Quando ela estava precisando urgentemente de dinheiro, Gustavo, para aliviar o peso sobre ela, trabalhou como operário durante o verão.O jovem, de pele clara, em apenas três dias já havia mudado de cor devido ao sol intenso, e sua pele, queimada, chegou a descascar. Mas, como o salário na obra era bom, ele continuou mesmo sem aguentar o ritmo do trabalho. Até adoeceu e não contou a ninguém. Uma noite, quando voltou à casa dela, estava tão exausto que desabou direto na cama dela.Na época, o coração dela se apertou de tanta preocupação. Tentou ajeitá-lo na cama para que descansasse melhor, mas ele explicou que seu pai tinha problemas cardíacos, e, embora ele não tivesse herdado a doença, também tinha algumas complicações.Ele era alérgico a muitas coisas e evitava tomar remédios. Além disso, quando ficava muito doente, seu coração disparava, e ele se sentia melhor deitado de bruços.O jovem que, no passado, havia se dedicado a ela com tanta sinceridade, apareceu em sua mente, e o coraç
Desde que começou a empreender, Gustavo ficou muito ocupado. Antes, quando os dois trabalhavam juntos, podiam se ver no trabalho e ainda moravam juntos à noite. Mas, após ele iniciar o próprio negócio, começou a viajar com frequência, e o que antes era um encontro diário, se tornou uma rotina de ligações diárias. Embora Gustavo parecesse forte e robusto, na verdade sua saúde era frágil. Por causa de restrições médicas, ele não podia tomar muitos remédios e, para tentar fortalecer o sistema imunológico, passou a se exercitar constantemente. No entanto, mesmo com todo esse esforço, ele adoecia com frequência, mais do que outros rapazes realmente saudáveis.Antigamente, sempre que ele adoecia, ela estava ao lado dele. Mas, desde que começou a empreender, seja em mudanças bruscas de clima ou durante épocas em que a gripe era mais comum, quando ela perguntava preocupada sobre sua saúde, ele sempre respondia que estava bem. Ela não sabia se ele dizia isso porque achava que os problema
A inesperada intimidade fez com que o homem ficasse um pouco atônito. Seus olhos alongados, antes fixos, agora se ampliavam lentamente, reluzindo com um brilho cintilante. Seus lábios começaram a se curvar, e aquela expressão de surpresa se tingiu de uma alegria radiante. Poliana ajeitou a mecha de cabelo que caiu sobre seu rosto, prendendo ela atrás da orelha, e quando ele parecia prestes a falar, ela novamente encostou os lábios nos dele. Com seus lábios macios, ela confirmou que Gustavo ainda estava um tanto incrédulo com o beijo repentino, enquanto suas pálpebras lentamente se fechavam. Os delicados lábios de Poliana pressionaram suavemente os dele, repetidas vezes, em um ritmo delicado. Somente quando sua língua deslizou lentamente para dentro da boca dele, Gustavo finalmente começou a responder. Poliana, então, deixou que ele tomasse o controle. Essa combinação de iniciativa moderada e uma passividade no momento certo fez o desejo de Gustavo crescer. Por instinto, ele
Mesmo há pouco tempo, quando ele ainda guardava ressentimentos por ela, nunca a havia forçado a se ajoelhar. No máximo, a fazia se deitar de bruços.Gustavo engoliu em seco, seu pomo de Adão subindo e descendo.— Não é questão de querer ou não, é que eu quero...Ele queria dizer que, mesmo que ele quisesse, havia outras maneiras de resolver a situação.O olhar de Poliana baixou, seu semblante tímido e encantador fez com que o desejo dele crescesse ainda mais, incontrolavelmente.— Eu te ajudo, tá? Você já disse antes que, ao aliviar a tensão, o corpo esfria e a febre cede.Gustavo ficou perplexo. Sim, ele realmente havia dito isso antes. Inclusive, houve momentos em que, ao fazer amor com ela durante uma febre, transpirava tanto que a febre realmente passava.Enquanto ele hesitava, Poliana já começava a se mover para baixo... Os músculos abdominais de Gustavo se contraíram, e suas mãos, quase por reflexo, seguraram a nuca dela.Do lado de fora, a chuva começou a cair novamente. Um gote
