Gustavo mal teve tempo de perceber o ataque. — Morra! Uma pedra, quase do tamanho de dois melões, foi arremessada diretamente contra sua cabeça. Gustavo não conseguiu desviar a tempo. A pedra acertou a parte de trás de seu crânio e caiu no chão, se despedaçando em incontáveis fragmentos, a força do impacto era evidente. Seu corpo congelou instantaneamente. Alguns segundos depois, uma linha de sangue começou a escorrer de seus cabelos negros, manchando sua nuca. Ele tentou girar os pés para se virar, mas, no meio do movimento, perdeu a consciência e caiu pesadamente no chão. Sem qualquer hesitação, o segurança que havia arremessado a pedra ergueu o pé e desferiu um chute brutal no peito e no abdômen de Gustavo. — Pare com isso! — Um dos outros seguranças correu para contê-lo. — Você está maluco? "Deixar incapacitado" foi só da boca para fora do Sr. Guilherme! Mesmo assim, o agressor continuou a chutar Gustavo com raiva. — Ele é absurdamente forte! Se deixarmos ele nos derr
Vic chegou até Guilherme e ficou extremamente chocada ao ver Poliana adormecida. — Regras familiares? Em pleno século XXI ainda existem essas coisas? Vou contar para o meu pai! A Poli não fez nada, por que a família Codelle está tratando ela assim? O tom exaltado de Vic acabou despertando Poliana. Antes mesmo de abrir os olhos, Poliana falou: — Não, Vic, não incomode seu pai. Ao vê-la acordar, a menina, magoada, se jogou ao lado dela. — Poli, por quê? Poliana abriu os olhos e sorriu suavemente para a garota. — Eu estou bem. Está com fome? Na verdade, eu queria ter preparado algo gostoso para você no almoço, mas acabei ficando doente. Os olhos de Vic se encheram de lágrimas. — Poli, por que só você e o Guilherme estão aqui? Onde está aquele grande idiota do Gustavo? Eu vi a moto dele lá fora! Poliana começou a estranhar, mas Guilherme logo interveio: — Aquela não é a moto do Gustavo, é minha. Eu comprei uma igual à dele! Vic torceu os lábios. — Então, quer di
— Ela não pode voltar! — Guilherme gritou para ele. — Pare de enlouquecer! Você não viu com esses olhos cegos o estado da perna dela ontem no Resort N? Como acha que ela vai voltar para você, em uma cadeira de rodas? Meus homens não quebraram o seu nariz por pouco, mas você não sente o cheiro de remédio vindo de mim? Gustavo ficou paralisado. — Ela... — Sentimentos são uma coisa, o corpo é outra. Você realmente fez a Poliana passar por muitos sofrimentos que ela nunca deveria ter enfrentado. — Guilherme arrancou a mão de Gustavo da sua camisa e se levantou. — Mesmo que eu tenha me apaixonado pela Poliana enquanto vocês ainda eram casados, isso é um problema meu. Mas o fato de nós dois termos nos dado bem desde o início só mostra que somos parecidos. E você, Gustavo, não é nenhuma pessoa boa! Dizendo isso, Guilherme se afastou. Gustavo ficou imóvel por um momento. Seu estômago revirou, e ele cuspiu mais uma golfada de sangue. Sem se importar com seu estado miserável, ele vas
— Eu não estou tentando ficar perto do Guilherme. — Explicou Poliana. — Hoje eu me senti tão mal que quase desmaiei, ele acabou me vendo e me trouxe para cá. Também trouxe a Vic. Assim que eu me sentir um pouco melhor, eu vou embora para a casa do tio. Gustavo, mesmo que você não acredite no que eu disse antes, espero que acredite no que estou dizendo agora. A Vic está aqui, ela pode confirmar tudo. Os olhos negros de Gustavo se cobriram por um leve véu de frieza. — Você estava doente, ele não te levou para o hospital, nem te trouxe para casa. Ele te trouxe para a casa dele? Você é uma mulher casada, não o impediu e simplesmente foi com ele? Ou será que o sempre galanteador Guilherme tem algo que te atrai de um jeito especial? Agora você não quer perder o título de minha esposa, mas também não consegue se afastar dele? Poliana respirou fundo, tentando controlar as emoções. — O Guilherme só estava tentando me ajudar! Você pode, por favor, parar de falar desse jeito tão cruel?
