aqui plena, pois você é gostoso demais para ser ignorado. — Coço a garganta, levemente surpreso pela sua maneira descarada de falar. — Para você. — Estendo a caixinha com doces da cafeteria que sou sócio. — Talvez melhore o seu humor, adiantou com sua amiga. — Ela abre um sorriso, tomando a caixa da minha mão e abrindo com rapidez.— Ok, perdoado. — Observo ela pegar um cupcake e morder com pressa. — Agora me diga, o que Cassandra aprontou dessa vez? — Diz após engolir e passar a mão na boca.— Na verdade, você armou aquela cena ontem para que eu visse aquele machucado dela, certo? — Ela assente e vejo sua bochecha ficar be