Poliana estava perdida em pensamentos. Gustavo, percebendo, sentou-se e a puxou para si, segurando ela pelas axilas e trazendo ela para seu colo. Foi só então que ela voltou à realidade.— O que houve?Antes que ela terminasse de falar, Gustavo a virou na cama e a abraçou por trás, distribuindo beijos em sua nuca. Com suas mãos firmes, ele juntou suas pernas delicadas, aproximando os lábios do ouvido dela e sussurrando:— Já recuperei minhas forças, deixa comigo agora.Logo, o calor e a amplitude do corpo dele a envolveram por completo. Enquanto a balançava suavemente, as mãos grandes e firmes dele deslizavam por seu corpo, acariciando seus lábios, e, em um gesto carinhoso, ele apertava seu queixo e beliscava levemente o lóbulo de sua orelha.Poliana sentia o coração de Gustavo batendo forte contra suas costas, e sua respiração quente percorria sua nuca. Embora ela ainda estivesse receosa de acreditar que Gustavo realmente estava disposto a superar o passado, o que ela podia sentir, d
Poliana franziu as sobrancelhas repentinamente, e, no segundo seguinte, um beijo deixou uma marca logo abaixo de sua clavícula.— Por que você fez isso de repente...Vendo o olhar tímido em seus olhos, Gustavo sorriu suavemente, seus olhos brilhando.— Só quis te dar um beijinho...Ele mesmo não sabia por que havia agido assim, mas estava certo de que, naquele momento, sentia felicidade pela primeira vez em quatro anos, se sentia novamente feliz.Ainda mais, essa felicidade era muito semelhante à que sentiu oito anos atrás, quando confessou seu amor à jovem enquanto ela estava ferida, e para sua surpresa, ela aceitou seus sentimentos. Embora fosse felicidade, na verdade era uma espécie de empolgação a sensação de poder continuar a sonhar com um futuro ainda mais bonito ao lado de Poliana.Ela, cada vez mais tímida diante de suas provocações, puxou o cobertor e se escondeu debaixo dele.— Estou com sono, vou dormir.— Tudo bem, vamos dormir. — Gustavo concordou, mas logo levantou a cob
Depois de ouvir isso, Poliana, que ainda estava um pouco sonolenta, despertou completamente. Seu coração pareceu parar por meio segundo. A pergunta de Gustavo fez Poliana perceber que, no fundo, ele nunca superou aquele acontecimento.Se fosse para comparar o conflito entre eles a uma ferida tão grave que estava inflamando e infeccionando, então, o carinho e a intimidade daquela noite não passavam de uma fina camada de gaze sobre a ferida. Não haviam curado nada.Enquanto a verdade de quatro anos atrás não viesse à tona, seria como uma bomba-relógio, pronta para explodir dentro de seu casamento com Gustavo.Esses pensamentos deixavam Poliana abatida e triste. Ela ansiava profundamente que Gustavo realmente confiasse nela. No entanto, já que havia decidido recomeçar com ele, não se deixaria abater facilmente.Gustavo achava que ela estava falando dormindo, então Poliana decidiu fingir que estava adormecida. Se movendo ligeiramente, murmurou de forma indistinta, como se fosse um sonho:—
Antes, Gustavo só tinha aqueles bilhões dados por seu avô, mas agora ele tinha por trás toda a família Codelle. Mas se não era a pressão do trabalho, o que mais poderia ser? Poliana continuou a encarar o rosto adormecido de Gustavo, e uma sombra passou por seus olhos. Gustavo era mais sortudo que muita gente, seus pais estavam vivos, sua família não tinha preocupações financeiras, e os sofrimentos que ele enfrentava só começaram depois que eles ficaram juntos. Mas esses problemas o deixariam triste, não ansioso, certo? Pensando nisso, Poliana balançou a cabeça, sentindo que talvez estivesse exagerando. Afinal, aqueles remédios talvez nem fossem para Gustavo, mas para outra pessoa, como Edmar, ou talvez seu secretário ou assistente. Ainda assim, esses remédios lhe trouxeram uma pontada de esperança. Esses remédios podiam garantir uma noite de sono tranquilo! Com medo de que Gustavo acordasse, Poliana, enquanto o observava, rapidamente pegou dois comprimidos do frasco e