Enquanto Gustavo, frustrado por não conseguir atender o telefone a tempo, tentava novamente, uma sensação amarga e metálica subiu violentamente por sua traqueia. O gosto de sangue invadiu sua boca, cortante e inesperado. Ele não conseguiu se recuperar. O celular escapou de seus dedos, caindo no chão e se espatifando. Sem forças, ele perdeu a consciência e caiu lentamente ao chão. ... Poliana não conseguiu completar a ligação. Quando tentou pela segunda vez e ouviu a mensagem indicando que o telefone estava desligado, soltou uma risada amarga. De repente, se sentiu incrivelmente estúpida. Dessa vez, Gustavo havia deixado claro que queria o divórcio a todo custo. Se ele descobrisse que até mesmo seu avô estava ajudando ela, não haveria a menor chance de ele querer encobrir algo com ela; ao contrário, a situação só pioraria. Mesmo que Gustavo fosse atrás dela até a casa de Guilherme, não seria por preocupação com sua saúde. O mais provável era que ele quisesse apenas reafi
... Pouco depois, Vic voltou do almoço. Como houve uma mudança de planos, Poliana, com um olhar de desculpas, explicou a situação para a menina. Para sua surpresa, Vic respondeu: — Tirei a tarde de folga! Vou acompanhar a Poli ao hospital! Poliana ficou surpresa e comovida. — Como assim tirou folga? Isso vai atrapalhar seus estudos! Em seguida, Vic pegou o celular e mostrou um vídeo curto a ela. Guilherme, que também estava presente, se aproximou para ver. Ao assistirem o conteúdo, os dois ficaram estupefatos. [Marcelo supostamente tem um romance! Foi visto carregando uma mulher misteriosa para casa no meio da noite.] O vídeo exibia apenas uma imagem: Marcelo carregando Poliana, desacordada, nas costas. Na foto, ele aparecia de perfil, enquanto Poliana, de rosto bem visível, estava com os olhos fechados. Ainda assim, sua beleza deslumbrante não passava despercebida. O vídeo estava com números exorbitantes de curtidas, comentários e compartilhamentos, algo nunca vist
Guilherme, vendo a mistura de emoções no rosto de Poliana, perguntou de forma desnecessária: — E eu? O semblante de Poliana mudou instantaneamente. — Também obrigada a você. Ele suspirou. — A propósito, quando sua amiga vai chegar? Poliana deu outra olhada no celular. — Ela disse que leva mais ou menos uma hora para chegar. Guilherme, com um brilho travesso nos olhos, se lembrou de que Gustavo ainda estava na entrada principal de sua casa e sugeriu: — Hoje a entrada principal está fechada. Diga para ela usar o portão do lado norte. — Certo. — Poliana respondeu. ... Wanessa recebeu a mensagem de Poliana quando já estava próxima à Mansão dos Pires. Ela dirigia sozinha e, como não era exatamente habilidosa no volante, decidiu não mudar a rota. Planejava chegar à entrada principal e, só então, seguir para o portão norte. No entanto, ao chegar, viu o portão principal aberto. Isso a deixou desconfiada, mas decidiu ir direto até lá. Após estacionar o carro, Wanes
Gustavo não respondeu. Cambaleando, se levantou e começou a andar, mas logo tropeçou na área verde ao lado, perdendo o equilíbrio. Uma das pernas fraquejou, e ele caiu de joelhos no chão com força. A atitude distante de Gustavo, se recusando a dizer uma palavra a mais para Wanessa, a deixou desolada. Ainda assim, ela rapidamente correu para ajudá-lo, segurando ele com firmeza para levantá-lo. — Liguei para o serviço de emergência. A ambulância chegará em breve, aguarde só um pouco. Gustavo se desvencilhou do braço dela mais uma vez. — Obrigado. Wanessa, que estava concentrada em ajudá-lo, quase caiu quando ele a empurrou bruscamente. Recuperando o equilíbrio, disse: — Gustavo, você está machucado! A Poli está descansando na casa do Guilherme, não há como alguém interpretar isso de outra forma. Deixe-me ajudá-lo! Embora os olhos de Gustavo estivessem vazios, suas sobrancelhas estavam franzidas em um nó apertado. — Não precisa. Ele desprezava a ideia de se aproximar de