Capítulo 339
Até o tom das vozes parecia o de um desenho animado.

A flor à esquerda disse:

— Ela me traiu, por que eu deveria procurá-la? Eu sou inútil, estou apenas apodrecendo no vaso. Nem quero procurar ela!

A flor à direita respondeu:

— Ela ainda é minha esposa, se eu a deixo, estou apenas me prejudicando ainda mais. Preciso dar um jeito de sair desse vaso e ir encontrá-la!

A flor da esquerda retrucou:

— Não vou procurar, não vou!

A flor da direita insistiu:

— Eu vou, vou sim!

Gustavo observava aquelas duas flores se contorcendo com entusiasmo, mas suas sobrancelhas estavam cada vez mais franzidas.

Não demorou muito.

A porta se abriu, e Edmar entrou.

Gustavo olhou para ele, que trazia comida.

— Vamos comer.

Gustavo engoliu em seco.

— Você não percebeu que há algo estranho neste quarto?

Edmar parou, olhou ao redor.

— O que tem de estranho?

Gustavo fixou novamente os olhos nas flores, que ainda continuavam conversando.

A flor à esquerda disse:

— Ela me feriu. Mesmo que eu pense nela, não quero ma
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